quarta-feira, 30 de abril de 2014

Globo renova, mas não

A outrora poderosa Globo anuncia reformas em sua programação. 

Começou com o Fantástico, passou para o Jornal Hoje e o Jornal da Globo, e logo para o Jornal Nacional, sabe-se-lá-Deus-quando. Tudo em nome da modernidade, só que esses programas já tem mais de 30 anos e a emissora carioca nem pensa em substituí-los. A última reforma foi para - de forma tardia - adaptá-los ao formato widescreen, adotado em fins de 2007 para a TV digital, mas só estendido para o setor de jornalismo da Globo em dezembro de 2013. 

Também no começo deste mês, o logotipo da Globo deixou de ser metálico e ficou branco, para homenagear a soma de todas as cores. Muitos estranharam a mudança, outros não porque a marca acabou vazando na Internet ainda em 2013. De qualquer modo, a "Vênus Platinada" passou a ser a "Vênus Plastificada". 

Depois de anos de logotipo metalizado, a Globo confirmou as suspeitas lançadas em 2013. Agora parece "prástico" (Rede Globo/divulgação)

A única grande mudança, mesmo, foi o lançamento do "Tá no Ar", para redimir o Marcelo Adnet. Um dos humorísticos mais hilariantes que a Globo mostrou, mas que ainda lembra o TV Pirata de 1988. De resto, parece que o esforço para estancar a perda de audiência (para os concorrentes, a TV a cabo e, principalmente, a Internet) e acompanhar o ritmo atual dos costumes brasileiros é demais para a gigante da televisão brasileira. 


O Leão está faminto

Termina o prazo para a declaração anual do IR. Porém, no momento desta postagem ainda restam quase quatro milhões pendentes. 

Serão quatro milhões que vão certamente sofrer para conseguir declarar, já que o tempo é curto. É bem óbvio que os congestionamentos no site da Receita serão inevitáveis. 

Se o governo não converte os impostos, isto é, NOSSO DINHEIRO, em benefícios para a população, isto é, as estradas estão em ruínas, o ensino público é mais deformador do que formador de mentes, e a saúde pública é uma doença crônica de alta letalidade, isso mostra que eles não cumprem com sua parte. Isso, porém, não é justificativa para o contribuinte não cumprir com a sua, mesmo porque estamos segurando a parte mais fraca da corda - como sempre. 

4 milhões na boca do leão!

terça-feira, 29 de abril de 2014

Somos todos macacos preconceituosos

O homem se desenvolveu a partir de um macaco bípede, o Australopitecus afarensis. Depois de séculos de evolução, passou a ter forma humana, mas ainda era muito inocente, sem conhecer o seu potencial transformador. Precisou de muito tempo para se adaptar ao ambiente e tornar-se a espécie dominante na Terra. 

De fato, ele começou a dominar o fogo, depois a roda, o arado, a agricultura. Sua população crescia, mas não formava um grupo muito organizado. Faltavam regras de conduta social, leis e normas, mas não faltava o instinto de se sobrepor aos indivíduos mais fracos de sua espécie. Esse instinto se tornou sede de poder e violência, que, por sua vez, deram origem aos primeiros conflitos. Para matar com mais eficiência os animais que serviam de alimento e peles, e também os grupos que se tornaram inimigos, foram criadas armas. 

Menos mal que, mesmo primitivos e selvagens, muitos dos primeiros humanos tinham compaixão pelos semelhantes. Para contornar isso, os líderes mais impiedosos usaram meios para justificar seus atos. Matavam porque os inimigos tinham características diferentes, como cor de pele, características culturais, hábitos de conduta. Nascia assim o racismo, o preconceito, a discriminação. 

Os homens evoluíram, começaram a desenvolver civilizações, leis e normas de conduta, mas continuaram justificando atos de violência, desta vez regulamentando-os. O preconceito estava colocado na lei. 

Desenvolveram armas mais sofisticadas, para matar com mais eficiência aqueles com culturas diferentes e interesses comuns (pelos recursos naturais). Criaram a escravidão para aprisionar os inimigos derrotados e torná-los úteis. Para submeter os escravos, e também outros prisioneiros, desenvolveram métodos de tortura. E os poderosos tratavam de justificar a escravidão e a violência, a fim de torná-los palatáveis para as sociedades sobre as quais eles governavam. Enquanto as civilizações se desenvolviam, sangue era derramado, e para tornar isso aceito demonizavam-se as vítimas, com muito preconceito e intolerância. 

A cobiça pelos produtos aumentava, chegando a outros vindos de regiões muito distantes. Desenvolveu-se a navegação, e assim as guerras e os conflitos se propagavam. Com o tempo, os navios puderam chegar a lugares muito distantes, a outras civilizações com costumes nunca vistos antes. Os europeus passaram a conquistar novos mundos, submeter e aprisionar os nativos, valendo-se de suas armas mais sofisticadas. E justificaram (assim fazem os poderosos quando querem validar seus atos) acusando os indígenas de serem preguiçosos, primitivos, ignorantes, sem lei nem rei, e que precisam ser castigados para deixarem de adorar deuses pagãos para conhecerem e respeitaram ao verdadeiro Deus. 

