quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Anunciadas as mascotes dos Jogos de Verão em 2020

O Comitê Olímpico Japonês anunciou as mascotes dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos para daqui a dois anos.

São dois "robozinhos" humanoides, e não animais, como costumam ser as mascotes dos Jogos de Verão. Tipicamente nipônicos, os personagens têm personalidades diferentes, embora sejam muito ligados.

A mascote olímpica é masculina, decidida, gosta de aventuras e, logicamente, esportes.



Já a mascote paralímpica é feminina e tem poderes especiais, com uma mente muito poderosa, como tem muitos atletas paralímpicos.

 

Eles foram a alternativa escolhida. Havia ainda outras opções, todas elas com animaizinhos, também em estilo mangá. A alternativa B tinha duas raposas, e a alternativa C, um gato e um urso.


terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Mudanças dramáticas no governo

Nesta semana, o Ministério Extraordinário da Segurança Pública foi criado, e Raul Jungmann deixou a pasta da Defesa para ser o ministro da nova pasta. Ele já foi mostrando serviço. 

Primeiro, disse que os moradores do Rio, mais particularmente os usuários de drogas que moram fora das favelas, financiam o tráfico. Isso os políticos em geral evitam falar, por medo de perderem votos, mas é uma daquelas verdades incômodas. 

Depois, cumprindo decisão de Michel Temer, subordinou a Polícia Federal ao novo ministério. Muitos temem pelo futuro da Operação Lava Jato, mas o governo diz que ela continua. E tratou de substituir a liderança, trocando Fernando Segóvia por Rogério Galloro, um nome mais técnico para a função. Segóvia, indicado por caciques políticos como Eliseu Padilha e José Sarney, não comprometeu a Lava Jato, ao contrário do que dizem os detratores, mas suas declarações o desgastaram a ponto de prejudicar ainda mais um governo já condenado pelos bem-pensantes e mal-pensantes do Brasil. 

As medidas, segundo a versão oficial, não visam pavimentar o caminho para uma reeleição, mesmo porque Temer já declarou não ser candidato. 


N. do A.: O "japonês da Federal" Newton Ishii se aposentou ontem, coincidindo com a transferência da PF para a Segurança Pública. Ele entrou para o folclore político nos últimos tempos por sempre aparecer para executar os mandatos de prisão aos indiciados pela Operação Lava Jato. Em 2016, após ganhar notoriedade, viu seu nome envolvido num esquema para facilitar contrabando. Foi condenado e voltou a trabalhar com uma tornozeleira eletrônica, o mesmo aparelho preso junto aos pés de vários envolvidos na maior rapinagem sofrida pelo NOSSO DINHEIRO em todos os tempos.

Da série 'Mondo Cane', parte 53

Outra vez uma postagem sobre o Mondo Cane, desta vez na China. 

Segundo a BBC, existem certos funerais na China utilizando serviços estranhos aos costumes ocidentais, e até à ideologia oficial do país. São proibidos por lei e o governo tenta reprimir, mas persistem em alguns locais, nas províncias de Anhui, Hebei, Henan e Jiangsu. 

Um deles e o mais contraverso é o uso de strippers para atrair mais pessoas aos funerais, como forma de honrar o falecido. Quanto mais gente, melhor, mesmo se não conhecer o sujeito. 

Segundo o antropólogo Marc Moskowitz, da Universidade da Carolina do Sul, esse fenômeno veio de Taiwan, a ilha considerada "sediciosa" pelo governo de Pequim, por volta de 1980. 

Há coisas que nem vendo se acredita, quanto mais lendo. Para mais informações, clique AQUI

As cerimônias fúnebres tradicionais chinesas (European Pressphoto Agency), muito longe de serem animadas...

 
... como essas, encontradas em algumas províncias do gigante asiático (Getty Images)

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Estádio de Salvador pode forçar o PT a formular plano C

Jaques Wagner, ex-governador da Bahia, era apontado como nome para disputar a Presidência caso os esforços do PT para salvar Lula da inelegibilidade fracassem. 

