Nesta semana, o Ministério Extraordinário da Segurança Pública foi criado, e Raul Jungmann deixou a pasta da Defesa para ser o ministro da nova pasta. Ele já foi mostrando serviço.
Primeiro, disse que os moradores do Rio, mais particularmente os usuários de drogas que moram fora das favelas, financiam o tráfico. Isso os políticos em geral evitam falar, por medo de perderem votos, mas é uma daquelas verdades incômodas.
Depois, cumprindo decisão de Michel Temer, subordinou a Polícia Federal ao novo ministério. Muitos temem pelo futuro da Operação Lava Jato, mas o governo diz que ela continua. E tratou de substituir a liderança, trocando Fernando Segóvia por Rogério Galloro, um nome mais técnico para a função. Segóvia, indicado por caciques políticos como Eliseu Padilha e José Sarney, não comprometeu a Lava Jato, ao contrário do que dizem os detratores, mas suas declarações o desgastaram a ponto de prejudicar ainda mais um governo já condenado pelos bem-pensantes e mal-pensantes do Brasil.
As medidas, segundo a versão oficial, não visam pavimentar o caminho para uma reeleição, mesmo porque Temer já declarou não ser candidato.
N. do A.: O "japonês da Federal" Newton Ishii se aposentou ontem, coincidindo com a transferência da PF para a Segurança Pública. Ele entrou para o folclore político nos últimos tempos por sempre aparecer para executar os mandatos de prisão aos indiciados pela Operação Lava Jato. Em 2016, após ganhar notoriedade, viu seu nome envolvido num esquema para facilitar contrabando. Foi condenado e voltou a trabalhar com uma tornozeleira eletrônica, o mesmo aparelho preso junto aos pés de vários envolvidos na maior rapinagem sofrida pelo NOSSO DINHEIRO em todos os tempos.
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