Underdog é um termo inglês que denomina aqueles competidores ou lutadores mais fracos, no esporte ou em outros aspectos da vida, enfrentando oponentes bem mais fortes. Equivale ao termo "azarão" ou "zebra" no Brasil.
São considerados underdogs o humilde pastor Davi, que derrotou o gigante Golias, o time do Leicester City na Premier League da temporada 2016/2017, a ativista negra Rosa Parks contra a segregação racial nos Estados Unidos. Na literatura, destacam-se Harry Potter, o jovem bruxo que derrotou Voldemort, e Frodo Baggins, o hobbit responsável pela derrota de Sauron, em O Senhor dos Aneis, para citar casos envolvendo a cultura atual de massas.
Ontem, quem fez o papel de underdog foi o time de futebol americano Philadelphia Eagles, que enfrentou o favoritíssimo New England Patriots, muitas vezes comparado com o Barcelona, do futebol internacional. O poderoso time conta com Tom Brady, por aqui mais conhecido como o marido da supermodelo Gisele Bündchen, mas por lá um dos grandes ídolos atuais do esporte. Os "azarões" conseguiram derrotar os Patriots na final da Super Bowl, o maior evento esportivo dos Estados Unidos, pelo placar de 41 a 33.
Logotipo do Philadelphia Eagles, o time que derrotou Tom Brady & cia. |
Os Eagles nunca haviam ganho uma Super Bowl antes, enquanto os Patriots já faturaram cinco deles, somente neste século.
Para muitos, o triunfo de um underdog é ainda mais grandioso do que o de um favorito, ou top dog, pois isso requer determinação, espírito de luta e coragem. Também exige a superação dos limites auto-impostos por cada um dos integrantes do time, ou o já banal lema "vencer a si mesmo". Isso permitiu a vitória dos Eagles nesta edição dos Bowls, a 52 (LII).
É frequente também a empatia pelos mais "fracos", o que estimula a luta dos underdogs.
Este espírito de luta é, de certo modo, estimulado na cultura anglo-saxônica. Entre os países de cultura herdada dos latinos, isto ficou atenuado, embora haja exemplos semelhantes principalmente na literatura picaresca, com os Lazarillos e os Pedros Malasartes, fontes de inspiração para Leonardo "Pataca", Macunaíma e Jeca Tatu. Mas a realidade é bem outra, e existem muitos poucos exemplos de underdogs na América Latina, e a vontade de vencer as dificuldades típica deles seria de grande valia nesta parte do mundo onde a miséria, as desigualdades socio-econômicas, o populismo, o analfabetismo, a falta de infraestrutura e a violência oprimem os povos da maioria dos países, inclusive o Brasil.
É frequente também a empatia pelos mais "fracos", o que estimula a luta dos underdogs.
Este espírito de luta é, de certo modo, estimulado na cultura anglo-saxônica. Entre os países de cultura herdada dos latinos, isto ficou atenuado, embora haja exemplos semelhantes principalmente na literatura picaresca, com os Lazarillos e os Pedros Malasartes, fontes de inspiração para Leonardo "Pataca", Macunaíma e Jeca Tatu. Mas a realidade é bem outra, e existem muitos poucos exemplos de underdogs na América Latina, e a vontade de vencer as dificuldades típica deles seria de grande valia nesta parte do mundo onde a miséria, as desigualdades socio-econômicas, o populismo, o analfabetismo, a falta de infraestrutura e a violência oprimem os povos da maioria dos países, inclusive o Brasil.
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