terça-feira, 31 de maio de 2011

O mês que abalou o mundo

Maio está terminando, mas as consequências de muitos acontecimentos deste mês podem se estender durante todo o resto do ano e talvez em 2012.

Eis os sete maiores acontecimentos do mês: 

1. A morte de Osama bin Laden.

2. A beatificação do papa João Paulo II. 

3. O resgate dos corpos do avião da Air France que afundou a 1 de junho de 2009, e a leitura das caixas pretas. 

4. A prisão de Dominique Strauss-Kahn, presidente do FMI, por estupro, e sua subsequente demissão. 

5. As acusações de corrupção envolvendo Joseph Blatter, presidente da Fifa, Ricardo Teixeira e João Havelange, que podem desmoralizar definitivamente a entidade. 

6. O discurso de Obama defendendo a criação de um estado palestino com base nas fronteiras de 1967. 

7. A aprovação, na Câmara dos Deputados brasileira, de um Código Florestal capenga e que representa os interesses dos madeireiros e dos criadores de gado que querem devastar a Amazônia e o cerrado para criar pastagens. 


Existem outros fatos, como o novo escândalo envolvendo o enriquecimento do ministro da Casa Civil Antônio Palocci, a beatificação da Irmã Dulce, o lançamento oficial do iPad2 no Brasil (para os geeks), a prisão do jornalista Pimenta Neves, o desastre dos times brasileiros na Libertadores (para os fãs do futebol), o caso extra-conjugal do ator Arnold Schwarzenegger (para os que adoram as revistas de celebridades), o racha no PSDB que resultou no alijamento de José Serra dos cargos mais importantes do partido, a recente contaminação de alimentos na Alemanha que matou dez pessoas, a atividade do vulcão islandês que atrapalhou a aviação na Europa, a polêmica envolvendo a união civil entre homossexuais e outra envolvendo o metrô em Higienópolis, São Paulo, etc., etc.

Houve até o anúncio de que não passaríamos do dia 21, por um fundamentalista cristão americano, que anunciou em rádios a sua 'profecia'. Haveria terremotos, mortes e tudo o mais para fazer um cenário dantesco do Apocalipse. Como se pode notar (pois estamos no dia 31), é mais uma profecia que não deu certo.

Sobre os feitos no Senado

A retirada do quadro que mostrava o impeachment do ex-presidente Fernando Collor do corredor que mostra os grandes feitos do Senado é uma mostra da extrema subjetividade dos senadores frente ao termo ética

Felizmente, houve pressão, e o presidente da Casa, senador José Sarney, mandou colocar o quadro no seu devido lugar. Pois o que aconteceu no final de 1992 não é, definitivamente, um 'acidente', como definiu o próprio Sarney. Acidente maior foi a internação de Tancredo Neves, em 1985, se é que isso também mereça ser chamado assim. Os senadores e deputados, naquela época, puseram fim a um governo de péssimas lembranças como o de Collor. 

A atitude do Senado não é surpreendente depois dos acontecimentos dos últimos tempos, quando o PT dividiu o poder juntamente com o PMDB. Ainda mais porque o citado ex-presidente, Collor, é membro da Casa, eleito pelo PTB de Alagoas.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

O iPad2 não será o único grande lançamento do ano

O Brasil teve de esperar até maio para lançarem o iPad2, derivado do iPad que desencadeou a verdadeira guerra dos tablets, aquelas pranchetas eletrônicas com teclado virtual que viraram brinquedos para jovens e adultos endinheirados.

A 27 de maio, o iPad2 finalmente chegou ao mercado (formal) brasileiro

Agora muita gente vai esperar até o fim do ano para lançarem um derivado do tablet, que ao mesmo tempo é um smartphone. É o ASUS Padphone. Ele poderá ser a grande vedete da Computex 2011, em Taiwan, por encaixar um daqueles celulares faz-tudo de 4,3 polegadas numa tela bem maior - 10,2 polegadas - para servir de concorrente ao iPad2. Pois uma capacidade de muitos desses aparelhos é a capacidade de telefonar, mas quem teria coragem de usar uma pranchona colada no ouvido para falar com outra pessoa? Além disso, o lançamento lembra mais uma vez que um tablet é um smartphone touchscreen, em tamanho gigante.

É mais fácil mostrar em imagens do que tentar descrever o aparelho, mesmo porque suas especificações ainda não estão totalmente definidas.