Este "Plano B" foi posto em xeque com novas investigações da Polícia Federal, pela Operação Cartão Vermelho, sobre as reformas no Estádio Fonte Nova. Há indícios de superfaturamento (cujos valores são estimados em até R$ 450 milhões), para beneficiar financiamentos eleitorais do PT e seus aliados, e também para rechear os cofres da Odebrecht e da OAS, participantes do consórcio Fonte Nova Participações. 

Houve devassa na casa do ex-governador, e relógios de luxo foram apreendidos, para serem avaliados como possíveis provas de corrupção. 

Wagner só não foi submetido à prisão temporária porque o TRF-1 negou o pedido feito pela força tarefa. 

Caso Jaques Wagner sofra desgaste por causa das investigações, o PT passa a ter poucas opções (Divulgação)


Temporal!

Finalmente, depois de dias de secura, uma chuva forte!

Mostrando a que ponto chegou a irregularidade no regime de chuvas, a tempestade praticamente compensou um mês relativamente seco. Pior para o trânsito e para os córregos, atulhados de lixo. 

Este regime de chuvas reúne o pior de dois problemas: enchentes e nível dos reservatórios. O esvaziamento dos mananciais e represas que compõem um sistema de abastecimento é constante, e as chuvas não repõem as perdas, apenas causa mais prejuízos por cair em lugares errados, entre os quais o próprio comprometimento (é este o sentido do termo, não o empregado muitas vezes como sinônimo de compromisso) na distribuição de água potável. 

Há teorias a respeito da atual dinâmica das chuvas: desmatamento na Amazônia, El Niño, La Niña, efeitos da poluição global principalmente dos países como Estados Unidos e China. Tudo isso para tentar entender a situação atual, que requer resiliência da população dos grandes centros do Brasil, atualmente sob ameaça de desabastecimento em médio prazo. 

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Presidente fala da intervenção e de não ser candidato

Michel Temer concedeu entrevista na Rádio Bandeirantes e na Band News ao jornalista José Luís Datena, apresentador do programa Cidade Alerta, e precisou se explicar a respeito da intervenção federal e das acusações de corrupção em seu governo, inclusive contra ele próprio. Em seu gesto contido, tentou ser o mais assertivo possível nas respostas, principalmente quando afirmou que não será candidato à reeleição. 

A entrevista já foi disponibilizada pelo Youtube. 


Enquanto isso, o adiamento da votação das reformas motivou o rebaixamento da nota do Brasil, de BB para BB-, pela agência Fitch, afastando-se ainda mais do "grau de investimento". E, apesar da intervenção militar para tentar tornar o Rio mais seguro, a tensão e a violência persistem, com a morte de militares por bandidos e enfrentamento nos morros, com os moradores das favelas temendo pela determinação dos "mandatos de busca coletivos". O clima no resto do país não é muito melhor, ainda mais porque o PCC está em plena disputa pelo poder, entre os partidários de Marcola e seus rivais, com assassinatos nos dois lados, inclusive do poderoso Gegê do Mangue, morto no Ceará. 

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Da série 'Mondo Cane', parte 52

Existem coisas bizarras a ponto de ninguém conseguir acreditar, nem mesmo vendo.

O caso de um mergulhador chileno, Alejandro Ramos, atualmente com 56 anos, mostrou um caso pouco estudado na medicina: seu corpo começou a inchar após um acidente de trabalho quando mergulhava em busca de mexilhões, na costa do Peru. A mangueira que regula a pressão dentro de sua roupa de mergulho rompeu-se quando uma lancha passou por ela e começou a sugar o ar dentro dela ao invés de soprar, para compensar a alta pressão, a 30 m de profundidade. O mergulhador precisou voltar rapidamente para a superfície, um procedimento arriscado, como todos os profissionais da área sabem, mas ele não tinha escolha: era isso ou a morte por afogamento. Depois disso o infeliz homem começou a inflar por dentro.

Obrigado a parar de trabalhar, ele agora busca um tratamento para o problema, mas nem os médicos conseguem pensar em alguma alternativa.

Para ler a reportagem, clique AQUI.

