Houve excessos no episódio da ocupação dos estudantes da USP que terminou na detenção de 73 deles pela polícia.
Dos dois lados. Mas um deles tinha justificativas. E é a polícia.
A polícia não economizou na força, usando cassetetes e gás de pimenta para expulsar na marra os estudantes que ocuparam a reitoria. De fato, eles bateram, sim, em alguns deles. Pegaram alguns que estavam apenas de passagem e não estavam entre os baderneiros. Contudo, estavam cumprindo ordens judiciais. Eles estavam agindo, portanto, de acordo com a lei.
Por outro lado, uma minoria de estudantes, interpretando mal o conceito de liberdade, e sob o pretexto de dizer não à presença da PM no campus, resolveu hostilizá-la. A gota d'água foi quando policiais prenderam usuários de drogas nas dependências da faculdade de filosofia e ciências humanas, a conhecida FFLCH. Esses usuários seriam supostamente estudantes. Eles realizaram tumultos e invadiram a sede da reitoria, para forçá-la a revogar o convênio com a polícia, acertado após a morte de um aluno da Faculdade de Economia e Administração (FEA). No local, fizeram depredação e vandalismo, pichando dizeres nas paredes contra a polícia. Destruíram patrimônio pago com o NOSSO DINHEIRO. E eles disseram que as depredações foram armação. O ônus da prova cabe à polícia, mas tudo indica que os baderneiros foram os responsáveis.
Portanto, quem agiu mal foram os invasores, que difamaram o conjunto de estudantes da USP. E não adianta argumentar que voltamos aos tempos de chumbo, página negra na nossa história. Mentira! Temos liberdade para protestar e criticar à vontade, ou não haveriam tantas notícias e blogs divulgando a corrupção no governo. Mas todas essas manifestações estão dentro da lei. Invasões e vandalismo, não.
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