2021 está sendo um dos anos mais inesquecíveis (no pior sentido) nas nossas vidas.
A pandemia ainda não terminou, e já temos outra variante chamada "ômicron", bem mais contagiosa, embora aparentemente menos letal - e não há registro oficial de mortes por esta cepa, que já foi encontrada por aqui.
Este mês de dezembro já começa com a sabatina de André Mendonça, candidato do governo para a vaga deixada por Marco Aurélio Mello. Apesar da falta de empenho do próprio governo e das promessas para se fazer um processo duro com perguntas difíceis para Mendonça responder, a tendência é pela aprovação do nome. 28 senadores já declararam apoio e faltam ainda outros 13 votos.
Bolsonaro finalmente vai poder concorrer à reeleição, pois filiou-se ao PL, o partido do Valdemar Costa Neto, um dos implicados no escândalo do Mensalão do PT. Agora, ele poderá ter uma preocupação a menos enquanto administra os numerosos problemas que assolam o Brasil, neste mês de dezembro e durante o ano de 2022.
E já tivemos mais um tiroteio nos Estados Unidos, numa escola de Michigan, com dez mortos e mais um atirador capturado para responder por este crime. 2021 já acumula mortes demais por causas inaceitáveis, como violência ou COVID-19. Há um mês inteiro ainda, para engrossar as cifras.
Foi descoberta na África do Sul uma variante chamada ômicron, muito mais contagiosa do que as conhecidas até agora, e suspeita de ser resistente às vacinas existentes.
Esta variante possui capacidade de mutação extremamente alta, mas não se sabe ainda a respeito de seu potencial mortífero. A peste agora espalhou-se em alguns países como Israel e Bélgica.
Por ora, os efeitos foram mais devastadores para a economia global do que para as pessoas: as bolsas caíram, inclusive a Bovespa, que fechou em baixa de 3,39%, ameaçando ficar abaixo do patamar de 100.000 pontos. Poderemos ter um cenário difícil de controlar, aumentando a miséria, a fome e o desespero no planeta. Saber mais sobre essa variante do coronavírus poderá ao menos levar a novas pesquisas sobre vacinas, mas enquanto isso valem as medidas profiláticas e de higiene para impedir a propagação deste flagelo.
1. Carlos Arthur Nuzman, ex-presidente do COB, é condenado a 30 anos de prisão por corrupção pelo juiz Marcelo Bretas, conhecido há muito tempo por seu rigor contra esse tipo de crime. Nuzman teria comprado votos para fazer o Rio de Janeiro ser a sede das Olimpíadas em 2016, mas vai recorrer da sentença em liberdade.
2. Carol Meligeni Alves avançou para as quartas-de-final no torneio de Brasília, ao vencer a sérvia Katarina Jokic por 2 sets a 1, parciais de 7/5 0/6 6/3. Ela é sobrinha de Fernando Meligeni, um dos mais conhecidos tenistas do Brasil, e ocupa a posição de número 250 na ATP.
3. Estamos bem próximos do final da temporada da F-1 e o britânico Lewis Hamilton está conseguindo alcançar o holandês Max Verstappen, graças à brilhante vitória obtida em Interlagos no último dia 14, e também no Catar, no domingo passado. A próxima corrida será na Arábia Saudita.
4. A jogadora de futebol Formiga encerra uma longa carreira na Seleção Brasileira. Hoje ela fez sua última partida com a camisa amarela na vitória acachapante sobre a Índia por 6 a 1 no Torneio Internacional de Manaus. Ela defendeu a Seleção desde 1995, e desde então teve várias passagens marcantes, como as medalhas de ouro nos Jogos Pan-Americanos (2003, 2007 e 2015) e as de prata nas olimpíadas de Atenas e Pequim.
A jogadora Formiga despediu-se da Seleção Brasileira de Futebol aos 43 anos (Revista Cláudia/Ed. Abril)
5. Messi deve estar se perguntando onde foi se meter após a derrota do PSG para o Manchester City na Champions League. Enquanto isso, Cristiano Ronaldo está sendo o maior responsável pela boa campanha do Manchester United, que conquistou vaga nas oitavas-de-final, após a vitória sobre o Villareal por 2 a 0.
