segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

O povo sofre novamente!

Entrou em vigor uma série de paralisações cuja intenção, inicialmente, era formar uma greve geral, algo nunca visto no Brasil, pois todas as tentativas anteriores fracassaram. 

De acordo com a CUT, a manifestação era para parar o Brasil contra a flexibilização das leis trabalhistas (principalmente o fim do imposto sindical) e a reforma da Previdência. Esta manifestação tem um objetivo mais amplo: combater um governo que eles consideram "golpista" após a destituição de Dilma Roussef, que apeou o PT, partido do qual a CUT é aliada, do poder. Além disso, querem dar uma resposta à condenação do ex-presidente Lula. 

Estas paralisações ficaram bem longe de uma greve geral, mas setores cujos sindicatos estão vinculados à CUT pararam, como os metalúrgicos, os bancários e, em algumas cidades como Guarulhos, os motoristas e cobradores. 

O cruzar de braços de certas categorias não vai conseguir derrubar a agenda do presidente Temer, que já tem outros problemas como a repercussão da medida tomada na última sexta, ou seja, a intervenção federal no Rio, que acabou provocando a suspensão das votações da reforma previdenciária - isso foi mais efetivo, neste sentido, do que uma greve geral. Outros contratempos foram a demissão da famigerada Luislinda Valois, a "ministra escrava" dos Direitos Humanos, e os estragos causados pelas declarações do diretor-geral da PF, Fernando Segóvia, visto agora como um lacaio de Temer. 

Os grevistas também não vão conseguir arruinar os lucros das grandes indústrias e dos bancos, e nem vão impossibilitar a administração dos prefeitos e governadores. 

Porém, eles estão atrapalhando o povo, o lado mais fraco, como sempre, desta contenda. Milhões sem transporte público, e nem atendimento para movimentar seus salários e aposentadorias, e pagar suas contas. Se eles querem convencer as pessoas dos malefícios das reformas, estão tomando o caminho mais errado possível. Apenas os ideologicamente identificados com os "movimentos sociais" e os defensores do Estado "paizão" (que, aliás, sempre foi mais um tirano do que um provedor) vão se convencer disso. A maioria vai se sentir lesada e desrespeitada por mais um movimento político destinado a fracassar e que só vai conseguir atrapalhar a vida dos brasileiros. 

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