Mais tarde, quando acharam que a escravização de indígenas não era suficiente, tratavam de trazer para as colônias escravos africanos. Justificavam a conduta dizendo, entre outras "verdades", que os negros eram descendentes de Cam, o filho maldito de Noé, segundo o Gênesis da Bíblia. Além disso, eram considerados brutos e incapazes de viver em sociedade por não saberem se portar de acordo com as leis. 

Muitos milênios se passaram até a nossa espécie descobrir a tolerância e o respeito a quem pensa de forma diferente. Vieram os iluministas para condenar a intolerância. Depois veio o lema da "liberdade, igualdade, fraternidade", adotado pela Revolução Francesa e depois usurpado pelos radicais jacobinos no Terror, que matavam os aristocratas e mesmo os moderados em nome do povo. Vieram os abolicionistas para dizer que os negros mereciam a liberdade porque são gente como os brancos. Depois, Gandhi e Martin Luther King, para tentar apagar milênios de História humana marcada por preconceitos. Mas também a Ku Klux Klan, para manter o preconceito firme na sociedade americana, e os nazistas, que inventaram formas de exterminar as "raças inferiores". 

Só no final do século XX a ciência desmistificou as características humanas, dizendo que cor de pele não define uma raça e, por extensão, nega a divisão do ser humano por raças. É muito pouco tempo para consertar um estrago de milênios de vícios em preconceito. 

O caso do Daniel Alves do Barcelona é mais um triste caso de um hábito que teima em permanecer. Torcedores sem educação ficam jogando bananas aos jogadores negros, principalmente de outros países. Ao invés de protestar, Daniel Alves simplesmente comeu a banana jogada para ele, e ainda fez piada nas redes sociais. Um gesto nobre, diante de gente ignóbil. A agência Loducca, aproveitando-se da situação, lançou a campanha "Somos todos macacos". Há quem ache esse slogan simplesmente desprovido de bom senso, lembrando que somos seres humanos e não animais. 

Somos seres humanos, sim, mas também animais, mamíferos primatas, descendentes de macacos. Derivações aberrantes deles, diga-se, por nossa falta de pelos e de força, nos músculos e até nas nossas mandíbulas atrofiadas. Em compensação, temos cérebros bem maiores, com a capacidade de pensamentos complexos. Muitas vezes não usamos esse potencial intelectual, comportando-nos de forma inadequada, anti-ética e sem respeitar os outros. De forma geral, evitamos assuntos que nos fazem pensar, contentando-nos com vidas medíocres e muitas vezes vazias. Cometemos muitas asneiras, deixamo-nos enganar pelos outros e, principalmente, por nós mesmos. Não parecemos ter consciência de nossas ações, em certos casos.

Orgulhamo-nos de nossa superioridade sobre os outros animais à toa, muitas vezes mostrando atos mais selvagens do que os cometidos pelos ditos "irracionais", como torturar e matar por prazer.

Quando não exercemos o preconceito, nada fazemos de concreto para amenizar essa situação. E não vale usar o "politicamente correto", que é uma tentativa farisaica de se preocupar com os negros e índios evitando termos ditos "pejorativos" mas nada fazendo de concreto a favor deles como seres humanos (além do cerceamento da liberdade de expressão, mas isso não vem ao caso agora).

Enfim, não somos os animais mais inteligentes, e sim os mais presunçosos. Somos meros macacos preconceituosos. 

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Os tijolões modernos

Quando os celulares foram lançados no Brasil, nos anos 90, tornaram-se logo uma sensação, mas também sinônimo de "pagar mico" na rua quando precisa usá-lo. Os aparelhos da época eram desajeitados e grandes, mal cabiam na mão. Eram chamados de "tijolões". 

 O antigo celular Motorola 7500, dos anos 90

Para piorar o "mico", muitos se exibiam com ele, ostentando e falando alto. Por isso, enquanto os celulares diminuíram, houve a elaboração de regras de comportamento. Por volta da virada do século, o ato de falar ao celular causou menos estranheza. 

Aparelho dos anos 2000, pequeno e com mais funções do que os antigos "tijolões"

Depois, vieram os smartphones, com suas funcionalidades que caíram no gosto do público, inicialmente mais endinheirado: tela touchscreen, acesso à Internet e ás redes sociais, câmeras com mais megapixels, filmagem em alta resolução, capacidade para jogos. As telas tinham aproximadamente 3 ou 4 polegadas, tornando o aparelho confortável de usar e discreto. Começou com o iPhone, mas os Android dos concorrentes passaram a dominar o mercado. O tamanho dos aparelhos voltou a aumentar. 