Querem dividir o Pará novamente, para a criação do estado de Tapajós, com capital em Santarém. O relator, senador Plínio Valério (PSDB-AM), que representa o estado do Amazonas e não do Pará, alega abandono do governo paraense contra as populações da região.
Como ficaria o Pará depois da divisão, à custa do suado dinheiro pago pelo contribuinte brasileiro (e não só paraense ou tapajoense)
Dez anos atrás, houve um plebiscito, cujo resultado foi a rejeição. Na época, queriam criar também o estado de Carajás. Isto foi abordado em uma postagem aqui. A criação de novos estados sempre atende a interesses de políticos locais e cria novas possibilidades para fazer algo conhecido desde quando havia capitanias e não estados: a indicação de "pessoas de confiança" e o (ab)uso do NOSSO DINHEIRO.
Querem fazer um novo plebiscito, mas a CCJ adiou as discussões, sem data certa para voltar ao plenário. Enquanto isso, há outras questões mais urgentes para atender os anseios da população do Pará (e outros estados da federação).
Mal o difamado "touro da Bovespa" foi colocado e ele já foi retirado da rua XV de Novembro, em frente ao prédio da instituição, no centro de São Paulo.
Criado para representar a força do mercado financeiro brasileiro, o animal dourado, na verdade feito de isopor pelo escultor Rafael Brancatelli, parece um pastiche do famoso touro de Wall Street, criação do italiano Arturo di Modica, morto no último mês de fevereiro. Era para ser uma atração turística na cidade, mas desde sua inauguração, há uma semana, sofreu apenas zombaria e vandalismo. Foi motivo de "memes" nas redes sociais, comparado a "ouro de tolo" e personagem do mangá Saint Seiya (onde há um personagem chamado Aldebaran de Touro, um cavaleiro de ouro).
Por fim, a prefeitura disse que o touro era uma obra "publicitária", e ordenou sua retirada.
O "touro de ouro" e sua curtíssima carreira (Divulgação)
A história do ENEM foi marcada por polêmicas, muitas das quais foram abordadas por este blog desde 2009. Foram casos notáveis de fraudes, questões mal formuladas e falhas na organização.
Logotipo do Enem 2021, que (felizmente) não teve a "cara do governo" Bolsonaro
Recentemente, houve demissão em massa de profissionais do Inep, que protestaram contra uma alegada intervenção política no órgão. 35 funcionários saíram.
Isto não foi o suficiente para prejudicar o andamento do ENEM. Não houve casos notáveis de fraude, e nem grandes questionamentos sobre a qualidade das questões, a não ser o lado ideológico de algumas delas. Numa delas, na prova de Língua Portuguesa, foi mostrado o trecho de Admirável Gado Novo, de Zé Ramalho, crítica à passividade do povo brasileiro e considerada muito "esquerdista" pelo atual governo. O presidente Jair Bolsonaro e os seus apoiadores não cansou de criticar as ideologias diversas das suas.
Critérios técnicos e a arraigada formação ideológica dos formuladores das provas impediram as provas de terem "a cara do governo". Pois o ENEM não pode ser a cara de governo algum. Só precisa ser bem formulada e se pautar pela avaliação dos conhecimentos, e não das posições políticas, dos candidatos.
Esta edição do exame, criado originalmente para a avaliação da qualidade do ensino médio em 1998, foi também prejudicada pela pandemia, embora menos do que no ano passado.
Com os avanços na medicina e na microbiologia, acelerados pelas pesquisas sobre vacinas contra a atual pandemia de coronavírus, a indústria farmacêutica aproveitou para desenvolver uma espécie de imunizante contra o mal de Alzheimer, doença neurodegenerativa causadora de incapacitação e morte em idosos.
Neste caso, não é exatamente uma "vacina", pois o agente causador é a proteína beta-amilóide, que não é um ser vivo patogênico. O produto irá inibir a produção desta proteína, considerada a culpada pela destruição dos neurônios e progressiva perda das capacidades cognitivas, e será administrado por inalação, de acordo com o canal CNN Brasil.
Testes experimentais serão feitos em 16 pacientes na fase inicial da doença, entre 60 e 80 anos. Antes, foram feitos exames de pacientes . Somente após comprovação de segurança e eficácia, haverá prosseguimento nas pesquisas para a produção em maior escala.
