quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Onça pintada vítima das queimadas no Pantanal volta à natureza

Ontem, a onça pintada macho batizada de "Ousado", símbolo dos animais vitimados pelos incêndios no Pantanal, foi devolvida à natureza após 36 dias de tratamento. 

O grande felino foi encontrado com queimaduras de terceiro grau nas quatro patas e foi levado pelos bombeiros para o Hospital Veterinário da Universidade Federal de Mato Grosso, onde recebeu os primeiros curativos. Depois, foi levado para o Instituto de Preservação e Defesa dos Felídeos da Fauna Silvestre do Brasil em Processo de Extinção, em Corumbá de Goiás. Ali, o animal foi tratado com ozônio e células tronco, para tentar regenerar as patas e as garras. 

Ousado foi devolvido ao Pantanal, em um local preservado das queimadas, que estão sendo controladas pelos bombeiros e pela chuva, com um colar para rastreamento. Assim, será possível verificar se ele irá ter uma vida normal, em condições de caçar, defender-se e gerar descendentes,, por ser um animal ainda em idade reprodutiva (sua idade é estimada em cinco anos). 

A onça pintada, também conhecida como jaguar, jaguaretê ou canguçu, é o maior felídeo das Américas, e está ameaçada de extinção tanto na Amazônia quanto no Pantanal, e já não se encontra mais em vários lugares, como nas poucas áreas restantes da Mata Atlântica. 

O jaguar conhecido como "Ousado" sendo devolvido ao seu habitat (imagem de vídeo do Youtube, pelo canal do Estadão)


N. do A.:
Este é uma notícia alentadora, mas eclipsada pelas turbulências políticas. Houve atritos entre Bolsonaro, de um lado, e o seu próprio ministro da Saúde, o general Pazuello, de outro, por causa do CoronaVac; o Ministério da Saúde resolveu comprar as doses da candidata à vacina (feita pelo laboratório Sinovac, da China), gerando o apoio dos governadores e contrariando o presidente, que diz não aceitar os brasileiros serem tratados como "cobaias". Além disso, Kassio Marques foi aprovado pelo Senado após sabatina no Senado, mas ele continua a ser questionado pelos conservadores e defensores da Lava Jato por suas posições não tão "terrivelmente evangélicas" e ser um "garantista", isto é, defender o amplo direito de defesa dos acusados por corrupção e outros crimes. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário