Na cidade de São Paulo existe uma ameaça mais imediata do que o fundamentalismo islâmico, desafiado mais uma vez pelo Charlie Hebdo com uma nova edição com 3 milhões de exemplares, ilustrado por um de seus membros mais irreverentes, Renald "Luz" Luzier. É a terrível crise hídrica.
Hoje finalmente o governador Geraldo Alckmin admitiu o óbvio: há racionamento. Ele só tomou essa decisão para responder à Agência Nacional das Águas e à Justiça, que aceitou uma liminar suspendendo a cobrança de multa para quem desperdiça água. Se o governo tivesse compromisso com a verdade, mais do que com a sua reeleição, já teria admitido bem antes, quando houve a redução no fluxo hídrico retirado do sistema, de 31 para 17 metros cúbicos por segundo. Muitos paulistanos entenderiam e não iriam votar em Alexandre Padilha, candidato do PT que explorou bastante a crise hídrica mas dificilmente faria algo melhor devido à sua inexperiência administrativa e falta de compromisso com o nosso Estado.
Por outro lado, o novo presidente da Sabesp, Jerson Kelman, vai ordenar a redução ainda mais na captação do Cantareira: agora serão 13 metros cúbicos por segundo. À população, só resta continuar a economizar para evitar uma catástrofe, capaz de matar bem mais do que 17 pessoas - a quantidade de pessoas assassinadas em Paris por criminosos que se dizem seguidores do Alcorão.
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