O Padphone é um smartphone-tablet que pode mexer com o mercado (fonte: Gizmodo)


Não se sabe qual será o preço do Padphone. Porém, não deverá ser muito superior à concorrência. Isso se o governo brasileiro não cumprir a promessa de diminuir os impostos para os tablets, onerando-os como se fossem os netbooks comuns, já seriamente prejudicados pelas "pranchonas" e começando a perder mercado. Como os pequenos smarts e seus 'pais', os já velhos e ultrapassados celulares comuns, ainda não serão desonerados dessa forma, o mercado brasileiro vai ser uma bela bagunça.

domingo, 29 de maio de 2011

O Código Florestal regado a sangue

Nesta semana foi aprovado na Câmara um Código Florestal com várias emendas que praticamente deixam impunes os devastadores da Amazônia e de outras áreas degradadas do País. 

A sanção ainda depende dos votos no Senado, e aí teremos mais brigas e polêmicas. Dificilmente vai ficar como está, mesmo porque a presidente não gostou do que leu nesta nova legislação. 

Não se pode dizer que não houve empenho dos ambientalistas para fazer aprovar suas propostas. Mas a bancada ruralista agiu também e fez aprovar ítens como a conversão das multas aplicadas até julho de 2008 em serviços comunitários, a permanência de certas atividades como o extrativismo em áreas de preservação permanente e a possibilidade dos Estados terem sua própria legislação ambiental. 

Logicamente quase ninguém de bom senso pode imaginar que a Amazônia, o Pantanal, o Cerrado, a Mata Atlântica e mesmo a caatinga sejam áreas inexploráveis, ainda mais depois da devastação que sofreram, e que não possam ser economicamente úteis, mas a sociedade esperava um controle melhor sobre a ação predatória de certos setores da economia rural, como madeireiras e fazendas, e a repressão a práticas como queimadas e abate de espécies em perigo. Mas no Brasil existe o crônico problema da falta de fiscalização, com o risco da nova lei, uma vez aprovada no Senado, virar mais um amontoado de palavras. 

Este aspecto na vida no Brasil ficou ainda mais tumultuado devido ao assassinato de um casal que liderava os castanheiros no Pará e lutava contra a ação de madeireiros ilegais. Eles encabeçavam a lista de 30 pessoas ameaçadas de morte, e logicamente deveriam ser protegidas pela polícia. Nada foi feito, e eles foram mortos por pistoleiros. Os mandantes do crime com certeza eram os beneficiados por estas emendas no Código ainda em fase de aprovação. Porém, não podem ser beneficiados pela lentidão da Justiça. Devem pagar pelos seus crimes, se é que vão pagar. E enquanto isso outros devastadores dos ecossistemas brasileiros ainda continuam em atividade.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Mais uma desta semana

Levaram o jornalista Antônio Pimenta Neves para o lugar devido, após 11 anos recorrendo da sentença por assassinar a namorada Sandra Gomide.

Enquanto ele recorria, a sentença caiu dos 19 anos, 2 meses e 12 dias, ditada em 2006, para 15 anos. A pena já não era tão severa porque ele confessou o crime. E existe uma série de benefícios, como liberdade condicional após cumprir um sexto da pena e o fato de ser réu primário, com bons antecedentes, e ter mais de 70 anos (agora ele está com 74). Mesmo assim, o jornalista assassino evitou ao máximo a prisão. 

Porém, o STF rejeitou o último recurso e acabou com a história. Pimenta Neves vai cumprir pena em regime fechado, sem direito a recorrer, em presídio destinado a criminosos com diploma em faculdade ou universidade, um privilégio ainda não devidamente extinto. Vai ficar lá por 3 anos, sem considerar os benefícios da idade avançada.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Semana brava como nas anteriores

Deixei de comentar sobre vários assuntos que dominaram a semana, até o momento. E as notícias são

Primeiro, o naufrágio do barco no lago Paranoá. É certo que mais de um fator deve ter desencadeado mais este acidente gravíssimo nas águas brasileiras. Sabe-se que não é fácil fiscalizar a navegação, ainda mais com pouca gente e muita suscetibilidade à corrupção. Os barcos, assim como todos os demais veículos, não recebem a devida manutenção, pois não desenvolvemos uma cultura preventiva sólida. E houve superlotação, sim. 92 foi a capacidade máxima, mas dizem que foi mais de 104. 12 a mais não fariam diferença para embarcações em bom estado, mas a perícia constatou uma avaria no barco, provavelmente causada por uma fadiga do material. Mas pode ter sido a colisão com uma lancha ou outra embarcação. Existem muitas lanchas e jet-skies infestando muitos lagos e represas. 

Segundo, a polêmica sobre a questão palestina. Barack Obama entrou em atrito com seu grande aliado na Ásia Ocidental, Israel, ao defender um estado palestino com as fronteiras definidas pela ONU, em 1967. A medida é favorável aos palestinos, mas o governo israelense disse que é impossível, devido à presença de vários assentamentos judaicos em território palestino. As fronteiras de 1967 ainda incluem as colinas de Golã, onde estão as nascentes do rio Jordão, reinvindicadas pela Síria, que detinha este território até a guerra no citado ano.  Hoje, o premiê foi aos EUA fazer um discurso onde fala em "concessões dolorosas" em troca da renúncia ao terrorismo por parte de grupos palestinos. Chegou a dizer que o Hamas é a al-Qaeda palestina, e recusou-se a aceitar a aliança entre o governo da Cisjordânia e este grupo islâmico que governa a faixa de Gaza.

