Conforme a maioria das biografias, o considerado príncipe dos poetas portugueses, Luís Vaz de Camões, nasceu em 1524, em Lisboa, mss a data de seu nascimento é imprecisa pela falta de documentos.
Apesar de ter feito tantas obras que enriqueceram a arte poética e a língua portuguesa, como as várias séries de Sonetos, Oitavas, Elegias, Canções, Odes e, principalmente, Os Lusíadas, a biografia do poeta está repleta de lendas. Ele teria sofrido muito em vida, devido à não valorização de sua obra, inclusive perdendo um de seus olhos durante uma batalha contra os mouros na África e, não sendo devidamente compensado por essa perda, morreu na penúria, provavelmente em 1580.
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Retrato de Camões feito em Goa, após a morte do poeta |
Os Lusíadas marca a grande epopéia de Portugal na época das grandes navegações, culminando na colonização de várias terras do além-mar, como Angola, Moçambique, Goa (pequeno território no sul da Índia), Macau, Timor e, é claro, o Brasil. Narra as aventuras de Vasco da Gama, o grande navegador, a caminho da Ásia, em vários cantos formados por versos decassílabos, divididos em cinco partes: proposição, invocação (às ninfas do Tejo), dedicação (ao rei da época, Dom Sebastião), narração (a maior parte da obra) e epílogo.
Recentemente, os versos de Os Lusíadas foram usados pelo jornal Estadão para disfarçar textos censurados pelo regime militar. Em tempos de acusações contra o STF por censurar opiniões, teme-se a volta desse recurso não só nos jornais, mas nos textos da redes sociais.
N. do A.: Havia até um comercial dos anos 1980 (ah, a oitentolatria!) onde o poeta português aparecia num comercial da antiga empresa de planos de saúde Golden Cross, queixando-se de não viver numa época onde havia recursos para tratar a sua visão perdida.