O iPhone 4S e o Samsung Galaxy II com suas telas touchscreen - na época deles, as telas e os aparelhos começaram a aumentar de tamanho para aumentar a comodidade (Allan Melo/Techtudo)

Chegaram os grandões tablets e os phablets, estes últimos intermediários entre os smartphones e os tablets. Os primeiros decididamente não servem como celulares, mas a função dos últimos é justamente fazer isso oferecendo também uma tela grande touchscreen. O problema é usar isso na rua, como nos antigos celulares. Ou seja, os phablets são os "tijolões" modernos.

 Os phablets, irmãos mais novos dos smartphones, como o Nokia Lumia 1520 (acima; Felipe Ventura/Gizmodo) e o Xperia Ultra (abaixo; Adrenaline-UOL). Notem o tamanho das "crianças"

Mesmo alguns smartphones topo de linha cresceram e ficaram próximos do tamanho dos phablets. A norma atual parece apontar para telas de 5 polegadas. Já fica difícil usar isso para telefonar sem chamar a atenção. Por incrível que pareça, alguns usuários também usam para esse fim.

 O Galaxy S5 não é considerado um phablet, mas um smartphone. Mesmo assim, mal cabe na mão (Androidcentral)

Aparentemente, nada vai conseguir parar a tendência de se usarem aparelhos grandes. Novas normas de etiqueta deverão ser feitas, para não se repetirem as cenas de 20 anos atrás. Aparentemente, porém, os donos desses celulares parrudos, se é que pode chamar assim, possuem bem mais motivos de ostentar seus brinquedos. Ninguém vai querer desfilar com os antigos aparelhos, que nada fazem além de telefonar.

sábado, 26 de abril de 2014

A prova de resistência do PT

O PT passa por uma verdadeira prova de resistência para enfrentar as consequencias dos atos de seus partidários. 

Já estão dizendo que a ave de olho no PT não é um tucano (Foto tirada no Zoológico de Salvador, em 2005)

Primeiro, e menos grave, foi a atitude do governador do Acre, ao praticamente forçar os outros governos a receberem refugiados haitianos. O governo acreano assumiu o compromisso de alojá-los enquanto eles recebem vistos provisórios para se estabelecerem. O Haiti é praticamente um país morto, onde qualquer esperança de melhoria parece um devaneio, diante da miséria crônica, ausência de infra-estrutura e as consequências de um terremoto de 2011 que transformou a capital em ruínas. Os haitianos arriscam a vida e representam um desafio para a comunidade internacional ao embarcarem clandestinamente para outros países, principalmente latino-americanos, para fugirem da nação (???) antilhana.

Pois bem, sem aviso os haitianos deixaram de ser recebidos no Acre para tentarem a sorte nos estados considerados mais preparados. Ao fazer isso, o governador Tião Viana, do PT, cometeu no mínimo uma deselegância, para não dizer falta de ética, ao não fazer um acordo prévio com os outros governadores acerca do assunto. É certo que a questão dos refugiados não é só responsabilidade do Acre, mas a perfídia do governo acreano poderá fazer grande estrago ao país inteiro, e isso representa também um tratamento desrespeitoso para os haitianos.

Outro assunto consegue ser ainda mais terrível, envolvendo o doleiro Alberto Youssef. O ex-vice presidente da Câmara André Vargas já está praticamente sepultado politicamente devido ao seu envolvimento com ele, e o empréstimo do jatinho de Youssef é apenas uma parte da história. Existem fortes indícios que Alexandre Padilha, ex-ministro da Saúde e candidato ao governo de São Paulo, esteja também envolvido. Youssef teria trocado mensagens com André Vargas citando Padilha. É preciso apurar o caso, pois isso não constitui, a princípio, uma prova cabal contra o ex-ministro, que alega razões eleitorais para prejudicá-lo.

Não é preciso nada disso para rejeitar fortemente Padilha. Ele não exerceu cargo administrativo algum, o mesmo caso do ex-ministro da Educação Fernando Haddad. Sua gestão como ministro da Saúde não chegou a ser uma vilania. Ele não fez nada parecido com estimular livros mal escritos a serem adotados nas escolas, ou se omitir no caso das fraudes no ENEM, mas é difícil apontar qualquer melhoria na saúde, e os usuários do SUS podem afirmar isso melhor do que este blog. Seria muita presunção querer que os hospitais tenham a mesma qualidade de um Sírio Libanês de uma gestão para outra, mas é preciso muita pesquisa para achar algum indicativo de melhoria. E a dengue? As doenças de carência como a esquistossomose? Malária? Está dificíl pesquisar no Google para achar algum ato positivo de Padilha durante seu ministério, sem falar que ele foi acusado de irregularidades na Funasa em 2004, e, sendo ele paulista, trabalhou muito mais em outros estados, principalmente o Pará, conhecendo muito pouco os problemas de São Paulo.

A candidatura de Padilha, portanto, não seria tão preocupante se por trás dele não estivesse o empenho do ex-presidente Lula e do partido, que conseguiram eleger Haddad em uma eleição onde a cidade de São Paulo ficou dividida entre ele e Serra.

