Joaquim Levy está em Davos para explicar por que o Brasil está tão mal na economia. Com um perfil bem mais técnico do que a média do ministério e sem muito 'jogo de cintura' político, o ministro não usou meias palavras para definir a situação: "ano não será fácil" e "o resultado será negativo no curto prazo". Ele chegou a falar em "recessão" no primeiro trimestre, quando quis dizer "contenção", pois o termo mais forte é aplicado geralmente após três trimestres com resultado negativo. Infelizmente, devido ao desempenho da nossa economia, tudo indica que haverá, sim, recessão.
O homem forte da economia brasileira está no Fórum Econômico Mundial (Bloomberg)
Enquanto isso, a presidentA foi para La Paz, onde Evo Morales, o colega boliviano, vai iniciar seu terceiro mandato, com a ambição de obter uma saída para o mar, tomada pelo Chile na Guerra do Pacífico em 1884.
Ela está deixando a tarefa mais espinhosa para o seu ministro da Fazenda, enquanto a posse de um grande aliado seu é tarefa bem mais agradável. No final, todos devem se dar por satisfeitos: os 'bolivarianos', com o prestígio dado à nossa presidentA a um deles, e o Fórum Econômico Mundial, poupado de ter de ouvir as declarações da mandatária brasileira, conhecidas muitas vezes pela falta de nexo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário