Alfredo Nascimento, ex-ministro dos Transportes, filiado ao PR do Amazonas, protagonizou o segundo grande escândalo político em pouco mais de seis meses de governo Dilma.
Ele foi acusado de participar de um esquema que enchia os bolsos de seus correligionários, exigindo propinas de empreiteiras. Com isso, as obras viárias ficam mais caras e com qualidade pior, e a sociedade é que arca com as consequências.
Mais um ministro de uma pasta importante que deixa o governo pela porta dos fundos. Demitiu-se, voltou ao Senado e deixou um interino, também do PR, Sérgio Passos. Continuará a ter influência no Congresso e no governo, pois é um dos líderes da legenda.
Nunca um governo começou desse modo. Este caso e o do ministro Palocci mostram a qualidade da base de sustentação do governo Dilma. Não se pode esperar nada diferente de um governo apoiado por mensaleiros, aloprados, PMDB, Collor, Sarney, Renan Calheiros e outros, exatamente como no governo anterior. Seria surpreendente se o governo Dilma adotasse medidas para melhorar os gastos públicos, mas aí teria de contrariar a vontade desse pessoal. Mas é preciso conter o apetite deles, para o Brasil não se tornar, como andam dizendo, uma kakistocracia, ou governo dos piores.
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