Estes são mais casos de um partido que, decididamente, não terá a mesma força nas eleições deste ano. O PT já está desgastado depois de 11 anos à frente do Brasil. Houve prós e contras nos governos Lula e Dilma, mas os contras já passaram do limite do suportável faz tempo. E a falta de perspectiva de muitos brasileiros só cresce, pois Aécio Neves não convenceu ainda o eleitorado, mesmo sendo o neto do Tancredo, e Eduardo Campos é outra aposta arriscada. O que será do nosso país?

sexta-feira, 25 de abril de 2014

A nova polêmica sexual da vez

Já existem tipificações para vários comportamentos sexuais diferentes do tradicional. Depois dos homossexuais, travestis, drags e transgêneros, agora muitos estão dizendo que são g0ys.

Isso mesmo: g0ys, com um zero no lugar da letra "a". Os g0ys se dizem heterossexuais, mas gostam de ter envolvimento com pessoas do mesmo sexo. Vale tudo, menos a penetração, vulgo a "queimação de rosca", em termos politicamente incorretos. 

Para muitos, esse comportamento é próprio de pessoas que não se assumiram inteiramente como gays, pois apesar de não haver sexo anal, todas as outras formas podem ser feitas. Ou mais exatamente, tratam-se de bissexuais, pois eles também se envolvem com mulheres. Alguns dizem que é uma tendência crescente, para verdadeiro escândalo dos evangélicos e católicos mais conservadores. 

A polêmica está aberta, levando os sexólogos a pensarem sobre o que é ter um comportamento afetivo "normal". 

terça-feira, 22 de abril de 2014

Da série "Como seria o Brasil se...", parte 3

Esta série não segue uma ordem cronológica. Na primeira parte, especulei sobre a permanência de D. Pedro I no Brasil. Na segunda, uma abordagem sobre uma hipotética sobrevivência da monarquia. 

Desta vez vou ser um pouco mais breve e recuar bastante no tempo, aproveitando que hoje, dia 22 de abril, foi a data oficial da descoberta do Brasil pelos portugueses, representados pelos homens de Pedro Álvares Cabral. Por esse calendário, o Brasil já estaria com 514 anos...

O mapa-mundi segundo Martin Waldseemüller, cartógrafo alemão. Foi feito em 1507, já mostrando a América. 

O que aconteceria se Cabral resolvesse não navegar na direção sudoeste? Ainda há muitas teorias a espera de comprovação. Cabral teria recebido instruções secretas do rei D. Manuel, chamado de "O Venturoso", para ocupar terras desconhecidas na América? Isso certamente teria a ver com aquela mudança exigida por Portugal, seis anos antes, para mudar o Tratado de Tordesilhas, que limitava as terras sob conquista portuguesa a leste do meridiano que marcava 370 léguas a oeste de Cabo Verde, então já um território luso. 

Há quem diga que esta parte do mundo continuaria a pertencer aos índios. Isso é muito pouco provável, porque fatalmente um povo europeu sedento por minérios e terras para serem exploradas. 

Muitos diriam que, se Cabral não tivesse aportado na costa da atual Bahia, os invasores de outras regiões certamente teriam se apoderado destas terras. Provavelmente, ingleses, mas principalmente franceses. A colonização da terra não necessariamente significaria o desenvolvimento. Talvez haveria ainda mais devastação, e massacre dos indígenas. Naquela época, ingleses e franceses não estavam nem um pouco interessados em morar num país quente, com mosquitos e selva. Não seria, de forma alguma, uma colônia de povoamento. 

Seria mais provável que os espanhóis pressionassem para modificar o Tratado de Tordesilhas e tratassem de ocupar as terras que, por direito, seriam de Portugal. Neste caso, todo o subcontinente iria falar espanhol, e haveria nova divisão das terras. Mais tarde, durante as lutas pela independência, o sertão, a Amazônia e as outras partes da terra dita das palmeiras formariam republiquetas. 

Porém, o mais provável mesmo é alguém de Portugal vir aqui e reclamar a posse. Não seria Vasco da Gama ou Afonso de Albuquerque, que estavam mais interessados na Ásia. Talvez Martim Afonso de Souza, como realmente viria a acontecer em 1530. Até lá, as terras d'além mar (segundo os lusitanos) estavam abandonadas, pois Cabral não quis ficar e seguiu viagem rumo à costa da Índia, passando pelo "Cabo das Tormentas", o antigo nome do Cabo da Boa Esperança, na atual África do Sul. 

Por fim, uma curiosidade: e o nome do território? Caso ele não fosse conquistado por Portugal, não viria a ser chamado de Brasil, e sim outro nome, talvez emprestado dos povos litorâneos, que falavam dialetos tupis, como Pindorama, ou qualquer outra denominação inventada pelos conquistadores. Isso se eles mantivessem a unidade do território, o que não seria muito provável. 

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Gabriel García Márquez (1927-2014)

A morte de Gabriel García Márquez, um dos maiores escritores latinos-americanos de todos os tempos, de certa forma era esperada devido à idade e à doença (câncer), embora muitos estejam lamentando a perda, realmente muito grande para esta parte do continente tão necessitada de tudo. 


