quinta-feira, 18 de abril de 2013

Assim faz o governo, e assim irá fazer

Na estranha interpretação da democracia feita pelos "çábiuz" da Terra Brasilis, todos têm direito de fazer o que quiser, mas uma entidade parece ter mais direito do que os demais: é o governo. 

Foi assim desde o tempo do Martim Afonso de Souza, perdurou ao longo dos séculos, sobreviveu à independência e, muito mais tarde, ao fim dos regimes discricionários com a queda do Estado Novo. O hábito parece ter ganhado força com o golpe militar de 1964, perdurou galhardamente com Sarney e Collor. No governo FHC, fez engessar as reformas políticas, tributárias, sociais, e ainda garantiu mais um mandato ao presidente, à custa da compra de votos que consumiu valiosos milhões do NOSSO DINHEIRO. Sob Lula, tornou-se um vício incontrolável e gravíssimo, quando o PT e seus aliados se apossaram do Estado e transformaram-no numa entidade degenerada, graças ao Mensalão, sanguessugas, tráfico de influência, criação de cargos comissionados, tudo em nome do que eles chamam de "governabilidade". 

Nesta semana, de acordo com o status quo, a Câmara aprovou uma lei que limita a criação de novos partidos. Não fez isso antes, quando o então prefeito Gilberto Kassab criou o PSD, um monstrengo de várias cabeças e nenhuma idéia em comum, a não ser uma: adaptar o velho bordão para "Hay gobierno, soy a favor". Agora vai dificultar a vida da Marina Silva, que quer criar mais um partido, a 'Rede Sustentabilidade', e do Eduardo Campos, potencial presidenciável e ex-aliado, possível benefiado de um novo partido de oposição reunindo PPS e PMN.

Velhos hábitos são mais difíceis de curar do que tratamento de dependentes de crack. Portanto, é de se esperar novos atos casuísticos vindos de Brasília, enquanto não se faz uma reforma política cada vez mais improvável.

Nenhum comentário:

Postar um comentário