Outros produtos também estão em análise. Um deles, a aducanumab, injetável, também está em fase de estudos, segundo o canal de notícias azfamily.com.
Doenças neurodegenerativas como o Alzheimer afetam milhões de pessoas, e a tendência é ainda piorar no mundo inteiro (Divulgação, a partir do site Olhar Digital).
Há um recrudescimento nas relações entre Rússia, China e o Ocidente, com incidentes preocupantes para os Estados Unidos e outros países.
Recentemente, houve um teste de mísseis autorizado pelo govenro russo para destruir um satélite inutilizado ainda em órbita, resultando no aumento do lixo espacial e em risco à integridade da tripulação da Estação Espacial Internacional, que também conta com dois cosmonautas russos.
Os russos também são acusados de fomentar a tirania de Belarus, que está forçando o deslocamento de imigrantes vindos da Ásia Ocidental e da África para as fronteiras com a Lituânia e a Polônia. Também é vista como parte interessada na guerra civil da Ucrânia. Estas duas nações pertenciam à antiga União Soviética no Leste Europeu.
Por sua vez, a China está a intensificar o cerco à Taiwan, considerada uma província rebelde, enquanto a ilha está adquirindo aviões militares F-16V, dos Estados Unidos, para a defesa de seu espaço aéreo. Teme-se um conflito no Pacífico, agravado pelas disputas no Mar do Sul da China, não muito longe de Taiwan, onde Filipinas, Vietnã e Brunei disputam áreas pesqueiras.
O urso russo e o tigre chinês estão afiando as garras para um possível entrevero com a águia americana e seus aliados.
Como em todo país, o Brasil teve e ainda tem seus filósofos. Tivemos muitos nomes dignos de nota, em todas as épocas.
No período colonial, o Padre Antônio Vieira (1608-1697) teve influência de São Tomás de Aquino e Santo Agostinho para defender a integridade dos povos, inclusive indígenas e judeus, contra as perseguições. Ele era um dos maiores representantes do estilo barroco, sendo também um dos maiores literatos do século XVII.
Já na transição entre o Brasil Colônia para o Império, tivemos o bispo D. Azeredo Coutinho (1742-1821), influenciado pelos iluministas, embora defensor da ortodoxia católica, e seus escritos refletiam o período, marcado pelas revoltas contra o sistema colonial português (Inconfidências Mineira e Baiana, Revolta dos Suassuna, Revolução Pernambucana) e a Revolução do Porto de 1820.
No começo do período imperial, eram famosos os aforismos do Marquês de Maricá (1773-1848), enquanto havia o contraste entre o pensamento conservador, cujo maior nome seria o Visconde de Cairu (1756-1835), e os liberais como o Padre Diego Feijó (1784-1843), mais ou menos influenciados ainda pelo liberalismo de Adam Smith e o iluminismo do século XVIII. O positivismo teve Benjamim Constant (1836-1891) como o grande defensor. Neste período, o maior dos filósofos foi Tobias Barreto (1839-1889), o autor de Ensaios e Estudos de Filosofia e Crítica, influenciado pelo pensamento alemão (Fichte, Hegel, Schopenhauer, Schelling) e pelo naturalismo de Haeckel, um discípulo de Charles Darwin.
Durante o século XX, houve nomes como Sílvio Romero (1851-1914), influenciado pelo positivismo e pelo darwinismo, sendo famoso pelas diatribes contra outros pensadores. Também foram importantes Raimundo de Farias Brito (1862-1917), neotomista e crítico do positivismo, o liberal José Roberto Merquior (1941-1990), analista e crítico feroz da Escola de Frankfurt, e Miguel Reale (1910-2006), especialista em direito político.
Atualmente, temos nomes como Marilena Chauí (1941-), Mangabeira Unger (1947-), Mário Sérgio Cortella (1954-), Luís Felipe Pondé (1959-), Leandro Karnal (1963-), Viviane Mosé (1964-), Clóvis de Barros Filho (1966-), Márcia Tiburi (1970-) e Djamila Ribeiro (1980-). Ainda há o caso sui generis de Olavo de Carvalho (1947-), autodidata e sem formação específica na área.