Terceiro, as medidas do governo contra a inadimplência. O IOF vai incidir sobre o CDB de curto prazo para compensar a isenção desse imposto sobre dívidas bancárias com mais de um ano. Além disso, a porcentagem mínima da fatura no cartão de crédito que deve ser paga vai aumentar. Agora, é de 10%. Mas vai a 15% em junho e, em dezembro, bem na época do Natal, vai a 20%, para desestimular os maus pagadores. A menor incidência de tarifas sobre a parte não paga das faturas talvez não justifique a prática de não pagá-las integralmente. As medidas não são lá muito simpáticas ao consumidor, e impõem restrições a quem quer investir no CDB por achar que a poupança paga juros muito baixos e as negociações na Bovespa não são seguras, principalmente para quem não está familiarizado com a dinâmica das Bolsas. 

Quarto, a violência sem controle que assola o país. A moda é explodir caixas eletrônicos, mesmo que isso signifique danificar boa parte do dinheiro a ser roubado. E o governo não dá uma resposta mais efetiva contra isso. Não consegue nem dar um jeito nos roubos, furtos e tráfico de drogas. Muito menos deter a epidemia do "óxi". Estamos consolidando a fama de ser um país perigoso, onde se mata mais gente por tiros e facadas do que em países assolados pelo terrorismo ou por guerras civis.

Quinto, e último, e este é (bem) mais ameno do que os outros. Irmã Dulce, no dia 22, foi beatificada pelo Vaticano. A freira dedicou-se durante a sua vida aos pobres, em Salvador, e a comprovação de um milagre, quando uma mulher conseguiu sobreviver a uma complicação pós-parto após quase morrer, tornou a religiosa mais próxima da canonização. Por enquanto ela está na mesma situação do padre Anchieta e da jovem Albertina Berkenbrock (1919-1931), também à espera de outro milagre para virem a se tornarem santos.

Estas são as principais notícias de uma semana que ainda está no começo. Mas não é diferente das outras, cheias de fatos às vezes bons e na maioria nem tanto (um eufemismo óbvio no final deste parágrafo...). 

quinta-feira, 19 de maio de 2011

A USP não é uma ilha

Como pós-graduando da Escola Politécnica da USP, devo fazer, pelo menos, um breve comentário a respeito do assassinato de um membro da comunidade uspiana, em pleno campus, e dar minha opinião sobre melhorias na segurança. 

A USP é um dos grandes formadores de pessoal qualificado tanto para o mercado de trabalho quanto para ajudar a entender os problemas de nossa nação. É um patrimônio da cidade, do Estado e do País, e como tal deve ser preservado. Contudo, não está - e não pode ficar - isolada do resto da sociedade.

O campus principal, no Butantã, tem os mesmos problemas de segurança dos bairros vizinhos. Em proporções menos alarmantes, é certo, mas eles existem. Roubos e furtos de materiais, equipamentos e agências bancárias acontecem com mais frequência do que deveria. Agora, este assassinato. Ninguém está imune a esta praga, muito menos os uspianos. Muitos acabam se esquecendo disso, quando estão dentro do campus, e acabam virando vítimas em potencial.

A reitoria e as prefeituras, tanto o do campus quanto o da cidade de São Paulo, estão cientes disso e vão toma alguma providência. Mas as ações devem ser efetivas, para o bem da comunidade USP e todo o resto da população. Existe a Guarda Universitária no campus. Também é necessário decidir logo se a polícia comum, como a PM, pode entrar ou não no campus para reprimir os criminosos. Não estamos na época da ditadura militar, quando a polícia entrava e saía à caça de supostos 'subversivos' e alimentava os porões. Então, se é para colaborar no combate à violência, eu opino que ela deve entrar, sim, no campus.

Existe um debate, também, sobre a presença de favelas próximas ao campus do Butantã, mas elas não estão dentro da USP e, neste caso, a polícia pode agir livremente se houver alguma ocorrência por lá. Mas atribuir aos favelados a culpa pela criminalidade é dizer que pobre é bandido. Não passa de preconceito social, mais grave do que, por exemplo, o tratamento dispensado aos homossexuais, por exemplo. Além disso, o assassino, até prova em contrário, não veio de nenhuma favela. Pode ser conhecido da própria vítima, mas aí quem vai ter de averiguar isso é a Justiça.

