A Tocha Olímpica foi entregue ao Comitê Organizador dos Jogos no Rio de Janeiro, em Atenas, faltando cem dias para a grande (?) festa esportiva, mas não desperta o mínimo de entusiasmo na cidade anfitriã. Em lugar algum deste planeta, por sinal.
Poucos estão esperando um dos grandes símbolos das Olimpíadas para ser repassado de mão em mão e percorrer as diversas cidades do Brasil até a Cidade Maravilhosa (??), partindo de Brasília no próximo dia 3. São Paulo, tirando algumas cidades do Pontal do Paranapanema que receberão a tocha antes (27-28 de junho) será o penúltimo Estado a desfrutar desta honra, entre 16 e 27 de julho. Mas quem está ligando para isso?
Por aqui o clima é de ressaca após a grande batalha ganha pelos opositores da presidente Dilma, que já praticamente dá como certo o afastamento do cargo. O Senado já formou os membros da Comissão para autorizar (ou não) as votações pelo resto da Casa. Salvo alguma eventualidade muito forte, daquelas que poderiam acontecer numa "república de bananas", na Síria, no Iraque, no Paquistão ou no Afeganistão, mas não aqui, os membros da Comissão aprovarão por larga margem, e a maioria do Senado irá mandar Dilma, atualmente tensa e nervosa demais para gerir efetivamente o país, se acalmar fora do Planalto.
Mas, voltando ao assunto das Olimpíadas, nada garante que elas não sejam um desastre, como acabou sendo em 1972, quando terroristas palestinos massacraram 19 atletas israelenses e colocaram a Alemanha e todo o resto do mundo em perigo. Algumas obras estão muito atrasadas, a segurança continua a não receber credibilidade diante dos riscos da criminalidade e do terror, as obras de despoluição da Baía de Guanabara são uma mentira mal contada e, para piorar, o desabamento da ciclovia Tim Maia causou mortes e foi acompanhado pelo mundo inteiro.
Como é previsível, o Rio recebe críticas acerbas, e até certo ponto merecidas (a despeito de alimentar o vira-latismo tupiniquim, que se manifesta com força desde a Copa), da imprensa internacional.
Uma delas pode ser lida AQUI, pelo portal Terra, com uma reportagem sobre a análise do jornal britânico The Guardian.
O original, em inglês, pode ser lido AQUI.
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