A Bombril é uma das grandes empresas brasileiras, mas está passando por um mau período, marcado por problemas de gestão e anos de dificuldades.
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| O "garoto Bombril" fez aparições esporádicas neste século, quando a empresa entrou em crise |
Com R$ 2,3 bilhões de dívida fiscal, e vários milhões devendo para os bancos (Itaú, Santander, C6 e outros), a empresa precisou recorrer à recuperação judicial para negociar uma diminuição de todas essas dívidas.
Boa parte dessa quase insolvência é devido à gestão desastrosa do grupo italiano Cragnotti & Partners Capital (2003-2006), que assumiu o controle da empresa após a morte do fundador, Roberto Ferreira. Ronaldo Sampaio Ferreira, filho do fundador, assumiu o controle, mas ao resolver diversificar a linha de produtos, tradicionalmente de limpeza como a famosíssima palha de aço, o Pinho Bril, o Limpol, o Mon Bijou e o Sapolio Radium, agravou o problema. Houve aquisições de pequenas fábricas de cosméticos, como a Ecologie e a Aquatress, mas quase ninguém ouviu falar de algum lançamento relevante neste setor.
Não se espera ver, a curto prazo, a "morte" de produtos consagrados pelos brasileiros, mas este cenário ainda é plausível. As ações da empresa despencaram 21% após o anúncio da recuperação judicial, indicando pessimismo quanto à capacidade da Bombril de honrar seus compromissos com os credores.
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