Finalmente, não se pode restringir ainda mais os acessos nos campi, principalmente no Butantã. Entrar e sair da USP era bem mais fácil até a década de 1990. Agora existem três portarias, além de algumas entradas menores só para pedestres. Nestes acessos, há um certo controle, principalmente nas portarias 1 e 2, e quase todos os limites do campus estão murados. Restrições adicionais só deixariam a USP isolada, com a falsa impressão de que os criminosos vão ficar do lado de fora. É impossível fazer um controle minucioso de milhares de pessoas sem grandes investimentos, e constrangimentos. Como foi exposto no título: A USP não é uma ilha. E não queremos que venha a ser.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Da série 'Mondo Cane', parte 11

[Editado]! É só citar a série 'Mondo Cane' que eu sou obrigado a colocar mais um post com notícias estapafúrdias. Na verdade, o fato, que aconteceu no Irã, nem é tão recente assim.

Veja o vídeo aqui, da agência Reuters, pelo portal MSN (é, o mesmo MSN pertencente ao Bill Gates, aliás, à Microsoft, que recentemente comprou o Skype e está firme e forte na liderança dos SO's com o seu Windows 7).

Já se falava há alguns dias que o homem responsável por cegar a pobre mulher om ácido só porque ela recusou seu pedido de casamento pode não ser condenado a ser cegado pela Justiça iraniana, que aplica a velha e milenar 'lei do Talião'.

Aliás, é inimaginável que, nos tempos bárbaros da primeira aplicação da lei, na Assíria, terra vizinha da Pérsia (o nome antigo do Irã), alguém tivesse sido condenado por jogar ácido em uma mulher. Seria considerada uma abominação mesmo para o mais sanguinário dos guerreiros da Antiguidade.

Duas notícias que bem mereceriam estar na série 'Mondo Cane'

Isso se tais procedimentos fossem raros, o que infelizmente não é verdade. Dois crimes injustificáveis e repugnantes contra crianças. Deus tenha piedade dessas almas. Das crianças e de seus carrascos. 

Vejam aqui e aqui. Não vou nem comentar.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Acabaram os campeonatos estaduais - finalmente

Vou fazer um breve comentário sobre as finais dos campeonatos estaduais. 

O Santos mereceu ser campeão paulista. Jogou muito melhor do que o Corínthians na partida final, ocorrida ontem. Arouca no primeiro tempo e o endiabrado "futuro papai" Neymar, no segundo. Além de apático, o futebol do Corínthians ainda foi castigado com a atuação de Júlio César no gol do Neymar. Houve um gol no finalzinho, com Morais, mas não conseguiu evitar que a taça vá para as mãos do Peixe. Detalhe: o Santos estava desfalcado do Ganso, de molho por um mês devido a contusão.

O "mascarado" foi o destaque da partida final no Paulistão

Já o Cruzeiro conseguiu arrancar um título praticamente certo para o arqui-rival Atlético-MG, segundo muitos comentaristas esportivos. 2 a 0, em Sete Lagoas. Um prêmio de consolação após o fiasco na Libertadores contra o Once Caldas.

O Grêmio estava jogando na sua 'casa', o Estádio Olímpico, contra o Internacional, seu grande oponente. Mesmo assim, foi castigado: 3 a 2 para o Saci e disputa nos pênaltis. Renan, que saiu-se mal nos gols do Grêmio, conseguiu defender duas cobranças tricolores. Resultado: 5 a 4 nos penais, e o Inter encerrou a má fase sagrando-se campeão gaúcho. (Eu havia postado por engano que o Campeonato Gaúcho havia terminado).

O Santa Cruz havia vencido o Sport no jogo de ida por 2 a 0 e por isso, mesmo perdendo por 1 a 0, faturou o campeonato pernambucano. Muitos vão se lembrar do posicionamento do Santa no campeonato brasileiro, mas isso é outra história. 

Quem foi campeão inédito num título estadual foi o Bahia de Feira de Santana, que venceu o Vitória por 2 a 1. E o rubro-negro baiano ainda teve de ouvir a provocação dos torcedores do Bahia, mas o de Salvador.

Da série 'Prêmio Bolsonaro', parte 2

Vai para a psicóloga de Higienópolis que expressou sua particular e peculiar opinião a respeito dos pobres, a tal "gente diferenciada".

Com isso, os moradores de Higienópolis ganharam a fama de serem esnobes e anti-povo, como se o pensamento de uma pessoa apenas fosse o de um bairro todo. Definitivamente não é, isso é o velho mito da "culpa coletiva", usado por ditaduras para perseguir grupos. 

Mesmo assim, a psicóloga mereceu a indicação ao 'prêmio Bolsonaro' por esta pérola.

sábado, 14 de maio de 2011

Churrascão da "gente diferenciada"

Às vezes eu não reviso as informações e acabo escrevendo inverdades. 