O ex-mergulhador pode ter que conviver com essa deformação grotesca pelo resto da vida, e só ele pode descrever o incômodo (Foto: Feliciano Herrera)

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Candidatos ao selo (o bom)

Em fevereiro, já temos candidatos ao selo de "Orgulho Nacional": 



1. Isadora Williams fez a melhor apresentação da carreira e conseguiu a melhor colocação de uma pessoa sul-americana na história dos Jogos de Inverno. Na quinta feira, ela disputará a final.

2. A cantora Anitta, quem diria, não se limitou a fazer sua apresentação no Bloco das Poderosas, na semana passada. Ela denunciou um assalto e deu uma "carraspana" no ladrão de celulares, que acabou preso.

Por enquanto, são duas candidatas. Os defensores da Lava Jato bem que gostariam de ter algum procurador ou juiz na lista de seláveis, mas a militância e os privilégios dessas categorias prejudicam a escolha. Gente que faz crítica ao governo poderia apontar a Beija Flor e a Paraíso do Tuiuti como seláveis, devido aos desfiles politizados, mas fazer política na Sapucaí não é motivo de orgulho, ainda mais porque o financiamento das escolas de samba é algo bem nebuloso, com fortes rumores de haver dinheiro sujo envolvido. Finalmente, não é nada animador saber que o país recuou 17 posições no "Ranking de Percepção da Corrupção", de um já inaceitável septuagésimo nono lugar para um distópico nonagésimo sexto. O país levou nota 37, ou seja, sofre em decorrência das ações daqueles que são apontados como merecedores do outro selo (o ruim): "Vergonha Nacional". 

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

STF age com bom senso

Por 4 votos a 1, a Segunda Turma do STF decide colocar em regime de prisão domiciliar as mulheres grávidas e mães de filhos pequenos (até 12 anos) em regime de prisão preventiva, ou seja, ainda à espera de uma sentença, desde que elas não tenham cometido crimes com violência ou grave ameaça, como assassinato, assalto a mão armada ou sequestro. 

Apenas Edson Fachin votou contra, o que é lamentável. Os demais, Celso de Mello, Dias Toffoli e Gilmar Mendes, seguiram o relator Ricardo Lewandowski. 

Infelizmente a medida veio depois que uma grávida nessa condição deu à luz na cadeia, dentro do oitavo distrito policial de São Paulo (Brás). Ela foi presa preventivamente, por ter 98 gramas de maconha. Quatro dias antes da decisão do Supremo, voltou para casa, de onde não poderá sair enquanto aguarda a decisão do juiz. Isso por conta de um habeas corpus, pondo fim a uma situação degradante. 

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

O povo sofre novamente!

Entrou em vigor uma série de paralisações cuja intenção, inicialmente, era formar uma greve geral, algo nunca visto no Brasil, pois todas as tentativas anteriores fracassaram. 

De acordo com a CUT, a manifestação era para parar o Brasil contra a flexibilização das leis trabalhistas (principalmente o fim do imposto sindical) e a reforma da Previdência. Esta manifestação tem um objetivo mais amplo: combater um governo que eles consideram "golpista" após a destituição de Dilma Roussef, que apeou o PT, partido do qual a CUT é aliada, do poder. Além disso, querem dar uma resposta à condenação do ex-presidente Lula. 

Estas paralisações ficaram bem longe de uma greve geral, mas setores cujos sindicatos estão vinculados à CUT pararam, como os metalúrgicos, os bancários e, em algumas cidades como Guarulhos, os motoristas e cobradores. 

O cruzar de braços de certas categorias não vai conseguir derrubar a agenda do presidente Temer, que já tem outros problemas como a repercussão da medida tomada na última sexta, ou seja, a intervenção federal no Rio, que acabou provocando a suspensão das votações da reforma previdenciária - isso foi mais efetivo, neste sentido, do que uma greve geral. Outros contratempos foram a demissão da famigerada Luislinda Valois, a "ministra escrava" dos Direitos Humanos, e os estragos causados pelas declarações do diretor-geral da PF, Fernando Segóvia, visto agora como um lacaio de Temer. 

Os grevistas também não vão conseguir arruinar os lucros das grandes indústrias e dos bancos, e nem vão impossibilitar a administração dos prefeitos e governadores. 