Estes pensadores já comentaram muito sobre a situação do Brasil, como se pode notar nos vídeos a seguir:
Marilena Chauí, ligada ao PT, é influenciada por Spinoza, Marx e pelos pensadores existencialistas
O célebre Mário Sérgio Cortella é um dos filósofos mais influentes do nosso tempo
Luiz Felipe Pondé é crítico da hegemonia marxista entre seus pares
Leandro Karnal é outro membro da "filosofia pop" junto com Pondé e Cortella
Olavo de Carvalho é um dos maiores influenciadores do pensamento atual
Recentemente falaram a respeito do ator e diretor Wagner Moura, responsável pelo filme Marighella e admirador confesso do socialismo e do MTST, por comer acarajé no meio dos "companheiros" representantes dos trabalhadores sem teto em um terreno ocupado na Zona Leste paulistana. Políticos e formadores de opinião aproveitaram o momento para mais uma briga ideológica: enquanto os conservadores apontaram o eterno "Capitão Nascimento" como hipócrita e representante de um "socialismo de boutique" ou "esquerda caviar", os defensores do artista falaram sobre uma "democratização" do camarão enquanto milhares estavam literalmente à procura de ossos para comer. O acarajé foi doado, segundo o MTST, pelo restaurante AcaraJazz.
Mais uma discussão ideológica envolvendo Wagner Moura, com direito a gastronomia regional (Divulgação)
Também foram comentadas as falas do presidente Jair Bolsonaro, notório desafeto de Moura e dos outros artistas "esquerdistas", defendendo a sua política ambiental para investidores em Dubai, mais uma vez conclamando para visitarem a Amazônia, fazendo deliberada confusão com o conceito de "floresta não pega fogo". Ele também falou sobre o ENEM, feito no domingo passado, criticando o teor das provas passadas por contaminação ideológica em questões de geografia e história (influenciada historicamente pelo marxismo), mas acrescentando que a prova "começa a ter a cara do governo", insinuando que o conteúdo deve obedecer às diretrizes de um mandatário, como em vários países da África e da Ásia, onde o conceito de democracia é estranho para a cultura dos donos do poder local.
Enquanto isso, Geraldo Alckmin, ex-governador tucano de São Paulo e um dos cotados para representar a "terceira via", disse não descartar a possibilidade de ser vice de Lula, mesmo com a abundância de acusações feitas pelo próprio chefe tucano contra a corrupção nos governos petistas, o Mensalão, o Quadrilhão e a espoliação da Petrobras. Neste caso, quem quer mesmo uma "terceira via" deve procurar outro nome e fatalmente irá se afastar do PSDB.
Quando se fala em triângulo de Karpman a reação é quase sempre a mesma: total estranheza. Contudo, o psicoterapeuta Stephen Karpman, em 1968, o apresentou, em seu trabalho Fairy Tales and Script Drama Analysis (Contos de Fadas e Análises de Roteiros sobre o Drama), e seu conceito é bem claro.
No triângulo de Karpman, existem três personagens considerados modelos de qualquer obra ficcional: o perseguidor (ou vilão), o salvador (ou herói) e a vítima.
O perseguidor é o algoz da trama, capaz de manipular e afrontar a lei por colocar seus interesses pessoais acima dos demais. Ele não assume as responsabilidades pelos seus atos.
O salvador ou socorrista quer ajudar os outros e ser reconhecido por isso. Como o perseguidor, ele se julga superior aos outros, e tem uma relação de co-dependência com as vítimas.
A vítima ou paciente é o papel mais ingrato, pois é o alvo dos infortúnios e não tem controle sobre eles. Julga-se digno de atenção e cuidados por parte dos outros.
Geralmente, o perseguidor e salvador, como agentes, estão nos vértices superiores, enquanto a vítima está no vértice mais baixo.
Nas histórias ficcionais, quase sempre há certa variação de papeis, com o perseguidor sendo uma vítima no passado, justificando suas más ações, e o salvador muitas vezes agindo de forma egoísta ou narcisista. Os papéis são mais definidos em contos de fada.
Por outro lado, a vida pode ser moldada pelo triângulo de Karpman, permitindo analisar as atitudes cotidianas, onde há maior dinâmica. São frequentes os chamados jogos psicológicos, onde há relações de interesses entre os participantes, com alguém, no papel de vítima, tentando chamar a atenção do salvador e este, por algum motivo, passa a agredir o outro, tornando-se, no momento, um perseguidor.