Cem Anos de Solidão lançou o nome de García Márquez para o mundo inteiro. Retrata duas famílias de uma cidade fictícia chamada Macondo, durante várias gerações, inaugurando o chamado "realismo mágico" em 1967, da Colômbia para o resto da América Latina, inclusive o Brasil. Os escritores se valeram do "realismo mágico" inclusive para combater as várias ditaduras no subcontinente. 

O livro foi considerado tão importante que está entre os 100 melhores livros do século XX, segundo o jornal francês Le Monde. Mas não foi a única obra relevante do autor. Ele viria a escrever Crônica de Uma Morte Anunciada, O Amor em Tempos de Cólera e O General em Seu Labirinto. Em 1982, ele ganhou, com méritos, o Nobel da Literatura.

Nos últimos anos, o escritor sofria de uma demência senil semelhante ao mal de Alzheimer, impedindo-o de escrever. Porém, a doença que o mataria foi um câncer, inicialmente no sistema linfático, mas que atingiu seus pulmões.

García Márquez não deixou propriamente sucessores. Nem poderia. Mais um gigante do século XX se foi. Teremos motivos para celebrar a vinda de novos talentos na literatura, para substituir os antigos?

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Pecado mortal da Semana Santa!

Não é comer aquela picanha sangrenta na sexta-feira, nem deixar de pagar o dízimo na missa. É comprar ovo de páscoa!

Por anos, esses artefatos feitos de chocolate são absurdamente caros. Mesmo assim, sempre existem doidos consumidores dispostos a torrar dinheiro comprar ovos para presentear os filhos, amigos e parentes (sem falar naqueles que compram ovos para eles mesmos). 

fiz uma comparação anteriormente e farei de novo. O preço dos ovos subiu bastante em comparação com aquele tempo. Em compensação, o preço dos equivalentes em barras de chocolate subiu bem menos. O resultado? Aumentou a diferença de preços entre uma prosaica e aparentemente sem graça barra e um vistoso e bonito ovo, considerando ambos com o mesmo peso. 

Pense bem antes de comprar (do site "Macaco velho", baseado em uma pesquisa de preços)

Um dos casos mais paradoxais desta Páscoa é comprar um daqueles ovões Bis Xtra, que pesam 1 kg e possuem palavras para sacanear os amigos (como "nerd", "fanfarrão" e "morto de fome"). Considerando cada caixa de Bis de 140 g com o preço de R$ 4,20, 1 kg desse bombom equivaleria a R$ 30,00, muito menos do que os R$ 70,00 (no mínimo!) exigidos para a compra dessa coisa. A Justiça chegou a proibir a venda devido à suposta prática de "bullying". Não deixa de ser uma brincadeira de mau gosto, inclusive com o próprio orçamento, mas não é o que os valentões fazem com os "ce-de-efes" franzinos na escola.


Compre, "morto de fome"! Vai pagar R$ 70 neste ovo, quase o mesmo preço de 2 kg de bacalhau!

Se formos considerar os ovos com brinquedo, em termos de custo-benefício, pior ainda. Um ovo Hot Wheels tem um brinquedinho de plástico dentro e apenas 170 g de chocolate, mas custa R$ 20,00. A versão grandona do Ovo Kinder tem 150 g de chocolate e mais um brinquedinho para montar, e custa ainda mais caro (R$ 25,00). E tem aqueles pirralhos meninos e meninas que fazem um escândalo para seus pais comprarem um desses atentados ao bolso.

Se você tiver a infelicidade de ter algum filho, namorada, parente, que faz questão de ganhar um ovo de páscoa, vá em frente. Caso contrário, é melhor comprar as velhas barras e caixas de bombons. Comprar ovos tornou-se um pecado mortal, disposto a levar o herege para o inferno dos endividados.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Ituano fatura o Paulistão

Ontem terminaram a maior parte dos estaduais, com apenas uma surpresa.

Não surpreendeu o título de Flamengo, que mais uma vez deixou o Vasco com a eterna fama de vice, e com direito a gol impedido de Márcio Araújo, no final da partida, que deixou tudo igual no placar (1 a 1). Com isso, termina o Campeonato Carioca. 

Em Minas, o Cruzeiro segurou o empate, sem gols, com o Atlético-MG, o grande rival. O time celeste levou o troféu. 

Na Bahia, houve o tradicional Ba-Vi, com um empate em 2 a 2 que deu o título ao Bahia. O Vitória também tem a fama local de ser vice. 

No Sul do Brasil, o Inter goleou o Grêmio por 4 a 1 e tornou-se campeão gaúcho. O Figueirense derrotou o Joinville por 2 a 1 e faturou o Catarinense. No Paraná, dois times do interior disputaram a final, após deixar os três grandes (Coritiba, Atlético-PR e Paraná) no meio do caminho: Londrina e Maringá disputaram a final e, após empatarem em 2 a 2 e 1 a 1, decidiram tudo nos pênaltis, dando Londrina. 