Porém, eles estão atrapalhando o povo, o lado mais fraco, como sempre, desta contenda. Milhões sem transporte público, e nem atendimento para movimentar seus salários e aposentadorias, e pagar suas contas. Se eles querem convencer as pessoas dos malefícios das reformas, estão tomando o caminho mais errado possível. Apenas os ideologicamente identificados com os "movimentos sociais" e os defensores do Estado "paizão" (que, aliás, sempre foi mais um tirano do que um provedor) vão se convencer disso. A maioria vai se sentir lesada e desrespeitada por mais um movimento político destinado a fracassar e que só vai conseguir atrapalhar a vida dos brasileiros. 

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Eleitoreiro ou não, Temer fez a coisa certa

Ao acompanhar a tragédia pela qual o Rio está passando, com violência, balas perdidas, mortes de crianças e mulheres grávidas, o presidente Temer precisou agir, decretando uma intervenção federal no Estado fluminense. 

Longe de afastar o governador Luiz Fernando Pezão, o governo federal retirou provisoriamente o comando sobre a segurança pública local, que não conseguiu controlar o descalabro, fruto de anos de populismo, incompetência, desídia, clientelismo e complacência com o "poder paralelo" formado pelas milícias e pelos traficantes de drogas, todos criminosos que impuseram sua ditadura sobre muitas favelas. 

Por isso, houve acusações da oposição, apontando o caráter eleitoreiro do Planalto, visando uma possível candidatura à reeleição de Temer. Boa parte dos políticos cariocas fizeram críticas, entre eles o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, representante daquele Estado, vinculando a intervenção aos votos na reforma da Previdência, pois uma intervenção veta qualquer mudança na Constituição (Temer já adiantou que irá suspender a intervenção durante as votações no Congresso - e isso parece uma idiossincrasia deste país, embora seja perfeitamente dentro da lei). Houve até quem apontasse o dedo para a Globo, considerada responsável pela "difamação" da "Cidade Maravilhosa" ao explorar a violência e a barbárie mesmo em tempos de Carnaval. 

Jair Bolsonaro, candidato favorito dos defensores da "linha dura" para os criminosos, chamou a intervenção de "piada", mostrando ser, antes de tudo, um político carioca. Enquanto isso, alguns analistas políticos, como o jornalista Marco Augusto Gonçalves, o MAG, dizem que a medida é uma solução típica do ex-capitão do Exército. 

Toda essa celeuma faz parte das disputas eleitorais deste ano, mas antes de tudo é preciso pensar nos cidadãos do Estado do Rio. Que alternativa havia à intervenção federal? É um paliativo, sem dúvida, e não vai resolver o problema da segurança no Rio, mas é melhor do que as medidas inócuas tomadas até esta data. 

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Breves do pós-carnaval

1. Ontem, ocorreu mais um atentado terrorista nos Estados Unidos motivado por racismo e desajuste social, cometido dentro de uma escola da Flórida. O autor foi um ex-aluno de 19 anos, Nikolauz Cruz, tinha evidências de comportamento sociopata e ideias de supremacismo branco, além de participar de grupos pelo livre uso de armas e fabricação de bombas. 

2. Fernando Segóvia está cada vez mais contestado como diretor-geral da Polícia Federal, por sugerir, na sexta passada, o não envolvimento do presidente Temer nas investigações da empresa Rodrimar, envolvida no escândalo dos portos. Nem a folia encobriu a repercussão. Ele não disse explicitamente que o presidente deva ser protegido, mas os adversários políticos assim interpretaram. Segovia vai se explicar ao STF. 

3. Estão avançando as negociações entre a Embraer e a Boeing para a formação de uma nova empresa, com controle acionário da americana, destinada a produzir aviões de pequeno porte, comerciais. Isso é visto com grande preocupação pelo governo, pois a Embraer também produz aviões militares e detém tecnologia compartilhada com as Forças Armadas brasileiras. 

4. Não há muita repercussão das Olimpíadas de Inverno, em curso na Coréia do Sul, mas atletas brasileiros estão participando das competições. Jaqueline Mourão, a mais conhecida da delegação tupiniquim, disputou sua sexta Olimpíada, na categoria sky cross country, e ficou em septuagésimo sétimo lugar. Está longe de ter ficado em último, e chegou cinco minutos depois da vencedora, a norueguesa Ragnhild Haga, que completou os 10 km esquiando em 25 minutos. 