Relações saudáveis ocorrem quando o perseguidor deixa de culpar os outros por suas frustrações, o salvador tem o discernimento de não se intrometer na vida dos outros indevidamente, e a vítima, por sua vez, ser mais proativa e agir com autonomia.
1. O governo Bolsonaro lançou o programa Brasil Fraterno - Comida no Prato, para reduzir o desperdício de alimentos (algo crônico no Brasil) por meio de isenções fiscais para empresas que doarem alimento para entidades assistenciais. Também foi estendido o prazo, em dois anos, da desoneração da folha de pagamento, para conter o desemprego, algo elogiado até pela grande mídia, normalmente severa com o presidente.
2. A Seleção Brasileira venceu o time da Colômbia com gol de Lucas Paquetá, e consegue a vaga para a Copa de 2022, onde a história será bem outra. Neymar, o grande astro do time, só se destacou pelo teatro ao receber um toque de Cuadrado e cair.
3. Belarus, governada pelo tirano Aleksandr Lukashenko, ameaça cortar o fornecimento de gás natural vindo da Rússia para a Europa, fechando os gasodutos que passam pelo país. Ele é acusado pela Polônia e pela Lituânia de transferir imigrantes vindos da Ásia Ocidental e da África para esses países, para tentar conter a crise migratória. A ditadura é vista como marionete do governo Putin, acusada de oprimir não só os imigrantes, mas também a oposição e o povo com repressão, tortura e lavagem cerebral.
4. Gilberto Gil é eleito novo imortal da Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira n. 20 deixada por Murilo Melo Filho, logo após a eleição de Fernanda Montenegro. Outros autores de livros ainda estão na espera.
Recém-filiado ao Podemos, o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro vai disputar as eleições em 2022, na esperança de tirar votos de Bolsonaro e Lula.
O momento parece favorável à retomada das pautas anticorrupção, pois as más práticas administrativas para tungar o NOSSO DINHEIRO continuam, não na mesma escala antes da eleição do atual presidente em 2018, mas ainda desviam milhões de reais por meio de tráficos de influência, "rachadinhas", compra de votos, favorecimento de parentes e aliados. A roubalheira piorou durante a pandemia de COVID-19, pois houve desvio de verbas a pretexto de adquirir oxigênio, respiradores, máscaras e outros equipamentos para hospitais, favorecendo a morte de milhares de brasileiros pelo coronavírus.
Sérgio Moro filiou-se ao Podemos
Ainda não se sabe claramente quais as propostas de Moro para a Presidência. A falta de foco nos problemas sociais e na economia do país prejudica bastante as pretensões do ex-juiz, que também não teve uma passagem brilhante no governo quando comandou a pasta da Justiça, decepcionando muitos admiradores. Sem objetivos claros para melhorar o ensino nas escolas, as condições para o transporte de cargas e o ambiente para a criação de empregos, Moro não sustentará a popularidade por muito tempo.
Também nao ajuda a pouca capacidade de articulação política, as ações dúbias no caso do advogado da Odebrecht, Rodrigo Tacla Durán, os vazamentos de dados apontando relações suspeitas entre Moro e o procurador Deltan Dallagnol, as falas contraditórias sobre o uso de caixa 2, a defesa de propostas hediondas como o "excludente de ilicitude" para policiais violentos (como queria, também, o presidente e seus apoiadores) e o vínculo com a consultoria Alvarez & Marçal após deixar o governo. Neste período, jornais e revistas antes entusiasmados com a atuação dele contra os corruptos passaram a ter uma visão bem mais crítica.
Por enquanto, a corrida presidencial não deve despertar ilusões nos brasileiros e nos convida a ter poucas expectativas de melhoras no ambiente político, social e econômico.
Já se especula sobre o futuro da ex-poderosa da nossa tevê (Fonte: site do jornal Farol da Bahia)
Devido à pandemia e à queda abrupta no faturamento com patrocínio, a Globo está a viver sua maior crise.
Atores, jornalistas, diretores e outros profissionais foram demitidos ou não tiveram a sua renovação de contrato. Enquanto isso, a audiência cai e a programação continua afetada. Apenas duas novelas, Nos Tempos do Imperador e Um Lugar ao Sol, são inéditas, mas sem repercussão.
