Não estou querendo ensinar ninguém como se protesta no Brasil. Para os radicais da USP, seria tão útil quanto ensiná-los a cantar o hino dos Estados Unidos.
Acontece que, no Rio de Janeiro, houve uma mobilização pacífica contra esse verdadeiro ato de rapina que é a lei dos royalties sobre o pré-sal. Ora, nem se produziu petróleo naquele lugar e já querem destinar mais da metade do dinheiro obtido com a exploração do petróleo para os estados que nada produzem. Não é preciso dizer que tentar convencer os moradores da "justiça" desse ato, para "ajudar a população como um todo", é uma falácia. Vigaristas profissionais fichados pela polícia saem-se melhor nesse palavrório.
Pois os cariocas exerceram o justo direito de protestar contra essa excrescência. Entre 150 e 200 mil foram às ruas. Nenhum deles depredou nada, nem agrediu outras pessoas.
O Rio luta pelo direito de ganhar dinheiro com o petróleo (Foto: divulgação)
E nem poderia ser de outra maneira. A idéia partiu dos políticos cariocas, interessados em manter o dinheiro dos royalties para o Rio e, por consequência, para os bolsos deles. O governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Pais estiveram lado a lado com o seu adversário político Anthony Garotinho.
Celebridades presentes, como Tony Garrido, Xuxa e Fernanda Montenegro ajudaram os manifestantes a divulgar, pela mídia, o protesto, e participaram ativamente.
Este é um caso típico de protesto pacífico, mas patrocinado por autoridades. Ou seja, não serve de exemplo para os baderneiros que invadiram a reitoria da USP. Mas os atos contra a corrupção que aconteceram no dia 7 de setembro e 12 de outubro não foram conduzidos por políticos, e foram todos ordeiros. E vai haver novo protesto anti-corrupção no dia 15 de novembro.
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