5. Luciano Huck finalmente decidiu não concorrer à Presidência da República. Ele já fez aumentar os holofotes sobre ele com essa celeuma toda. Mesmo assim, ele pode vir a ser escolhido como detentor do selo da "Vergonha" de fevereiro, por ter se comportado como um outsider salvador da pátria, comparado ao Tiririca e visto como lacaio da Globo. Anunciou sua desistência se dizendo "muito triste", mostrando ser um apresentador de tevê e não um estadista. E ainda vai precisar explicar a compra de um jato particular com recursos do BNDES. 

Da série 'Tirinhas', parte 6 - CR7 2 x 0 Neymar, ou...

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quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Sapucaí contra os políticos

Após a apuração do Carnaval carioca, a Beija-Flor ganhou novamente. 

Fugindo dos enredos comportados, a agremiação de Nilópolis trouxe para a avenida Marquês de Sapucaí um enredo crítico, denunciando a violência e as mortes na "Cidade Maravilhosa", assim como a corrupção, o tráfico de influência e os políticos. O tema dos monstros é um disfarce para o protesto contra o status quo na realidade.

Carro alegórico da Petrobras, mostrando o rato gigante da corrupção (Pilar Olivares/Reuters)

Não foi a coisa mais surpreendente que aconteceu no desfile. A Paraíso do Tuiuti, escola relativamente pequena de São Cristóvão, foi a grande sensação entre os foliões cariocas, principalmente entre os mais críticos do governo (e os entusiastas da teoria do "golpe" contra Dilma e o PT); o tema da escravidão serviu de trampolim para mais crítica social, protesto contra as reformas trabalhista e previdencária, e colocando o presidente Temer como um "vampirão". 

Para muitos, a pequena Tuiuti virou uma espécie de "campeã moral" da Sapucaí; ficou apenas 0,1 ponto da campeã (296,5 contra 296,6 da Beija-Flor). A Salgueiro estava disputando com a escola do Neguinho até o último quesito, mas tropeçou no samba-enredo, o primeiro no critério de desempate, e ficou em terceiro, também com 296,5 pontos. A Portela e a Mocidade, cotadas para o bicampeonato, não conseguiram, embora obtivessem colocação suficiente para desfilarem de novo no sábado, dia 17: quarto e sexto lugares; a Mangueira também vai para esse desfile, em quinto. 

Quem decepcionou foram duas escolas tradicionais, a Grande Rio e a Império Serrano. A Império alternava participações irregulares, mas a Grande Rio estava desde 1993 no Grupo Especial, conseguindo por três vezes o vice-campeonato (2006, 2007 e 2010), sem ser ameaçada de rebaixamento antes. As duas cederão lugar para a campeã e a vice-campeã da Série A, que irão desfilar entre as grandes em 2019. 


N. do A. (1): Se no Rio, uma cidade acusada de ser "esquerda caviar" para os liberais e conservadores no espectro político, as escolas mais bem avaliadas estavam de acordo com a inteligentsia local, em São Paulo, a Acadêmicos do Tatuapé não trouxe crítica social e foi bicampeã, com a pontuação máxima (270 pontos). Teve a proeza de empatar, em pontos, com outras três escolas rivais, a Mocidade Alegre, a Mancha Verde e a Tom Maior, mas teve menos notas diferentes de 10 (descartadas na avaliação dos jurados no Sambódromo do Anhembi). Dragões da Real e Império da Casa Verde também vão para o desfile das campeãs, ao contrário de Vai-Vai e Rosas de Ouro, que decepcionaram, mas não tanto quanto Independente Tricolor e Peruche.

N. do A. (2): A próxima postagem vai ter uma tirinha, referente ao jogo da Champions League entre o Real Madrid de Cristiano Ronaldo e o Paris Saint-Germain de Neymar.  

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Enquanto a gente curte o Carnaval

A maioria dos brasileiros quer curtir o Carnaval ou descansar, mas sempre alguém precisa cuidar para as coisas funcionarem, enquanto isso. 

