Antes, nas escolas, falava-se muito sobre o índio, no dia 19 de abril, como uma data cívica. Até a década de 1980, os nativos da nossa terra eram tratados como espécies à parte que devem ser preservadas pela civilização, como se fossem animais ou povos de culturas "primitivas". A partir da década de 1990, os diversos povos que habitaram o Brasil antes do descobrimento por Portugal foram tratados com um pouco mais de consideração. Ainda hoje se debate a inclusão efetiva desses povos entre o resto da população, embora a maioria deles já tenha contato regular e até viva nas cidades.
Índia pataxó de Carmésia/MG (Halley Pacheco de Oliveira/Panoramio) |
Agora, se fala no dia do Exército Brasileiro, e não nos índios, mesmo em tempos de "politicamente correto". Existe uma data comemorativa, no dia 25 de agosto, aniversário de Luís Alves de Lima e Silva, marechal-de-exército e único brasileiro a ter o título de "duque" (Duque de Caxias). Mas não se pode confundir as datas: nesse dia se comemora o Dia do Soldado.
Por que? Pois no 19 de abril de 1648 houve a primeira Batalha dos Guararapes, em Pernambuco, vencida pelas forças de Portugal, formada majoritariamente por soldados locais de ascendência portuguesa, indígena e africana, contra os invasores holandeses.
A data passou a ser lembrada recentemente, mas é difícil encontrar a partir de que ano.
Soldados do Exército brasileiro em treinamento (Dvulgação) |
Desse modo, é possível falar em dois motivos para lembrar do dia 19 de abril. Devemos nos conscientizar a respeito dos diversos povos indígenas, sua luta pelo reconhecimento de seus direitos e seus desafios para se integrarem aos demais brasileiros. Porém, devemos, também, valorizar o nosso Exército, cujos lemas são "Patriotismo, dever, lealdade, probidade e coragem", preparados para a guerra e atuantes em tempos de paz, mesmo diante das dificuldades atuais enfrentadas, como falta de verbas e dificuldade para obtenção de equipamentos e armas.
N. do A.: O chefe do Exército, general Eduardo Villas Boas, criticou a corrupção, a falta de disciplina social e a crise moral vivida pelo Brasil, em cerimônia na qual o presidente Michel Temer esteve presente. O juiz Sérgio Moro também compareceu, para receber a medalha da Ordem do Mérito Militar, o prêmio mais valioso concedido por autoridades militares.
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