Este blog já se manifestou contra a pena de morte por ela ser uma excrescência jurídica e um assassinato cometido por forças oficiais, mas também se posiciona pelo império da lei e pela soberania dos países.
Hoje, Marco Archer, instrutor de vôo livre e traficante de cocaína de 53 anos, foi fuzilado em Nusakambangan, próximo a Java. Ele foi preso em 2003 por transporte de 13 kg de cocaína. É o primeiro brasileiro a ser executado no exterior.
Critica-se a Indonésia por ela manter a pena de morte, inclusive para os estrangeiros que cometem crimes graves, inclusive tráfico de drogas. Mas fica feio criticar o país por aplicar com rigor as suas leis. Muito mais reprovável que isso é fazer como o governo brasileiro, que já chamou o embaixador do país em Jacarta (a capital da nação asiática) para consultas como forma de protesto.
O México nunca fez isso quando cidadãos mexicanos foram executados nos Estados Unidos. Da mesma forma, os outros estrangeiros também executados na Indonésia não deram motivos para outros países suspenderem relações diplomáticas. A Holanda, antiga colonizadora da Indonésia, não cogitou tomar essa decisão: um dos fuzilados juntamente com Archer tinha cidadania holandesa.
É desejável que todos os países parem de adotar a pena de morte, medida que depende de ações conjuntas dos governos. Porém, enquanto isso não acontece, as leis de cada país podem e devem ser aplicadas.
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