O tal "churrascão" anunciado pelo Facebook não foi adiado. Está no momento acontecendo em frente ao Shopping Higienópolis, reunindo cerca de 300 pessoas, com direito a isopor e tudo. 

Será que vai ter o "truco"?

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Livro do MEC defende o termo "Os livro"

Escrevi um post sobre o assunto, mas que deixou de ser publicado por problemas técnicos, já expostos anteriormente. 

Um livro do MEC, cujo nome foi divulgado em vários meios de imprensa, até mesmo no Jornal Nacional, defendeu o uso de termos populares, que não levam em consideração aspectos básicos da gramática, como a concordância nominal:  

"Os livro ilustrado mais interessante..." (sic)

E também a conjugação verbal: 

"Nós pega o peixe" (sic). 

Uma coisa é respeitar o modo popular de falar, e, aliás, não são todos os cidadãos de baixa renda que dizem frases como aquelas. Outra é não dar importância à norma culta, e isso é altamente prejudicial para as crianças, principalmente as das camadas mais humildes, pois limita a compreensão de textos. É a perpetuação do analfabetismo funcional. Destrói mentes em formação. 

O Ministério da Educação precisa priorizar o valor didático dos livros, e não o viés ideológico destes. Este livro de Português, ao negligenciar a norma culta de um idioma já tão maltratado, está carregado de populismo pretensamente anti-elitista, próprio de tiranias pseudo-socialistas como o da Coréia do Norte, na Ásia, e Zimbábue, na África. Livros assim tratam os seus leitores como boçais, e não como futuros cidadãos. É necessário reagir contra isso. O Brasil estará condenado ao atraso e à injustiça se não privilegiar a qualidade da educação de nossas crianças.

Sobre o metrô de Higienópolis e o medo da "gente diferenciada"

Depois que o governo paulista resolveu cancelar a construção das estações Pacaembu e Angélica, devido a problemas operacionais e técnicos, a Folha contribuiu para aumentar a confusão em torno do assunto, atribuindo o cancelamento, no caso da estação Angélica, a um abaixo assinado de 3.500 nomes.

Um dos assinantes do documento, que supostamente teve o poder de privar o bairro de Higienópolis de uma estação do metrô, teria dito:

""Eu não uso metrô e não usaria. Isso vai acabar com a tradição do bairro. Você já viu o tipo de gente que fica ao redor das estações do metrô? Drogados, mendigos, uma gente diferenciada..."

Mais tarde, no portal Uol, descobriu-se a autoria da frase infeliz que não reflete a opinião dos moradores de Higienópolis de maneira alguma.

Por causa disso, no Facebook, fizeram uma debochada manifestação contra os autores do abaixo-assinado, com direito a uma comunidade nesta rede social. A tal "churrascada", com direito a "truco" estaria prevista para o próximo dia 14, mas foi "adiada". Não se trata de uma churrascada real, mas é uma sátira ao esnobismo de 3.500 pessoas, uma minoria, mesmo entre os moradores de Higienópolis, em geral de classe média-alta.

A Folha acabou por induzir muita gente a se voltar contra os moradores de Higienópolis, tratados como elitistas, representantes típicos de um país que oprime as maiorias (escrevi um post anterior a respeito do preconceito contra pobres e mulheres, que são a maioria do nosso país, e volto a reiterar que o preconceito contra a maioria é muito mais grave e lesivo à democracia do que o preconceito contra as minorias, como os homossexuais). Existem dois pontos a serem esclarecidos:

1. Higienópolis é um bairro digno de respeito como qualquer outro e não pode ser estigmatizado por causa de um ou outro morador que expressa seus pontos de vista de forma ofensiva contra a tal "gente diferenciada". Além disso, nem todos os 3.500 assinantes são contra as classes ditas "inferiores", pois apontaram outros problemas, como os tumultos (inevitáveis) durante a construção da estação e a presença do metrô em locais próximos, como Santa Cecília, Consolação e Hospital das Clínicas. Além disso, vai ter, sim, duas novas estações na região, uma na linha Amarela (Higienópolis-Mackensie) e outro na linha Laranja (provavelmente próximo à Faap, para substituir as estações Angélica e Pacaembu).

2. A "gente diferenciada" (sic) tem de ter direito, sim, ao metrô. O ideal é ter uma estação em cada bairro da cidade, mas isso é impossível de se fazer mesmo a médio prazo. O que poderia ser feito é acelerar as obras dos projetos já existentes, e fazer estudos cuidadosos sobre novas estações que beneficiariam outros bairros. São Paulo precisa ter muito mais metrô, de fato. Mas é preciso, sim, levar em consideração todos os fatores, e um deles é determinante: dinheiro.


P.S.: Havia escrito um post anterior, que não foi publicado por problemas técnicos do blog, alheios à minha vontade.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Modismos perniciosos

O Brasil é uma terra fértil para todo tipo de costume grotesco. 

