terça-feira, 24 de maio de 2011

Semana brava como nas anteriores

Deixei de comentar sobre vários assuntos que dominaram a semana, até o momento. E as notícias são

Primeiro, o naufrágio do barco no lago Paranoá. É certo que mais de um fator deve ter desencadeado mais este acidente gravíssimo nas águas brasileiras. Sabe-se que não é fácil fiscalizar a navegação, ainda mais com pouca gente e muita suscetibilidade à corrupção. Os barcos, assim como todos os demais veículos, não recebem a devida manutenção, pois não desenvolvemos uma cultura preventiva sólida. E houve superlotação, sim. 92 foi a capacidade máxima, mas dizem que foi mais de 104. 12 a mais não fariam diferença para embarcações em bom estado, mas a perícia constatou uma avaria no barco, provavelmente causada por uma fadiga do material. Mas pode ter sido a colisão com uma lancha ou outra embarcação. Existem muitas lanchas e jet-skies infestando muitos lagos e represas. 

Segundo, a polêmica sobre a questão palestina. Barack Obama entrou em atrito com seu grande aliado na Ásia Ocidental, Israel, ao defender um estado palestino com as fronteiras definidas pela ONU, em 1967. A medida é favorável aos palestinos, mas o governo israelense disse que é impossível, devido à presença de vários assentamentos judaicos em território palestino. As fronteiras de 1967 ainda incluem as colinas de Golã, onde estão as nascentes do rio Jordão, reinvindicadas pela Síria, que detinha este território até a guerra no citado ano.  Hoje, o premiê foi aos EUA fazer um discurso onde fala em "concessões dolorosas" em troca da renúncia ao terrorismo por parte de grupos palestinos. Chegou a dizer que o Hamas é a al-Qaeda palestina, e recusou-se a aceitar a aliança entre o governo da Cisjordânia e este grupo islâmico que governa a faixa de Gaza.

Terceiro, as medidas do governo contra a inadimplência. O IOF vai incidir sobre o CDB de curto prazo para compensar a isenção desse imposto sobre dívidas bancárias com mais de um ano. Além disso, a porcentagem mínima da fatura no cartão de crédito que deve ser paga vai aumentar. Agora, é de 10%. Mas vai a 15% em junho e, em dezembro, bem na época do Natal, vai a 20%, para desestimular os maus pagadores. A menor incidência de tarifas sobre a parte não paga das faturas talvez não justifique a prática de não pagá-las integralmente. As medidas não são lá muito simpáticas ao consumidor, e impõem restrições a quem quer investir no CDB por achar que a poupança paga juros muito baixos e as negociações na Bovespa não são seguras, principalmente para quem não está familiarizado com a dinâmica das Bolsas. 

Quarto, a violência sem controle que assola o país. A moda é explodir caixas eletrônicos, mesmo que isso signifique danificar boa parte do dinheiro a ser roubado. E o governo não dá uma resposta mais efetiva contra isso. Não consegue nem dar um jeito nos roubos, furtos e tráfico de drogas. Muito menos deter a epidemia do "óxi". Estamos consolidando a fama de ser um país perigoso, onde se mata mais gente por tiros e facadas do que em países assolados pelo terrorismo ou por guerras civis.

Quinto, e último, e este é (bem) mais ameno do que os outros. Irmã Dulce, no dia 22, foi beatificada pelo Vaticano. A freira dedicou-se durante a sua vida aos pobres, em Salvador, e a comprovação de um milagre, quando uma mulher conseguiu sobreviver a uma complicação pós-parto após quase morrer, tornou a religiosa mais próxima da canonização. Por enquanto ela está na mesma situação do padre Anchieta e da jovem Albertina Berkenbrock (1919-1931), também à espera de outro milagre para virem a se tornarem santos.

Estas são as principais notícias de uma semana que ainda está no começo. Mas não é diferente das outras, cheias de fatos às vezes bons e na maioria nem tanto (um eufemismo óbvio no final deste parágrafo...). 

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