A grande surpresa ficou para cá. De um lado, o poderoso Santos e de outro, o pequeno Ituano. O time da Vila Belmiro já havia ficado em desvantagem em casa, perdendo por 1 a 0. Precisava vencer e convencer no Pacaembu. Venceu, mas ficou no 1 a 0, resultado que levava às penais. Depois de uma extenuante série de cobranças, veio a oitava tentativa do alvinegro, com o zagueiro Neto. Ele perdeu. E o Ituano conseguiu seu segundo título na história (a primeira vez foi em 2002, quando o Paulistão só tinha times do interior e o vencedor disputava o Supercampeonato com Corinthians, Palmeiras e São Paulo, sendo este último o campeão do torneio-relâmpago). 

Só resta ao Santos lamentar, juntamente com os outros três grandes. Quem teve motivos para comemorar foi a "cidade dos exageros", que viu seu time crescer durante o campeonato, até o resultado final.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

A música oficial da Copa

Lançaram oficialmente a música oficial da Copa do Mundo no Brasil, feita por Cláudia Leite, Jennifer Lopez e o rapper Pitbull. 

Para quem quer ouvir, clique aqui. Mas não recomendo: a "música", para ser considerada uma obra de fancaria, teria de melhorar muito. Muitos vão perguntar como é que os artistas se sujeitaram a fazer uma cacofonia dessas.

Artistas podem e devem faturar com eventos internacionais, mas isso já é um estupro musical. Está certo que o gosto atual parece aceitar qualquer coisa, desde que tenha ritmo e seja compreensível, mas baixaram o nível a ponto de qualquer coisa, até o funk mais rasteiro, ser uma maravilha perto disso. 

Nem se deram ao trabalho de aproveitar sequer o axé ou o sertanejo universitário, para ficar no "basicozinho" da atual música brasileira. O ritmo não se parece com nada produzido aqui, aliás com nada de nenhum lugar do mundo. Parafraseando Shakespeare, parece música feita por idiotas, sem som nem fúria, significando nada. 

Em 2010, criticaram muito a Shakira por fazer a música da Copa na África do Sul. Realmente, o "Waka Waka (This Time for Africa)" foi um hit bem comercial e fazia uma mistura de ritmos que reforçava a visão estereotipada dos não-africanos em relação ao continente. Era, contudo, uma melodia até agradável de ouvir, e seu ritmo era difícil de esquecer. A atual música-tema tem tudo para não ser lembrada no dia seguinte ao encerramento da Copa. Caso contrário, será um sinal nada auspicioso a respeito da humanidade.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Sobre carros e sistemas operacionais

Estamos já acostumados a tratar coisas como se fossem seres viventes. É o caso de automóveis, computadores e mesmo softwares.

No primeiro caso, o dos automóveis, é comum dizer sobre "morte" de modelos apenas porque eles saíram de linha. Outros, por outro lado, falam em "aposentadoria", porque simplesmente parar a produção de um modelo de carro não significa o fim para ele. É o caso da Kombi, recém tirada de linha, mas que ainda será encontrada nas ruas brasileiras por muito tempo. Em um outro sentido, muitos falam de "aposentar" um veículo quando ele já gera muita despesa e por isso será deixado de lado até ter como destino virar sucata.

Os computadores são máquinas como os veículos, logo estão mais ou menos no mesmo caso. Porém, não se fala muito em "aposentadoria" ou "morte" de um modelo de computador porque ele não é mais fabricado. Computador não é tratado de uma forma muito pessoal, porque os modelos parecem muito iguais, mesmo quando se trata de comparar um PC com um Mac. Só discriminam, mesmo, um "desktop" de um "notebook", porque um é portátil e outro não.

Um paradoxo é tratar um software, algo sem existência física, como um ser vivente. É o caso de um sistema operacional, como o Windows XP. Ele não vai ter mais qualquer assistência da Microsoft, e portanto os computadores terão de ser atualizados para receber o Windows 7 ou o 8.1, ou, quando isso não é possível, descartados para aumentar o lixo tecnológico. Por isso, fala-se em "morte" do XP. Ou então "aposentadoria", um termo menos adequado porque o XP já não existe mais à venda. Foi um dos sistemas mais elogiados da fábrica de Bill Gates, apesar da má fama de sofrer muito de "telas azuis da morte", como acontece quando há algum problema sério. O XP virou história, mostrando que tudo precisa ter um fim, e ele veio no último dia 8.
 O Windows XP "morreu" ontem, para deixar saudade. Quem ainda trabalha com esse SO, vai ter de engolir o choro e migrar para o Windows 8 (ou trocar de computador).



terça-feira, 8 de abril de 2014

O pronunciamento de Maria Corina

Ontem, foi transmitido o programa Roda Viva com a deputada venezuelana Maria Corina Machado, fazendo acusações extremamente graves contra o governo Maduro. Ela foi cassada simplesmente por ser de oposição.