Virou moda agora queimar carroceiros em algumas áreas de São Paulo como se eles fossem uma aberração. Eles só estão fazendo o trabalho de recolher o lixo deixado pelos outros. E o fazem por falta de oportunidade. Não porque querem 'enfeiar' a cidade. São Paulo, mesmo se não tivesse carroceiros ou moradores de rua, já é uma cidade feia.  

Outro modismo, este mais disseminado, é explodir caixas eletrônicos. Os bandidos utilizam artefatos explosivos para destruir os caixas e retirar o conteúdo, ou seja, o dinheiro. Um procedimento perigoso para os outros e para eles próprios, e também com alto índice de perdas, ou seja, eles levam só uma pequena parte do dinheiro, pois o restante foi destruído. Para deter a bandidagem, um paliativo, que aliás também virou moda: colorir o dinheiro de rosa, para torná-lo totalmente inútil se um caixa eletrônico for explodido. Não seria melhor se  formos pressionar o governo para reforçar a segurança e deixar a política de conivência com a criminalidade, ao invés de fazer as agências bancárias gastarem dinheiro em tinta? Também é preciso investigar como as quadrilhas conseguem os explosivos. E isso já deveria ser feito. 

O Brasil já é motivo de vergonha em disseminar músicas como O Funk do Créu, coqueluche em 2009 e agora quase esquecido, dizendo que isso é a manifestação da cultura popular (estão chamando o povo de boçal, isso sim!). Agora só falta virar moda imitarem o Wellington Meneses e começarem a matar crianças em escolas. Aí sim veremos o quanto o país é adequado para sediar uma Copa do Mundo. Tanto quanto a Somália.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Um breve comentário sobre a nova decisão do STF

O STF reconheceu por unanimidade a união civil entre pessoas do mesmo sexo, num caso raro de consenso em nossa suprema corte, que costuma divergir, até mesmo de forma acalorada, sobre diversos assuntos. 

Não se trata de estimular a homossexualidade e nem a aprovação de 'casamentos' entre pessoas do mesmo sexo, como ocorre em alguns países, mesmo porque o Código Civil diz que um casamento é a união entre duas pessoas de sexos diferentes, homem e mulher. União civil é a extensão de certos direitos, como o de herança e comunhão de bens, mas não tem valor matrimonial pois veta a mudança de sobrenome por um 'cônjuge' e não aprova cerimônias públicas, civis ou religiosas. Porém, a decisão do Supremo apenas mostra que o Brasil, juridicamente, está mais próximo da legislação das democracias modernas.

O próximo passo, segundo os homossexuais, é garantir uma legislação para a adoção de crianças. Isso ainda renderá polêmicas, pois cuidar de crianças é realmente um assunto sério, e envolve a formação de futuros cidadãos. Além disso, enfrentará resistências ainda maiores por parte de setores que condenam os amores não-convencionais, como a Igreja católica, os evangélicos e outros grupos religiosos. 

Não podemos esquecer que o problema maior do nosso país, infelizmente, é o desrespeito às maiorias, o que é ainda mais incompatível com a democracia do que o preconceito contra as minorias e nos aproxima, por exemplo, do antigo regime de apartheid sul-africano contra os negros. A maioria da população brasileira é de mulheres ou de pessoas com baixa escolaridade e baixa renda, cujos direitos fundamentais são muitas vezes desrespeitados.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Semana negra para os grandes times do Brasil

Quarta e quinta foram dias aziagos para os times grandes do Brasil. 

Ontem, os cinco times brasileiros na Copa Libertadores da América tinham chance de avançarem. Pois bem, enquanto ainda há dúvidas sobre a morte do bin Laden, já não se pode dizer o mesmo a respeito da 'morte' de Cruzeiro, Internacional, Grêmio e Fluminense na competição mais importante do continente. Uma noite particularmente terrível.

O Internacional tinha boas chances para despachar o Peñarol do Uruguai em pleno Beira Rio, mas perdeu por 2 a 1 de forma inexplicável. O Grêmio tinha a difícil missão de vencer o Universidad Católica lá em Santiago de Chile, e perdeu novamente por 1 a 0. Por outro lado, o Fluminense tinha cacife para surpreender e o Cruzeiro era um dos francos favoritos para conquistar a taça. Esses dois eram os mais favorecidos. Porém, também deram adeus à competição. O Once Caldas da Colômbia parecia não ter chance contra o Cruzeiro e nem o Libertad do Paraguai, em relação ao Fluminense, que impõs uma derrota humilhante por 3 a 1. Porém, o time colombiano fez 2 a 0 em Sete Lagoas! E o Libertad, correndo sério risco de cair, foi para cima do Flu, que havia no sufoco conquistado a vaga nas oitavas. O time paraguaio fez 3 a 0 e castigou o esquema defensivo dos cariocas.