Um deles é o presidente Temer. Afinal, é a sua responsabilidade, como chefe de Estado e de governo, respaldado pela Constituição e pelas leis, que preveem o impeachment sofrido pela titular, Dilma Roussef, afastada por não cumprir com sua obrigação como governante (não exatamente por estar envolvida em corrupção, da qual o próprio Temer também é acusado). O ex-vice e atual mandatário não está a fim de sofrer o mesmo destino, a poucos meses de deixar o cargo após as eleições neste ano.

Outros se encarregam de manter a ordem e não deixar o país virar um imenso lugar de baixo meretrício, onde ocorrem não só os prazeres da carne, mas toda a sorte de baderna, crimes, atrocidades e violências. É o caso da Polícia e da Justiça. 

E quem está fazendo planos para além do Carnaval, faça à vontade, mesmo os candidatos à "Vergonha Nacional" deste mês, como o Luciano Huck (principalmente se ele decidir se candidatar à Presidência neste mês e não formalizar sua candidatura; caso a formalização acontecer, ele se tornará um hors concours, concorrente forte demais para outros postulantes a colaborar para o Brasil se transformar num Bananistão ou numa Botocúndia) ou o Oswaldo de Oliveira, técnico do Atlético-MG que se comportou muito mal após o empate do Atlético Mineiro contra seu "xará" do Acre, um resultado vergonhoso na Copa do Brasil, mas suficiente para fazer o Galo avançar na competição (Obs.: pessoas jurídicas e empresas não recebem o selo da "Vergonha", portanto o Botafogo, como clube, ficará de fora da "premiação" no início de março, mesmo com aquela derrota para o Aparecidense por 2 a 1, evento a ser comentado pelo resto do ano).

Este blog vai ficar de plantão caso houver algum fato interessante para comentar, e posts mais elaborados serão feitos a partir da quarta-feira.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Depois da feiúra de 2017

Em 2017, este blog publicou uma postagem sobre o Galo da Madrugada, um dos maiores símbolos do carnaval de Recife. Naquela época, o galo apareceu bem feinho, o que não atrapalhou a folia.

Neste ano, resolveram deixá-lo mais bonito e coerente com o clima de festa:

Maquete do Galo da Madrugada deste ano (Bruno Campos)
 
Se lembrasse a feiúra do galo do ano passado, lembraria o atual hit para ser tocado nestes dias, o funk "Que tiro foi esse", da Jojo Todynho, capaz de fazer qualquer pessoa mentalmente saudável querer ficar num retiro espiritual para não ouvir essa bombástica "maravilha" musical do nosso tempo. 

Infelizmente, nem tudo está correndo bem: a montagem está atrasada e teme-se que o Galo não fique pronto a tempo. Ele deve desfilar no dia 10, para homenagear o jornalista Francisco José, veterano profissional da Rede Globo, mas deve ser erguido antes, amanhã. 

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Da série 'Não se perca em São Paulo (para leigos)', parte 2

A sinalização para acessar o local dos desfiles de Carnaval em São Paulo, o Sambódromo no Parque Anhembi, em Santana (Zona Norte) é até aceitável, com número adequado de placas de indicação. 

Para quem vem do interior do Estado, assim como quem sai da Marginal Pinheiros e das rodovias dos Bandeirantes, Anhanguera, Castelo Branco, Raposo Tavares e Régis Bittencourt para a Marginal Tietê e daí para a ponte da Casa Verde, basta seguir as placas do "Parque Anhembi". O único problema é encontrar uma placa como esta: 


Subentende-se que o motorista deve seguir também para a direita, como se fosse para a Lapa e para as rodovias Anhanguera e Castelo Branco (a rodovia dos Bandeirantes aparece em poucas placas, apesar da sua importância como opção para a Anhanguera). Depois, basta seguir em frente e, no final, no cruzamento com a Av. Olavo Fontoura, virar à esquerda, pois para a direita o acesso é para a Marginal Tietê. 