No programa, foram citados atos de violência em cidades ricas e pobres, desabastecimento generalizado num dos países mais ricos em petróleo do mundo, prisões arbitrárias, e outros desmandos do herdeiro de Hugo Chavez, que acusa seus opositores de golpismo. Citou a atitude da Unasul, a união dos países sul-americanos que agiu contra o golpe que depõs Manuel Zelaya (um aliado de Chavez) em Honduras e o estranho (mas amparado pela lei local) processo de impeachment no Paraguai, contra Fernando Lugo, mas diz não se envolver na Venezuela.

Fazer acusações seriíssimas, mesmo em solo estrangeiro, não poderiam ser feitas se não houvessem fatos para comprová-las. De fato, a deputada teve de explicar de maneira mais convincente possível seus motivos para isso, e por que ela foi cassada. Os registros da imprensa mostram que ela não estava simplesmente inventando fatos.

Por aqui no Brasil, os opositores de Maduro também são vistos como golpistas. Isso também ocorre no Equador, na Argentina, na Bolívia e outros países governados pelos membros do Foro de São Paulo, a agremiação que reúne os que se dizem "socialistas", mas que apoiam e dão suporte à semi-ditadura dita "bolivariana" instalada pelo chavismo. Maria Corina é vista como uma porta-voz dos golpistas e de uma elite antidemocrática e de "extrema direita". Quem assistiu à entrevista não ouviu nada sobre tais idéias "extremistas". Ela também criticou as ditaduras anti-comunistas na Venezuela e também falou da ditadura militar brasileira, que perseguiu a nossa presidente da República.

A deputada arbitrariamente cassada pôde dizer o que pensava no Brasil, que ainda respeita as liberdades individuais apesar do explícito alinhamento do governo petista com o chavismo. Ela não teria a mesma liberdade em muitos outros países governados pelo Foro, e muito menos na Venezuela, onde ela poderia ser até assassinada. Ela aproveitou para criticar a posição do governo brasileiro a respeito da repressão do governo venezuelano: "Indiferença é cumplicidade", ela chegou a declarar. 

Provavelmente isso não comoverá o Planalto, mas a repercussão da entrevista é maior do que supõe a relativamente baixa audiência do programa, um dos ícones da TV Cultura. Quem ainda achava que o governo Maduro está do lado dos pobres contra os ricos "golpistas" teve de repensar seus conceitos. A realidade parece dar mais respaldo à deputada cassada do que os defensores de um regime que tanto se diz a favor da democracia mas age sistematicamente contra ela.


P.S.: Por causa dessa entrevista, muitos acusaram o programa de ser um porta-voz de quem é contra o governo e, pior, de fomentar os "golpistas", os "reacionários". Desde que assumiu o Roda Viva, o jornalista Augusto Nunes, da revista Veja, comandou várias entrevistas. Coincidentemente, as de maior repercussão foram justamente as que envolveram opositores ou personalidades anti-PT, como Romeu Tuma Jr. (autor do livro Assassinato de Reputações) e o roqueiro Lobão, um petista arrependido que não se cansou de causar polêmica e agora é um dos artistas mais demonizados do país. Vale lembrar que a maior parte das entrevistas não foi de supostos "golpistas" contra o governo do PT: o pianista João Carlos Martins, o fotógrafo Sebastião Salgado, o historiador Laurentino Gomes e os cineastas José Padilha e Hector Babenco não podem ser assim classificados, e muito menos o chef Ferran Adriá. Até o Tarso Genro, ministro do PT, foi entrevistado (e não recebeu um tratamento mais severo que os outros). 


segunda-feira, 7 de abril de 2014

Notícia nada 'felomenal' abala o Brasil

A morte de José Wilker, aos 66 (ou 69, segundo algumas fontes) anos, pegou todos de surpresa no sábado passado. 

Giovanni Improtta, da novela global "Senhora do Destino". Este é um dos vários personagens de "Zé" Wilker.

Ninguém esperava que o ator, diretor e crítico de cinema se fosse dessa forma, de um infarto, sendo que ele não aparentava estar doente. Era um caso diferente do Paulo Goulart, um ator bem mais idoso e com problemas de saúde decorrentes de um câncer. 

Para os mais jovens, ele foi lembrado por causa do bicheiro Giovanni Improtta, que falava errado ao estilo do finado Vicente Matheus, o ex-presidente do Corinthians. Suas sacadas são "felomenais", como ele dizia: "A vaca ruge e a Sapucaí é Grande!". "Como dizia o açogueiro (sic), vamos por partes!". Também há um personagem recente, o Coronel Jesuíno, que "usava" as suas mulheres.

Outros personagens também foram marcantes: Roque Santeiro, o "herói" de Asa Branca; O Homem da Capa Preta Tenório Cavalcanti; Mundinho Falcão de "Gabriela"; o ilusionista Lorde Cigano de "Bye Bye Brasil"; o beato Antônio Conselheiro no filme "Guerra de Canudos"; o presidente Juscelino Kubitscheck da minissérie "JK". Sem falar no Vadinho, do recordista de bilheteria "Dona Flor e seus Dois Maridos". E vários outros. 