Só o Santos avançou, mas também não ganhou: um 0 a 0 contra o América do México. 

Hoje, dois times grandes também fracassaram, desta vez na Copa do Brasil. O Flamengo ainda pode consertar o estrago depois da partida contra o Ceará, mas não será fácil, pois o jogo foi no Engenhão, ou seja, os visitantes eram os cearenses, que meteram dois gols e levaram um. O segundo jogo vai ser em Fortaleza. Muito, mas muito pior mesmo, ficou a situação do Palmeiras. tomou SEIS gols do Coritiba e vê suas chances de avançar praticamente arruinadas, mesmo porque dificilmente vai conseguir reverter a situação por aqui, em São Paulo.

Muita gente iria imaginar o que estaria acontecendo com os clubes grandes do Brasil. Pode ser uma má fase apenas ou o indício de uma grande crise, cujos sinais aconteceram bem antes desta semana, quando o Clube dos 13 foi praticamente destruído em uma briga econômica contra a Globo e a CBF, e isso resultou no enfraquecimento dos clubes, obrigados a se curvar diante da poderosa emissora do plim-plim e negociar diretamente com ela.

Teme-se que isso reflita em 2014, com consequências para a Copa do Mundo. Se o futebol brasileiro fracassar, poderá entrar em decadência de vez. Mas isso ainda é especulação. De qualquer forma, esta semana, para muitos torcedores, não vai ser lembrada só pela morte do Osama.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Como eles fizeram a montagem da foto

O blog O Buteco da Net foi um dos milhares de sites que mostrou como eles - e não foram os soldados americanos - fizeram as fotos do barbudo morto. Nada de fazer um close do rosto desfigurado no Paquistão. É puro Photoshop, juntando parte de uma foto antiga de Bin Laden com a de um rosto destroçado de um infeliz qualquer.


Essa até o meu sobrinho de 11 anos faria!

Obama diz que Osama foi morto. E agora?

O maior inimigo dos Estados Unidos foi finalmente morto. Osama bin Laden foi localizado numa mansão na pequena cidade de Abbotrabad, a poucos quilômetros ao norte da capital do Paquistão, Islamabad, em um trabalho que consumiu meses, só para obtenção das informações que levaram ao ataque final. 

A idéia dos americanos seria capturar o terrorista vivo, o que era quase impossível devido à resistência de seus seguidores. Osama foi cercado e não quis render-se. Houve uma batalha que durou cerca de 40 minutos, que resultou em sua morte. 

É o fim do terror? Obviamente não. O mundo infelizmente não está mais seguro com a aniquilação física do principal líder da al-Qaeda, como Barack Obama, presidente dos EUA, quer nos fazer acreditar. Existem outras cabeças a serem cortadas dessa serpente de milhares de cabeças, muitas vezes mais difícil de se lidar do que a hidra de Lerna morta por Hércules.

Ainda há milhares de seguidores da al-Qaeda escondidos em várias partes do mundo, cada qual capaz de causar estragos terríveis. Por isso, os líderes ocidentais estão muito cautelosos e não repetem a euforia mostrada por várias pessoas, que comemoraram a morte do arqui-criminoso em Nova York.

Existem ainda dúvidas sobre a veracidade das informações, pois as tropas americanas destruíram as provas, isto é, o corpo de bin Laden foi supostamente jogado no mar. Não existem fotos nem quaisquer outras imagens do inimigo morto, pois a suposta foto divulgada pela Internet não passa de uma montagem grosseira. Eles, porém, anunciaram que fizeram um exame de DNA e compararam com o de uma irmã do terrorista, comprovando que era mesmo ele e não um sósia. Por isso, muitos duvidam do governo americano.

Por outro lado, (ainda) não houve prova alguma do contrário. Ou seja, parece que o barbudo, diante desse cenário nebuloso, teria mesmo passado desta para pior.

Obama teria feito o que George W. Bush quis fazer e não conseguiu: livrou-se do Osama. Mas não se livrou do terrorismo, que ainda pretende atacar os Estados Unidos e o resto do mundo.

domingo, 1 de maio de 2011

Enquanto isso, no Brasil...