Para quem sai das rodovias Imigrantes, Anchieta, Dutra, Fernão Dias e Ayrton Senna e usa a Marginal Tietê sentido Castelo Branco, também não há grandes problemas, desde que considere o Sambódromo como parte do Parque Anhembi. É necessário seguir as placas de "Parque Anhembi" até depois da ponte estaiada Orestes Quércia, a "Estaiadinha". Oficialmente, ele é chamado de Polo Cultural e Esportivo Grande Otelo - mas ninguém o chama por este nome. 

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Mais gente para receber o selo

Este blog já tem alguns candidatos a receber um dos selos. Infelizmente, não é o selo do "Orgulho Nacional". O Brasil está carente de pessoas que se destaquem positivamente. 

Juizes e procuradores, inclusive os do Ministério Público Federal, envolvidos na investigação de corruptos e corruptores do chamado "Quadrilhão", estão defendendo de forma explícita a manutenção de seus privilégios, como o auxílio-moradia para servidores com casa própria. Além disso, eles estão protestando contra a reforma da Previdência, que impõe regras mais rígidas de aposentadoria, inclusive para quem ingressou no Ministério Público depois de 2003. 

Nos Três Poderes, é notória a quantidade de "benefícios", na verdade, sangrias contra NOSSO DINHEIRO, para os seus integrantes. O Judiciário, antes o Poder mais admirado pelos brasileiros, é o mais aguerrido contra o fim da mamata. 

Principalmente aqueles que vêm aparecendo mais na imprensa para defender esses auxílios, descontando os hors concours como a Procuradora-Geral da República e os ministros do STF, merecem o selo da "Vergonha Nacional". Não queremos esse clima de "guerra entre quadrilhas", corruptos sendo investigados por marajás, Camorra contra Cosa Nostra, alimentado por setores da imprensa e das redes sociais. Tal impressão pode ser falsa, mas não deixe de ser incômoda. A Lava Jato não pode servir de pretexto para alguns Meritíssimos justificarem sua sanha pelo Erário, mesmo que estejam combatendo rapinantes.


N. do A.: Enquanto isso, bandidos atacaram e mataram na BR-376, norte do Paraná, e no Rio de Janeiro, e um viaduto no centro de Brasília desabou. O Brasil sofre por causa de seus inimigos. 

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Os 'underdogs'

Underdog é um termo inglês que denomina aqueles competidores ou lutadores mais fracos, no esporte ou em outros aspectos da vida, enfrentando oponentes bem mais fortes. Equivale ao termo "azarão" ou "zebra" no Brasil. 

São considerados underdogs o humilde pastor Davi, que derrotou o gigante Golias, o time do Leicester City na Premier League da temporada 2016/2017, a ativista negra Rosa Parks contra a segregação racial nos Estados Unidos. Na literatura, destacam-se Harry Potter, o jovem bruxo que derrotou Voldemort, e Frodo Baggins, o hobbit responsável pela derrota de Sauron, em O Senhor dos Aneis, para citar casos envolvendo a cultura atual de massas. 

Ontem, quem fez o papel de underdog foi o time de futebol americano Philadelphia Eagles, que enfrentou o favoritíssimo New England Patriots, muitas vezes comparado com o Barcelona, do futebol internacional. O poderoso time conta com Tom Brady, por aqui mais conhecido como o marido da supermodelo Gisele Bündchen, mas por lá um dos grandes ídolos atuais do esporte. Os "azarões" conseguiram derrotar os Patriots na final da Super Bowl, o maior evento esportivo dos Estados Unidos, pelo placar de 41 a 33.

Logotipo do Philadelphia Eagles, o time que derrotou Tom Brady & cia.

Os Eagles nunca haviam ganho uma Super Bowl antes, enquanto os Patriots já faturaram cinco deles, somente neste século. 

Para muitos, o triunfo de um underdog é ainda mais grandioso do que o de um favorito, ou top dog, pois isso requer determinação, espírito de luta e coragem. Também exige a superação dos limites auto-impostos por cada um dos integrantes do time, ou o já banal lema "vencer a si mesmo". Isso permitiu a vitória dos Eagles nesta edição dos Bowls, a 52 (LII).

É frequente também a empatia pelos mais "fracos", o que estimula a luta dos underdogs.