Muitos estão lamentando a morte de Wilker, não só porque existem colegas mais idosos e com mais problemas de saúde, mas também devido ao seu inegável talento. 2014 já tem notícias desagradáveis demais. Aliás, a década de 2010 inteira, como já escrevi numa postagem recente.

Da série 'Mondo Cane', parte 33 - Mais 'mondo cane' impossível

Fiquei sabendo pelos portais de notícias que um bebê de 9 meses foi indiciado por tentativa de homicídio em Lahore, uma das grandes cidades do Paquistão. 

Leia aqui para ver essa abominação. 

Ele estava em um grupo que teria jogado pedras na polícia após denúncia de roubo de gás. O agente policial responsável pela prisão do garotinho e de sua família foi punido com suspensão pelas autoridades, mas o simples fato de ter levado isso a termo expõe o país inteiro ao escândalo internacional. O Paquistão é um país como a Coréia do Norte: a população é imensa (179 milhões no caso do Paquistão), a maioria morre de fome enquanto o governo é corrupto, ditatorial e possui armas nucleares. A diferença fundamental está em ser aliado do Ocidente na luta contra o terrorismo. 

Se fosse no Irã, país vizinho, e também bem capaz de fazer insanidades semelhantes, o Ocidente iria rugir de raiva pedindo intervenção militar. O Paquistão, porém, é um aliado, e não receberá nenhuma sanção por causa disso. Aliás, nem precisa: a imagem do país já é péssima e piorou ainda mais, a ponto de fazer o Brasil parecer uma nação perfeita, onde as crianças não são vítimas da violência do Estado (só dos marginais...). 

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Ah, então...

Era mesmo estranho o Ipea constatar que 65% dos entrevistados eram a favor de mulheres serem atacadas só por usarem roupas curtas. 

A porcentagem de gente machista a esse ponto não vai além dos 26%. É uma cifra mais razoável, pensando bem. Afinal, isto aqui não é uma ditadura islâmica ou um lugar remanescente da Idade Média, a época acusada de ter muitos entrevados mentais. 

Aliás, muitos vão afirmar que na Idade Média está a direção do Ipea, tal a qualidade do trabalho, digno de quem parece ter passado o tempo da escola no canto do castigo. Alguns vão mais longe e enxergam no governo inteiro um clube de néscios rematados, e outra prova disso é a compra daquela refinaria em Pasadena. 

Toda essa confusão não invalida os esforços para combater os abusos cometidos contra mulheres e também outros grupos sociais. 


quarta-feira, 2 de abril de 2014

Da série 'Mondo cane', parte 32. Mais para 'Mondo pazzo'

'Mondo pazzo' significa 'mundo louco'. Fizeram um filme de 1965 embarcando no sucesso de 'Mondo Cane', divulgado dois anos antes. 

Não vou falar do corpo esquartejado de Higienópolis, pois isso não é loucura, é crueldade extrema mesmo. Loucura está acontecendo na Ucrânia, o país mais comentado do ano, por ser alvo da disputa entre os interesses ocidentais e os da Rússia. 

Dentre os vários candidatos à presidência que disputarão as eleições do mês que vem, está nada menos do que... Darth Vader, representante do lado negro da força Partido da Internet Ucraniana. 

Os "nerds" do Partido da Internet Ucraniana conseguiram registrar Darth Vader como candidato à presidente da Ucrânia (Sergei Supinsky/AFP)

Os membros do partido, supostamente geeks, disseram que conseguiram registrar o nome do Lord das Trevas. Ele quer fazer da Ucrânia um império (jura?) e peitar Vladimir Putin, visto por muitos como o Palpatine da vez.

Na Ucrânia não houve lugar para figuras folclóricas como o Macaco Tião, o Enéas (meu nome é Enéas!) ou o palhaço Tiririca, mas para esse tipo de bizarrice, arranjaram um lugar. E que a força esteja com a Ucrânia!

terça-feira, 1 de abril de 2014

Mentiras que não pegam

Existe o coelho da páscoa (e o Papai Noel, saci, boitatá...)

A violência está controlada no Brasil.

O governo está combatendo a corrupção.

A economia está crescendo de forma sustentável.

Não haverá racionamento de água em São Paulo.

No tempo da ditadura militar (que hoje completa 50 anos) tudo era melhor.

Nosso governo em Brasília é honesto.

Não existe racismo no Brasil.

Há transparência nos gastos com a Copa.

Vamos fazer a melhor Copa do Mundo da História.

Mulher que usa roupa curta quer ser estuprada.

O risco de apagão é mínimo.

Somos o país do futuro.

Bolsa-Família não é esmola.

O regime militar foi uma 'ditabranda' porque matou menos gente do que a ditadura no Chile. 

Tem gente que nunca mente.

E, finalmente...

O Brasil está no rumo certo!