Estamos nos aproximando das férias. Portanto, prepare o bolso, porque vai sair caro, principalmente se você mora no estado de São Paulo, como este blogueiro aqui.
Por aqui, era difícil viajar por causa das estradas mal conservadas. Agora, elas estão muito melhores, porém muito mais caras, o que tornou o simples ato de usar o carro na estrada ainda mais difícil.
Não é à toa. Os pedágios por aqui, além de caros, sobem uma vez por ano numa taxa bem superior à da inflação oficial. No sistema Anchieta-Imigrantes, o grotesco valor de R$ 20,10 pago para ir ao litoral se deve ao aumento de 9,77% com base no IGP-M do período entre junho de 2010 e maio de 2011 (mas sempre acima desse valor), de acordo com os contratos firmados antes do ano 2000. Em outras rodovias, o aumento foi menor, baseado no IPCA no período acima: 6,55%.
Charge do Bruno sobre este assunto
Como resultado disso tudo, só o valor dos pedágios, sem considerar os gastos com gasolina, ficaram assustadores. E o caso de viajar pela Imigrantes, em direção a Santos, é o menos pior, como se vê abaixo:
São Paulo-Santos: R$ 20,10 (o pedágio só é cobrado na ida)
São Paulo-Sorocaba: R$ 14,40 (ida) + R$ 11,70 (volta) = R$ 26,10
São Paulo-Campinas: R$ 13,90 (ida) + R$ 13,90 (volta) = R$ 27,80
São Paulo-Aparecida: R$ 18,40 (ida) + R$ 18,40 (volta) = R$ 36,80
São Paulo-Ribeirão Preto: R$ 47,60 (ida) + R$ 47,60 (volta) = R$ 95,20
São Paulo-Bauru: R$ 48,60 (ida) + R$ 50,70 (volta) = R$ 99,10
São Paulo-Barretos: R$ 66,10 (ida) + R$ 66,10 (volta) = R$ 132,20 (!)
São Paulo-São José do Rio Preto: R$ 67,80 (ida) + R$ 67,80 (volta) = R$ 135,60 (!!)
São Paulo-Presidente Prudente: R$ 70,50 (ida) + R$ 72,60 (volta) = R$ 143,10 (!!!)
(Fonte: portal SP sem segredos, com base nos trajetos mais utilizados para cada cidade - clique aqui)
Isso tudo sem sair do estado, cuja área não pode ser considerada grande (cerca de 247 mil quilômetros quadrados, menos do que na Itália ou no Japão).
Em 2012, haverá novos aumentos, mas eles serão unificados. Todos eles serão reajustados com base no IPCA. Ou seja, a facada será maior, mas não muito.
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