Repete-se a receita para o desastre: chuva forte e persistente após um período excessivamente longo de estiagem, caindo numa sexta feira, véspera de feriado. O resultado é o congestionamento recorde em São Paulo neste ano: 268 km.
Este número é ridiculamente menor do que os anteriores, quando não havia a pandemia de COVID-19. Antes, era facílimo ultrapassar os 500 km.
Os paulistanos estão arriscando sair com o mau tempo, a fim de aproveitar o feriadão de Nossa Senhora Aparecida. Agora é possível fazer isso com menos perigo de contrair o coronavírus: a pandemia está cedendo na maioria dos Estados, inclusive por aqui, e boa parte das regiões paulistas, inclusive a Grande São Paulo e o litoral paulista, passou para a fase verde.
N. do A.: é preciso mesmo esquecer um pouco do cotidiano, na medida do possível, durante este feriado; uma das medidas salutares é não se deixar estressar pelas notícias divulgadas pela mídia, como a soltura de um líder do PCC a mando do ministro do STF Marco Aurélio Mello, em decisão monocrática (mais uma) e as declarações amalucadas sobre o boi ser "bombeiro do Pantanal", por parte de um dos membros geralmente mais sensatos do governo, a ministra da Agricultura Teresa Cristina, que se baseou na capacidade do gado comer a pastagem seca. Como os pecuaristas sabem, isso é só um paliativo para uma seca anormal, o rudimentar uso do fogo para limpar terrenos, a falta de cuidado e de fiscalização para impedir a piora nos incêndios, que se tornaram uma calamidade em várias regiões do Brasil. Marco Aurélio não pretende concorrer ao próximo Nobel da Paz, ganho neste ano pelo Programa Alimentar Mundial da ONU, e nem tem vocação para isso. Já a ministra já está sendo comparada à colega Damares Alves, que certa vez falou sobre Jesus na goiabeira.
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