... o país tratou de assuntos bem mais profanos do que a beatificação de João Paulo II, como a chuva forte que forçou o adiamento da Fórmula Indy no Brasil para amanhã às 9h, em plena segunda-feira, e a decisão nos campeonatos estaduais de futebol, três deles, todos em estados importantes, terminaram nos pênaltis: 

- no Rio Grande do Sul, houve a clássica final do Gre-Nal: o Inter venceu o Grêmio após ter dominado o jogo, mas deixado o rival tricolor empatar no final: 1 a 1, gols de Leandro Damião aos 24 min. do primeiro tempo e Júnior Viçosa aos 41 min. do segundo tempo. Nos penais, 4 a 2 para o Colorado; 

- no Rio de Janeiro, o Vasco tentou impedir a conquista da Taça Rio pelo Flamengo, pois ele já havia ganho a Taça Guanabara; após um jogo com várias chances mas sem nenhum resultado, os dois arqui-rivais tiveram de decidir tudo nas cobranças individuais, e o Flamengo converteu 3 pênaltis, contra apenas 1 do Vasco; o resultado foi o rubro-negro campeão carioca, de forma invicta, pois não perdeu neste campeonato; 

- em São Paulo, não houve ainda uma final, e sim o tradicional 'dérbi' entre Palmeiras e Corínthians; o alvi-verde lutou até o fim com um a menos em campo e ainda sem Luiz Felipe Scolari, ambos expulsos pelo famigerado Paulo César de Oliveira; o Corínthians mostrou falhas na defesa e tomou o gol no começo do segundo tempo,  de Leandro Amaro, aos 7 min., mas fez o seu com William, doze minutos depois; após uma série equilibrada de cobranças bem convertidas, o jovem João Vítor do Palmeiras errou a sexta cobrança e Ramirez fez o gol que deu vitória ao alvinegro, que vai enfrentar o Santos nas finais.

No Nordeste, o Bahia e o Náutico venceream, mas não levaram. O Vitória vai à final do campeonato baiano, e o Sport segue em frente para tentar ser campeão pernambucano.


P.S.: citei o adiamento da Fórmula Indy no Brasil, causado por uma chuva torrencial e um sistema deficiente de escoamento da água; como resultado, mostramos a tradicional 'competência' para organizar corridas, aos olhos de fora; isso pega mal para quem vai sediar competições mundiais em breve; azar nosso, como povo da terra de Macunaíma.

Beatus Joannes Paulus II

Em pleno Primeiro de Maio, um trabalhador incansável foi beatificado: João Paulo II, pelo seu sucessor  e ex-colaborador Joseph Ratzinger, agora Papa Bento XVI. É o processo mais rápido do mundo moderno, pois o papa, nascido como Karol Wojtyla em 1920, morreu há apenas 6 anos.

Karol Wojtyla, ou, o Papa João Paulo II (fonte: site da CNBB)

Wojtyla foi da classe trabalhadora polonesa, mas a data da cerimônia não foi uma simples coincidência. Foi tudo planejado pelo Vaticano para prestigiar o eterno pontífice e conseguir recuperar prestígio entre os trabalhadores do mundo cristão. Espera-se tentar melhorar a imagem da Igreja Católica, ruim desde a Idade Média, quando a corrupção política e o abuso de poder contaminou a Santa Sé, passando por rumores de devassidão (a partir do século X), compra de votos nas eleições papais, emprego de parentes em cargos importantes, transferência de sede para Avignon (França) onde os papas ficaram submissos ao rei da França, venda de indulgências, Cruzadas contra os muçulmanos que resultaram em massacres e saques, lutas com os 'protestantes' luteranos e calivnistas que resultaram na escandalosa Noite de São Bartolomeu de 1572, e outros atos em desacordo com as palavras de Jesus. 

Foi com João XXIII e depois com seus sucessores, principalmente João Paulo II, que a Igreja procurou reconciliar-se com o mundo e manter uma imagem mais coerente com os preceitos dos Evangelhos. João Paulo II foi um grande estadista e viajante, pregando o Evangelho em todos os lugares pelos quais passou, em seu longo pontificado (1978-2005). Não conseguiu conter o crescimento das seitas neo-pentecostais como as famigeradas Igreja Universal do Reino de Deus e Renascer em Cristo, pois muito fiéis realmente não estavam atraídos pelos rituais da Santa Sé e pela excessiva politização de certos setores da Igreja que resultou numa fusão esdrúxula entre o catolicismo e o marxismo - a Teologia da Libertação. Aliás, o papa também precisou combater esse desvio ideológico, ao mesmo tempo que defendeu a liberdade dos povos contra os abusos dos governos ditatoriais, comunistas ou anti-comunistas.
João Paulo II visitou duas vezes o Brasil, em 1980 e em 1997, sendo calorosamente acolhido. Em todos os lugares pelos quais passou, sempre recebeu o devido respeito.

Enfrentou com estoicismo os vários problemas de saúde causados pela idade e pelo atentado em 1981,  quando levou um tiro de um terrorista de origem turca; ele nunca se recuperaria totalmente deste crime. Sofreu por anos do mal de Parkinson. Já antes do ano 2000 haviam rumores de sua morte iminente, que viria em abril de 2005.

A partir de hoje, basta a confirmação de mais um milagre para a canonização, e quando isso acontecer, aí sim todos os fiéis podem chamar João Paulo II de santo. Muitos, porém, já o consideram digno desse título.