Fausto Silva deu lugar a Luciano Huck, mas o programa Domingão com o ex-postulante à Presidência da República não decola.
Esta é o penúltimo artigo da série "Filósofos estudam o Brasil", abordando pensadores dos séculos XX e XXI, alguns influentes até hoje.
Jurgen Habermas (1929-), representante atual da "Escola de Frankfurt" (Gorka Lejarcegi/El País)
Hannah Arendt (1906-1975)
Comecemos pela polêmica Escola de Frankfurt, acusada de ser uma corrente do marxismo, sendo dissidentes dos pensadores tradicionais, acusados de serem meros porta-vozes dos regimes comunistas existentes. Eles fazem fortes críticas ao totalitarismo, mas seu alvo principal é o capitalismo e a sociedade de consumo, com base nas teorias de Marx, Hegel e Max Weber (1864-1920), um dos maiores sociólogos do século XX. Também defendem a progressiva reformulação dos métodos educacionais, para a quebra de paradigmas e o desenvolvimento da consciência crítica, razões pelas quais são combatidos pelos tradicionalistas. Os principais nomes são Theodor Adorno (1903-1969), Herbert Marcuse (1898-1979) e Max Horkheimer (1895-1973).
Entre os filósofos vivos, pertence à Escola de Frankfurt o mais influente deles, Jürgen Habermas, notório crítico da Internet, defensor da diversidade cultural e do fortalecimento da União Européia. Nascido em 1929, está com 92 anos e suas opiniões repercutem entre os meios acadêmicos, não só na Alemanha, mas em outros países como o Brasil. É o autor da Teoria da Ação Comunicativa, valorizando ações concretas com base nos meios de comunicação em massa.
Os discípulos da Escola de Frankfurt são acusados de fomentar ideologias "estranhas" aos costumes brasileiros, como a de gênero, e são críticos de qualquer corrente de pensamento que se afaste do socialismo ou da social-democracia - especialmente os defensores do presidente Jair Bolsonaro.
Outro filósofo muito estudado, porém combatido, é Michel Foucault (1926-1984), o autor de As Palavras e as Coisas, onde ataca os métodos de comunicação como instrumento de poder, as prisões, a repressão sexual.
Também tratou desse problema o austríaco Ludwig Wittgenstein (1889-1951), mas ele não foi um panfletário como os outros. Ele foi discípulo do positivismo e do idealismo do século XIX, sendo também matemático e estudioso da linguagem, vendo-a como uma ferramenta fundamental para a difusão do pensamento, em obras como Tractatus Logicum-Philosophicus.
Entre os estudiosos da filosofia política, destaca-se Hannah Arendt (1906-1975), a já citada discípula de Martin Heidegger e uma das maiores críticas do marxismo e das ditaduras, em obras como A Origem do Totalitarismo. Ela fugiu da Alemanha por ser judia e estabeleceu-se nos Estados Unidos. Ao analisar o comportamento de Adolf Eichmann, criminoso de guerra nazista executado em Israel conhecido por se considerar um funcionário exemplar e cumpridor escrupuloso das ordens de Hitler, ela adotou o termo "banalidade do mal".
Também muito conhecida e valorizada pelo pensamento liberal e conservador foi Ayn Rand (1905-1982), criadora da corrente de pensamento conhecida como objetivismo, rejeitando a influência sobrenatural no pensamento, que deve se ater à racionalidade pura. Ela é conhecida pelo romance A Revolta de Atlas, onde defendeu as liberdades e a ação individual, contra o autoritarismo e o marxismo.
Nenhum desses pensadores concordaria com a aparente aversão ao pensamento notada em disseminadores de mentiras pelas redes sociais, e o empobrecimento no teor das discussões política, reduzido a um amontoado de conceitos rasos e mal compreendidos, usados pelos defensores de causas, em quaisquer matizes.
A atriz, de 92 anos, irá ocupar a cadeira de número 17 da Academia Brasileira de Letras, vaga desde a morte de Affonso Arinos de Melo Franco.
Eleita nesta quinta, publicou recentemente, em 2019, o livro Prólogo, ato, epílogo, uma autobiografia. Ela não é literata, assim como Affonso Arinos e outros imortais da ABL, mas pode ajudar a dar visibilidade a uma instituição que não abrigou Graciliano Ramos, Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector e Mário Quintana, mas é famosa pelos seus hábitos de tomar chá às quintas-feiras - e esta tradição voltou após quase dois anos.
