terça-feira, 10 de novembro de 2020

Voltemos às eleições em São Paulo

Por aqui, o assunto é menos comentado do que a morte de uma ciclista e ativista social, por atropelamento, numa avenida de São Paulo, mas tem relação com os próximos quatro anos de existência da nossa cidade. 

A campanha eleitoral em São Paulo está chegando ao fim, e ainda há dúvidas sobre o que será feito da cidade até 2024, seja qual for o eleito. Se o nível de desinteresse, até apatia, é com os candidatos à prefeitura, imaginem com os postulantes às vagas para a Câmara Municipal. 

Destaques maiores ficaram para a Justiça proibir a divulgação das pesquisas feitas pelo Datafolha, a pedido de Celso Russomanno, e o jornal Folha de S. Paulo não tardou em apodar essa decisão de "censura", e um debate promovido pelo maior rival da Folha, o Estadão, em conjunto com a Faap, com os candidatos a ocuparem o prédio junto ao viaduto do Chá. 

Infelizmente, não houve a repercussão esperada. Celso Russomanno (Republicanos) falou em implantar o "vale-creche" para tentar fazer a sua popularidade voltar aos níveis de antes, quando liderava as pesquisas. Márcio França (PSB) e Jilmar Tatto (PT) focaram nos transportes, e Guilherme Boulos (PSOL), na moradia, lembrando de seu passado como líder do movimento sem-teto. Bruno Covas (PSDB), o atual prefeito, aproveitou para questionar os outros candidatos, e o mesmo fez o combativo Arthur do Val (Patriotas), o "Mamãe Falei", com mais agressividade.

(Faap/Youtube)


N. do A.: Muito exploradas foram as falas do presidente Jair Bolsonaro e do ministro Paulo Guedes. Bolsonaro, mostrando ser aquele mesmo deputado que defendia a porrada para filhos não virarem gays e o fuzilamento da "petralhada" e de outros políticos (inclusive Fernando Henrique Cardoso, quando ele era presidente), falou para o Brasil "deixar de ser um país de maricas" diante da pandemia. Entre outras fanfarronices, ele também falou sobre "pólvora" ao criticar supostos planos do presidente americano eleito, Joe Biden, sobre a Amazônia, e cantou vitória sobre o governador paulista João Dória porque a Anvisa mandou suspender os testes com a polêmica CoronaVac no Butantan, porque um dos voluntários morreu (por suicídio, e não pela "vacina chinesa"). Paulo Guedes, por sua vez, alertou sobre o perigo da hiperinflação, caso o Brasil não administrar a dívida pública de forma responsável e não levar adiante algumas privatizações.

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