quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Um motivo para o Brasil correr o risco de se arrepender depois de 2016

O custo da aventura olímpica no Brasil estava estimado em R$ 28,8 bilhões. Esse montante já é maior do que a olimpíada de Atenas, cujos custos contribuíram, em parte, para a ruína econômica da Grécia. 

Os dados foram colhidos por meio de depoimentos feitos por especialistas para a BBC Brasil, a respeito da calamitosa situação daquele país prestes a se tornar um pária dentro do continente europeu. 

R$ 28,8 bi são o custo estimado. Mas até 2016 haverá muitos outros casos de fraude e desvios financeiros das obras destinadas ao grande projeto olímpico do Rio de Janeiro. O fato da economia brasileira ser mais robusta do que a grega não é a questão aqui, e sim a crônica questão do brasileiro ter de ser garroteado ainda mais para financiar, por meio dos impostos, um evento cujo retorno é duvidoso.

Os gastos reais podem facilmente ultrapassar 60 bilhões de reais. A China gastou R$ 65 bilhões nas Olimpíadas de Pequim, e a Grã-Bretanha está arcando com ainda mais do que isso (fala-se em até R$ 120 bilhões) para as futuras Olimpíadas de Londres. Não se trata de argumentar que vamos gastar menos do que a China ou a Grã-Bretanha. O problema é a falta de transparência na declaração dos gastos olímpicos. Afinal, não há garantia alguma contra uma eventual explosão na gastança por aqui. Existe o risco da Olimpíada de 2016 ficar mais cara até do que a da cidade do Big Ben.

Não sou contra as Olimpíadas por aqui. Mas nós, como cidadãos, temos que ficar mais atentos para os gastos públicos. O governo e as empreiteiras devem ter muita responsabilidade com dinheiro que não é deles. É NOSSO.

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