O último debate entre os candidatos à Presidência terminou agora há pouco com uma tendência: segundo turno inédito entre duas mulheres. Foi um trabalho conjunto do UOL, da Folha, do SBT e da Jovem Pan. O debate foi mediado pelo jornalista Carlos Nascimento, e transmitido pelo canal do Sílvio Santos.
Marina Silva teve de responder perguntas sobre casamento gay, aborto, independência entre Estado e religião, autonomia do Banco Central (algo defendido por ela) e o avião usado por Eduardo Campos no momento do acidente que lhe tirou a vida, comprado de forma irregular. Ela estava melhor do que no primeiro debate. Já Dilma, outra vez acuada, teve de se defender novamente, reafirmando seu compromisso com o crescimento econômico e o controle da inflação, já que os adversários aproveitaram para questionar os números da economia, que apontam para uma recessão técnica. Ela voltou a culpar o ambiente externo e a falta de chuvas.
Aécio Neves ficou em segundo plano, e teve o constrangimento de debater assuntos com os micro-candidatos (como o "aerotrem" Levy Fidelix e o "maluco" Eduardo Jorge), com mais frequência do que suas maiores adversárias. Mesmo assim, fez ataques duros, e acusou Dilma de repetir as mesmas promessas feitas em 2010. Repetiu sua fórmula de dar seus recados com segurança e elegância, mas não será desta vez que vai conseguir reverter sua desvantagem.
Além de Fidelix e Jorge, a ultra-radical Luciana Genro e o pastor Everaldo mais uma vez ficaram em segundo plano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário