2015 já começou, mas já em clima de medo, que logo substituiu a esperança no período do réveillon. Não bastava a posse do novo ministério com o perfume do formol do velho "toma lá dá cá". Agora o ataque à sede do Charlie Hebdo, em Paris.
12 pessoas foram massacradas por radicais islâmicos isentos de qualquer sensatez, entre os quais o editor-chefe da revista, Stéphane Charbonnier, conhecido como Charb, famoso pelas charges mordazes contra os políticos, os religiosos e o Islã. Ele e seus companheiros, entre os quais Charles Wolinski, inspirador de chargistas brasileiros como Adão e Angeli e também escritor, foram abatidos sem piedade.
"Cem chibatadas, se você não morrer de rir" (charge que provocou um atentado à sede do Charlie Hebdo em 2011)
A charge da direita provocou a ira dos islâmicos (embora também satirizasse os judeus). Na ilustração da esquerda, a prova de que a revista não faz "perseguição" apenas aos muçulmanos.
François Hollande não foi poupado das sátiras
A peculiar homenagem do Charlie Hebdo aos falecidos
Após o atentado, os atiradores, possivelmente ligados à al-Qaeda e fluentes em francês, segundo as evidências, conseguiram escapar e a polícia parisiense ainda os está caçando.
Esta terrível notícia é um atentado contra a liberdade de expressão, a imprensa, o Ocidente, a humanidade em geral. Devemos impedir que casos semelhantes ocorram, pelo bem do nosso futuro. Não vai adiantar ficar lamentando, como se 2015, um ano que mal começou, vá fatalmente ficar pior do que o detestável 2014.
A razão está do lado de Charlie Habdo, e não dos psicopatas que o atacaram.
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