segunda-feira, 17 de abril de 2017

Fair-play (e a falta dela na política)

No domingo de Páscoa houve o jogo entre Corinthians e São Paulo pelas semifinais do Campeonato Paulista, no Morumbi. O São Paulo foi derrotado pelo arquirrival por 2 a 0, com gols de Jô (que vai se redimindo do papelão na Copa de 2014, pelo menos entre a torcida corintiana) e Rodriguinho. Quase todo o elenco do tricolor paulista, inclusive o ídolo Rogério Ceni, foram alvos de críticas. 

A grande exceção foi o zagueiro Rodrigo Caio. 

O defensor do São Paulo e da Seleção Brasileira assumiu que atingiu por acidente o colega, goleiro Renan, em lance onde ele e o rival Jô. Salvou o atacante alvinegro de ser suspenso no próximo jogo, pois anulou o cartão amarelo que ele já havia tomado. O outro defensor, Maicon, chegou a criticar a atitude do colega, pois seria um rival a menos para se preocupar. 

Todas as emissoras elogiaram o zagueiro, considerado símbolo de fair-play e honestidade. 

Rodrigo Caio (foto), o "zagueiro do bem", foi criticado pelo colega Maicon, o "do mal", pela atitude de "salvar" Jô do cartão amarelo (Getty Imagens)

Estas qualidades, porém, não foram compartilhadas por muita gente, como certos políticos citados na Lava Jato, que quiseram enviar petições ao Supremo Tribunal Federal para tirar o processo da Odebrecht das mãos de Edson Fachin. Foram pelo menos duas, em nome do ministro das Cidades Bruno Araújo e do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES). 

Apesar de ser algo permitido por lei, dificilmente será acolhido pelo STF, além de ser algo muito mal visto pelo Brasil, que está farto de tanta roubalheira e ainda aguarda o desenrolar dos fatos, um processo bem longe ainda de terminar. 

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