quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Orgulho e vergonha de setembro

Este blog gostaria de considerar a iniciativa da empresária Luiza Trajano como louvável, por reservar vagas para pessoas negras trabalharem em seu império comercial, o Magazine Luiza, mas a repercussão não foi a melhor possível, porque muita gente viu a estigmatização do racismo, ao invés de valorizar os negros. De qualquer forma, ela prova ser uma mulher de grande talento para os negócios, a tal ponto de ser uma das pessoas mais ricas do Brasil, segundo a revista Forbes. Por isso, ela recebe o selo de "Orgulho Nacional", por sua capacidade empreendedora, e não pela aparente boa intenção para com os negros. 

 

Luiza Trajano, a mulher mais rica do Brasil segundo a Forbes, é a dona do Magazine Luiza

Por outro lado, não é possível selar o ministro Ricardo Salles por sua política desastrosa para o meio ambiente, porque ele é alta autoridade, portanto hors concours. Wilson Witzel ainda é, formalmente, governador do Rio, e se encaixa no mesmo caso de Salles. O caso de Marcelo Crivella, prefeito do Rio de Janeiro, é diferente. Prefeitos podem receber o selo, e ele, como governante da "Cidade Maravilhosa", foi acusado de explorar os tais "guardiões" que intimidam a população para impedir denúncias de mau atendimento nos hospitais. Isso não é tão grave quanto as acusações contra o governador Witzel (corrupção e chefia de organização criminosa).

Contudo, quem leva mesmo o selo de "Vergonha Nacional" é o irmão do prefeito da cidade mineira de Patrocínio, flagrado matando um candidato a vereador que estava fazendo denúncias contra a prefeitura numa live. O assassinato causou revolta no Brasil. 

Jorge Marra apareceu roubando o celular da vítima e atirou nela para impedir a denúncia contra o irmão em Patrocínio (MG)




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