Após um balanço divulgado pela estatal, omitindo o estrago causado pelo mega-esquema de corrupção comparável aos piores ataques de países por forças inimigas, o mercado deu uma resposta a esse trabalho: em apenas dois dias, o valor das ações da Petrobras despencou em quase 14%, com chance para cair ainda mais amanhã.
Para tornar a imagem da empresa ainda pior, foi anunciado que os dividendos aos acionistas podem não ser pagos, admitindo, portanto, que a estatal teve prejuízo, e não lucro.
A Petrobras sendo estraçalhada (charge de Ique, feita em 2013)
Enquanto isso, o sigilo fiscal e bancário do ex-presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, foi quebrado. Ele ainda não se pronunciou, mas antes havia negado categoricamente qualquer irregularidade, apesar das evidências desmentindo-o.
Temos também as reações desesperadas das várias empreiteiras investigadas pela Operação Lava Jato em tentar limpar suas imagens, diante do descalabro. Os executivos das construtoras continuam presos, e isso suscitou medidas de algumas delas, como a Camargo Correa, que alegou recolhimento irregular de provas (por meio de grampos telefônicos) em 2013, quando começaram a divulgar o escândalo.
Este cenário torna insustentável a permanência de Graça Foster como presidente da Petrobras, apesar do apoio da presidente Dilma.
Para terminar, a defesa de Nestor Cerveró, um dos ex-diretores da Petrobras responsável por desastres como a compra mega-faturada da refinaria de Pasadena, está brigando com as fábricas de máscaras para o Carnaval deste ano, já que muita gente quer fazer folia à custa dessa tragédia e da exótica aparência do ex-executivo. Parece surreal advogados muito bem pagos tentarem melar a maior festa popular da nossa esculachada nação.
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