Este blog publicou alguns artigos sobre a ABL, sendo o último deles para falar sobre a admissão de outro grande nome da nossa cultura, mas fora da literatura (leia AQUI).
Fernanda Montenegro é a eterna dama do teatro brasileiro
N. do A.: Enquanto isso, a morte de Marília Mendonça teve grande repercussão na mídia. A cantora fez grande sucesso no Brasil todo, e perdeu a vida com apenas 26 anos, em acidente de avião. Outras quatro pessoas também morreram na tragédia.
A tecnologia 5G tornará viável a chamada "Internet das coisas" (IoT), para integrar diversos dispositivos e automatizar indústrias e residências (do Portal da Indústria)
Muitos já pensam em comemorar o resultado do leilão da tecnologia móvel 5G, dividido em várias regiões e faixas de frequência. Como era esperado, as três grandes do setor abocanharam a maior parte dos lotes, mas nem todos. Algumas empresas também ficaram com parte do bolo.
Uma delas é a Winity II Telecom Ltda., da Pátria Telecomunicações, nova operadora da faixa de 700 MHz, em todo o Brasil, por R$ 1,427 bilhão (ágio de 805,84%).
Outra é a Brisanet, empresa cearense, agora dona do lote C04, no Nordeste, faixa de 3,5 GHz, e também do lote C05, no Centro-Oeste, faixa de 3,5 GHz, comprando-os por R$ 1,35 bilhão.
O Consórcio 5G sul formado pela Copel Telecom e pela catarinense Unifique arrematou o lote C6, no Sul, faixa de 3,5 GHz, por R$ 73 milhões.
Ainda há a Cloud2U, do grupo Greatek, de São José dos Campos, nova dona do lote C07, no Sudeste (exceto São Paulo), também na frequência de 3,5 GHz, por R$ 405 milhões.
As três grandes ficaram com os lotes nacionais na faixa de 3,5 GHz. A Claro foi a vencedora em São Paulo, na faixa de 2,3 GHz. Neste caso, ela se compromete a instalar o 4G em cidades ainda sem assistência, sabendo-se que existem lugares onde mal funciona a antiga tecnologia 3G. A tão falada e difamada Huawei, acusada de implantar sistemas de espionagem e ter conluio com a ditadura chinesa, não participa do leilão.
Ainda falta definir quem fica com a operação da frequência de 26 GHz, para internet de velocidade mais alta, e já prestes a ser padrão na Europa. O serviço não deverá ser para qualquer bolso. Mesmo nas frequências menores, um plano 5G não deve sair barato, por enquanto. Os pacotes não devem se limitar aos planos de telefonia móvel comum, mas também aos serviços de IoT, a "internet das coisas", para automação industrial e residencial, assim como integração de diversos dispositivos e sensores, inclusive para controle de eletrodomésticos e objetos pessoais.
A COVID-19 está perdendo força no Brasil e no mundo, em boa parte devido à vacinação.
Com apenas uma morte confirmada em 24 horas, a cidade de São Paulo está liberando as atividades ao ar livre e normalizando, na medida do possível, as atividades escolares, embora estas últimas só voltem ao normal mesmo depois de 2022.
Na China, porém, há o recrudescimento da pandemia, inclusive em Wuhan, onde houve os primeiros casos. Todos parecem ser da variante delta, a mais contagiosa até o momento. A ditadura está, porém, mais preocupada em ameaçar Taiwan e testar a reação de Estados Unidos e Japão.
Há o temor de novas variantes, forçando o aperfeiçoamento dos imunizantes, a serem administrados periodicamente mesmo para quem já foi vacinado neste ano. O relaxamento das medidas de prevenção e higiene pode representar novos surtos da doença no curto e médio prazo.
Nelson Freire foi um dos maiores pianistas do mundo e sua morte, aos 77 anos, nos privou de um grande talento e um digno representante da nossa nação. Não é preciso escrever sobre a sua carreira: todo o mundo está fazendo isso agora.
Eis uma pequena amostra de seu talento, ao tocar os Choros N. 5 de Heitor Villa-Lobos: