terça-feira, 5 de março de 2013

Ele quer ser o novo Átila

Em matéria de governantes, poucos atingiram um grau de desequilíbrio mental como Átila, o Huno. Segundo  alguns historiadores, o "Flagelo de Deus" era uma espécie de monstro de estranha mentalidade e verdadeiro prazer em ver seus inimigos morrerem. Talvez a demonização feita pelos romanos tenha contribuído para a péssima imagem desse chefe do século V 

Dezesseis séculos depois, apareceu outro governante com maneiras bizarras. O jovem King Jong-Un, pelas fotos, não parece ser um tirano sociopata, e sim um rechonchudo herdeiro do excêntrico King John-Il, morto em 2011. Não tem sequer aquelas extravagantes madeixas do falecido. Parecia também ser um monarca menos afeito às provocações, mas o Ocidente enganou-se redondamente. Jong-Un não para de ameaçar o seu vizinho do sul, o Japão e os EUA com o seu desenvolvimento atômico, chegando a desenvolver testes nucleares, para desespero de toda a região. Seu atrevimento é tamanho que perdeu o apoio até da grande aliada China. Pelo desdobrar dos acontecimentos, o grande vizinho poderá até deixar de fornecer suprimentos a Pyongyang e aderir às sanções internacionais. 

King Jong-Un, ou o caso de não julgar um livro pela capa (o conteúdo é aterrador)

King Jong-Un terá condições de enfrentar os EUA e a Coréia do Sul, caso houver uma guerra? Não há garantias disso. É mais provável que ele perca não só a guerra, mas também o poder, e se não fugir a tempo  terá de prestar contas ao Tribunal Internacional em Haia, na Holanda. E a empobrecida Coréia do Norte, sem um tirano para oprimi-la, não terá escolha senão juntar-se à Coréia do Sul. A reunificação do país seria um bem para a humanidade e para todos os coreanos. 

Mas voltemos ao presente: o governante daquela parte do mundo ainda é Jong-Un, e a ameaça à sua tirania vem apenas de fora, já que a oposição, se é que existe uma, ainda está devidamente neutralizada e a maioria das pessoas, mesmo oprimidas, ainda acha que seu governante está fazendo de tudo para manter o comunismo e cuidar do seu povo, mesmo com as evidências indicando o contrário. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário