terça-feira, 22 de novembro de 2011

Dois aspectos que fazem a diferença num país

Muitos perguntam por que o Brasil até há pouco tempo era uma terra exótica, assolado pela miséria, mal conhecido pelo resto do mundo, e onde parecia só ter índios, mulatas, carnaval e futebol aos olhos estrangeiros. Um país não tão recente, descoberto em 1500 e emancipado de Portugal no início do século XIX. 

Enquanto o Brasil se emancipava, a Austrália não passava de uma colônia penal da Inglaterra, e a Coréia era um país miserável, dominado por um Japão ainda semi-feudal e cobiçado por uma China e seu império decadente e falido. 

Pois bem, todos esses países, tanto a Austrália quanto a Coréia (particularmente a parte sul do país), assim como o Japão e a China, são países respeitáveis economicamente. Os três primeiros são países desenvolvidos, enquanto o último, se ainda não pode ser considerado assim, é a segunda potência do mundo. 

Por que o Brasil não se tornou um país desenvolvido?

A resposta está em alguns vícios culturais. Faço questão de destacar dois deles, embora vários outros existam para atrapalhar o progresso da nossa nação. 

O primeiro vício é a falta de um comportamento ético aceitável entre os habitantes do país. Se um indivíduo lesa seu compatriota por meio de roubos ou armações para obter vantagens financeiras, pode ser encarado como um "esperto" que "sabe viver" por comunidades pouco afeitas à ética. Ou como um fora-da-lei que prejudica a sociedade, em outras. 

Outro vício é querer sempre esperar alguma coisa dos outros, e isso tem, sim, a ver com o parágrafo anterior. Pessoas que só agem porque outra pessoa está colaborando. Querem que o outro facilite as coisas. Isto tem a ver com atitude. Pessoas com atitude não dependem de facilidades alheias para agirem. 

O segundo vício tem a ver com o primeiro porque as pessoas que não tomam atitudes muitas vezes culpam os outros pelos próprios fracassos, ou personagens não concretos como "a crise", "a falta de oportunidade" ou "o coisa-ruim". E muitas vezes responsabilizam as pessoas que tentam ajudá-las, por "não souberem colaborar". Botar a culpa em outra pessoa é muito fácil, porém é anti-ético. 

Países desenvolvidos são guiados por um comportamento com um mínimo de ética, baseado no respeito ao próximo. Pelo menos a ética entre os cidadãos do país, pois o comportamento com outros países ou com os estrangeiros é uma questão que abordarei em momento oportuno. Também são formados por gente que valoriza a vontade de progredir, e não tem inveja daquele que prospera. A desonestidade existe em qualquer lugar, e não existe país isento de má-fé, sobretudo em questões onde o poder e o dinheiro são fatores importantes. Mas os abusos morais, nos países decentes, são mal vistos e devidamente punidos. Não há complacência com pequenos e grandes atos que afrontem as leis. 

Se os países de agora eram pobres ou economicamente atrasados até um passado recente, como foi o caso dos países citados no segundo parágrafo, é porque seus povos aprenderam a seguir princípios éticos e foram capazes de tomar iniciativas que culminaram no progresso desses países. 

No Brasil, ainda estamos aprendendo, com muita dificuldade, a tornar o país uma nação decente. Para isso, precisamos agir com mais ética. Tratar os outros como gostaríamos que fôssemos tratados. É uma idéia que virou lugar-comum, mas ainda é válida. 

Queremos um país que cresça, mas isso depende dos esforços de cada brasileiro em idade produtiva para crescer e progredir. Daí a importância de tomarmos decisões feitas com a nossa consciência e não esperar que outros decidam por nós. E não esperar um ato do chefe, da esposa (ou do marido), dos filhos, dos pais, da presidentA ou de qualquer outra pessoa para facilitar as nossas atividades. 

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