Esta é uma versão da frase dita por Tom Jobim. Originalmente ele teria dito: "O Brasil não é para principiantes", por ser um país complexo e cheio de problemas para serem resolvidos.
Na época do renomado compositor da MPB, os brasileiros estavam às voltas com problemas como a miséria, o analfabetismo, a criminalidade, os desmandos políticos, a inflação, a burocracia.
Estes problemas não foram sanados. Ao contrário, alguns deles, como a criminalidade e os desmandos, agravaram-se. Outros foram minorados mas ainda preocupam muito, como a miséria e a inflação. Vieram outros problemas, como a redução da Amazônia (já em curso na época do mestre Tom, mas sem o mesmo destaque na mídia), as novas drogas, a dengue, a desindustrialização, os congestionamentos, as crescentes denúncias de adulteração no leite (antes, falava-se muito em água no leite, mas não em água oxigenada e nem em formol e soda cáustica).
O mundo já não era uma coisa simples. Havia a Guerra Fria, a corrida armamentista, as guerras, os conflitos raciais. Agora ficou muito pior, com a enxurrada de informações trazida pela Internet, assim como a guerra contra o terrorismo e a maior globalização nos negócios. Aliás, referindo-se à globalização, Tom viveu uma época onde não se divulgava essa palavra e a Internet, pelo menos no Brasil, só se popularizou após sua morte (1994). Poucas empresas, a não ser as transnacionais, exigiam o conhecimento do idioma inglês. Informática não era obrigatória. Agora, quem não souber inglês ou mexer num computador, tem poucas chances.
O mundo já não era uma coisa simples. Havia a Guerra Fria, a corrida armamentista, as guerras, os conflitos raciais. Agora ficou muito pior, com a enxurrada de informações trazida pela Internet, assim como a guerra contra o terrorismo e a maior globalização nos negócios. Aliás, referindo-se à globalização, Tom viveu uma época onde não se divulgava essa palavra e a Internet, pelo menos no Brasil, só se popularizou após sua morte (1994). Poucas empresas, a não ser as transnacionais, exigiam o conhecimento do idioma inglês. Informática não era obrigatória. Agora, quem não souber inglês ou mexer num computador, tem poucas chances.
Quanto à população, ela cresceu demais. Somos mais de 200 milhões. Quando Tom Jobim compõs Garota de Ipanema, eram pouco mais de 70 milhões vivendo nestas terras. Uma população maior demanda produção de alimentos na mesma proporção. Cresce a demanda por hospitais, escolas, creches, moradias. Ocupações irregulares e favelas só aumentam.
Na época de Tom, a polícia era respeitada, e o bandido era temido. Agora, não há uma definição clara entre um e outro. Um policial foi o responsável, hoje, pela morte brutal e insana do surfista Ricardo dos Santos, amigo de outro grande esportista da área, Gabriel Medina. Sem falar em outros envolvidos em crimes como corrupção e tráfico de drogas.
Nossa política já era digna de lástima, com o tal "rouba mas faz" consagrado pelo Adhemar de Barros. Piorou ainda mais: eles fazem verdadeiras pilhagens no NOSSO DINHEIRO sem ter a menor preocupação em gerar contrapartidas ao Brasil. O estrago provocado na Petrobras, assim como na indústria em geral, está sendo grande demais.
Os talentos no Brasil, não só no futebol, eram proporcionalmente mais significativos em relação ao tamanho da população em geral, nos tempos do decano da Bossa Nova. E isso num tempo onde havia tão poucos universitários. No nosso tempo, eles aumentaram bastante em quantidade, mas não conseguem se destacar pois a qualidade do ensino conseguiu piorar. E por falar em futebol, não temos mais craques e estamos experimentando a decadência neste esporte, como provou o escandaloso 7 a 1 na Copa.
Por fim, existe a cultura. Tom Jobim era um dos grandes na classe artística do país, ao lado de Vinícius de Morais, Caetano Veloso, Chico Buarque, João Gilberto, Carlos Drummond de Andrade, Guimarães Rosa, Portinari, Oscar Niemeyer, Fernanda Montenegro, Marília Pera, só para citar alguns nomes. Agora fica difícil citar alguém que se destaque neste meio e não produza pérolas do grotesco. É certo que alguns nomes acima estão vivos ainda, mas foram, em maior ou menor grau, postos de lado, sem receberem o devido respeito.
Neste cenário, está difícil melhorar alguma coisa. Não conseguimos resolver os problemas conhecidos pelo mestre Tom, e ainda vieram outros. Nosso país está a cada ano mais difícil de lidar. Antes, só boas ideias não resolviam. Agora, nenhuma capacidade para resolver problemas é o bastante. Talvez nem no exterior se encontre alguém assim, nos Estados Unidos, no Japão, na Alemanha, na China.
Contudo, para aqueles que curtem textos pessimistas, é melhor parar por aqui.
Felizmente, temos ainda muita gente que, mesmo sem condições de resolver todos os problemas do Brasil, ainda acredita nele e trabalha para o nosso país continuar funcionando. Milhares de empresários e prestadores de serviço. Gente que se mantém informada e atenta, não aceitando tudo passivamente.
Dessa forma, é bom completar a frase do título: O Brasil não é para principiantes nem para experientes. É para os brasileiros.
Contudo, para aqueles que curtem textos pessimistas, é melhor parar por aqui.
Felizmente, temos ainda muita gente que, mesmo sem condições de resolver todos os problemas do Brasil, ainda acredita nele e trabalha para o nosso país continuar funcionando. Milhares de empresários e prestadores de serviço. Gente que se mantém informada e atenta, não aceitando tudo passivamente.
Dessa forma, é bom completar a frase do título: O Brasil não é para principiantes nem para experientes. É para os brasileiros.
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