Este espírito de luta é, de certo modo, estimulado na cultura anglo-saxônica. Entre os países de cultura herdada dos latinos, isto ficou atenuado, embora haja exemplos semelhantes principalmente na literatura picaresca, com os Lazarillos e os Pedros Malasartes, fontes de inspiração para Leonardo "Pataca", Macunaíma e Jeca Tatu. Mas a realidade é bem outra, e existem muitos poucos exemplos de underdogs na América Latina, e a vontade de vencer as dificuldades típica deles seria de grande valia nesta parte do mundo onde a miséria, as desigualdades socio-econômicas, o populismo, o analfabetismo, a falta de infraestrutura e a violência oprimem os povos da maioria dos países, inclusive o Brasil. 

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Quem ganhou o selo de janeiro (o outro)

Este blog já apontou a vencedora do selo "Vergonha Nacional" na postagem anterior, e agora vai dizer quem mereceu o outro selo, o do "Orgulho". Fazendo um jogo de palavras para lá de primário, não houve muitos motivos para se orgulhar. 

Houve apenas um candidato forte, o Impa, Instituto de Matemática Pura e Aplicada, cujo presidente é Marcelo Viana, e não por uma atitude tomada em janeiro, mas por outra, feita no ano passado: os representantes do Impa enviaram ao International Mathematical Union (IMU), ou União Matemática Internacional, a candidatura ao grupo 5, o mais elevado segundo a entidade, expondo as razões. 

Como o anúncio da aceitação, pelo IMU, do Brasil entre o grupo mais importante, ocupado por França, Alemanha, Estados Unidos, Israel, Canadá, China, Japão, Reino Unido, Itália e Rússia, foi no mês passado, com boa divulgação na mídia, este blog não pode deixar de saudar o feito, conquistado não só pelos pesquisadores vinculados ao Impa, mas todos os matemáticos dignos deste país. Uma façanha, em um país onde a educação ainda tem tanto a melhorar e necessita urgentemente sair da desgraça na qual está por décadas, sobretudo no ensino fundamental e médio. 

O selo do "Orgulho" se estende aos pesquisadores de Matemática do Brasil. Marcelo Viana, o presidente do Impa, é o segundo, da esquerda para a direita (foto original do site do Impa).

O Brasil melhorou substancialmente em pesquisa de matemática, publicando mais artigos em revistas e eventos acadêmicos. A produção é dez vezes maior em relação à década de 1980. Recentemente, tivemos o caso de Artur Ávila ganhar a medalha Fields, vulgo "Nobel da Matemática", em 2014, por seus trabalhos sobre sistemas dinâmicos. 

N. do A.: Se houvesse o selo do "Orgulho" naquela época, Ávila seria um dos contemplados. Ele recebeu a Fields em agosto, um mês depois que a "Vergonha" da Seleção da CBF, comandado pelo "vergonha-mor" Felipão derrubou a auto-estima dos brasileiros no Mineirão, durante a Copa do Mundo. 

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

O(s) premiado(s) de janeiro

Houve um páreo duro para disputar o selo de janeiro, aquele destinado aos ilustres cidadãos, tirando as exceções, como os chamados hors concours, gente que desequilibraria muito a escolha, e os condenados pela Justiça - cujo status dispensa um rótulo adicional, por redundância. 

O atropelador de Copacabana disputou com a "não ministra" Cristiane Brasil - se ela já fosse ministra de fato, devidamente empossada antes do final do mês passado, não poderia ser escolhida - e seu vídeo constrangedor na lancha e os participantes (todos) do BBB 18 e seu diretor Boninho, embora neste último caso quem é o candidato mais forte seja a tal família Lima. 

E o vencedor foi: 

CRISTIANE BRASIL!

Os amigos da quase ministra, ainda não efetivada no cargo, também podem ser considerados dignos da insígnia.
Parabéns, futura ministra. Se tivesse conseguido o cargo antes de janeiro terminar, e não tivesse gravado aquele vídeo, Vossa Senhoria não teria chances de obter este prêmio. Naturalmente o selo não tem o poder de impedir a sua posse algum dia, e nem condenar um trabalho que ainda não começou.