Entrou em vigor uma série de paralisações cuja intenção, inicialmente, era formar uma greve geral, algo nunca visto no Brasil, pois todas as tentativas anteriores fracassaram.
De acordo com a CUT, a manifestação era para parar o Brasil contra a flexibilização das leis trabalhistas (principalmente o fim do imposto sindical) e a reforma da Previdência. Esta manifestação tem um objetivo mais amplo: combater um governo que eles consideram "golpista" após a destituição de Dilma Roussef, que apeou o PT, partido do qual a CUT é aliada, do poder. Além disso, querem dar uma resposta à condenação do ex-presidente Lula.
Estas paralisações ficaram bem longe de uma greve geral, mas setores cujos sindicatos estão vinculados à CUT pararam, como os metalúrgicos, os bancários e, em algumas cidades como Guarulhos, os motoristas e cobradores.
O cruzar de braços de certas categorias não vai conseguir derrubar a agenda do presidente Temer, que já tem outros problemas como a repercussão da medida tomada na última sexta, ou seja, a intervenção federal no Rio, que acabou provocando a suspensão das votações da reforma previdenciária - isso foi mais efetivo, neste sentido, do que uma greve geral. Outros contratempos foram a demissão da famigerada Luislinda Valois, a "ministra escrava" dos Direitos Humanos, e os estragos causados pelas declarações do diretor-geral da PF, Fernando Segóvia, visto agora como um lacaio de Temer.
Os grevistas também não vão conseguir arruinar os lucros das grandes indústrias e dos bancos, e nem vão impossibilitar a administração dos prefeitos e governadores.
Porém, eles estão atrapalhando o povo, o lado mais fraco, como sempre, desta contenda. Milhões sem transporte público, e nem atendimento para movimentar seus salários e aposentadorias, e pagar suas contas. Se eles querem convencer as pessoas dos malefícios das reformas, estão tomando o caminho mais errado possível. Apenas os ideologicamente identificados com os "movimentos sociais" e os defensores do Estado "paizão" (que, aliás, sempre foi mais um tirano do que um provedor) vão se convencer disso. A maioria vai se sentir lesada e desrespeitada por mais um movimento político destinado a fracassar e que só vai conseguir atrapalhar a vida dos brasileiros.
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