sábado, 13 de abril de 2013

Os tropeços do gigante

Nos últimos anos, erros considerados crassos feitos pela toda-poderosa Microsoft já alimentam rumores de que ela irá sofrer um abalo fortíssimo, a ponto de perder mercado e entrar em decadência. 

Seu sistema operacional Windows 8 é motivo de irritação para muitos usuários devido à sua interface totalmente diferente das versões anteriores. Ficou uma versão do Windows Phone - outro produto mal visto no mercado - para computadores. Muita gente aproveitou o preço baixo da atualização (R$ 69,00) ao comprar seu notebook ou PC com o Windows 7, atualizou e depois se arrependeu.

O mercado de computadores de mesa nunca ficou tão minguado, por serem considerados pesados e sem mobilidade. Os notebooks também sofrem com a concorrência dos tablets e smartphones. Empresas de informática viram seus produtos sofrerem queda brutal nas vendas. Dois exemplos dramáticos são a HP, com queda de 23% nas vendas, a Acer, cujo baque foi ainda maior: 33%. É o pior desempenho do setor em 20 anos.

Para piorar tudo, uma atualização liberada no dia 9 prejudicou milhares de computadores no Brasil. É a KB2823324, responsável por "telas azuis da morte" e falhas de inicialização dos sistemas Windows 7 com 32 bits. A atualização é incompatível com softwares de terceiros - diga-se, da Microsoft - principalmente "plug-ins" (aqueles programinhas usados para facilitar o uso de determinados sites) bancários. O suspeito principal foi o G-Buster, usado pela Caixa Econômica Federal. Pode ser mera falha por parte dos desenvolvedores do G-Buster, mas alimentou várias críticas contra a Microsoft e criou "teorias de conspiração", dizendo que a Microsoft está "forçando a barra" para fazerem os usuários migrarem para o Windows 8. 

Toda empresa, grande ou pequena, comete deslizes, e isso é normal. Mas a Microsoft parece ter cometido erros demais, e bastante grandes, nos últimos anos, desde a criação do famigerado Windows Vista. As críticas são muitas, duras e ferozes contra ela. Para sorte da gigante, ela tem cacife para reagir e corrigir-se (por exemplo, quando lançou o Windows 7, uma evolução direta do Vista). Empresas menores não poderiam nem sonhar em ter o privilégio de errar tanto, sob pena de irem à bancarrota.


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