As eleições para 2018 são uma oportunidade para o Brasil escolher os candidatos certos para acelerar o processo de melhoria da nossa condição, de um imenso território escravizado pelo atraso e pela ignorância para um lugar mais justo com menos corrupção e mais oportunidades para todos.
Não se pode dizer que o panorama ajuda. Este país ainda é uma vítima em potencial dos demagogos e populistas, como o ex-presidente Lula e o "ídolo da direita" Jair Bolsonaro. Contra isso existem outros, tão carismáticos como ovo de galinha na época da Páscoa, como Henrique Meirelles e Geraldo Alckmin, cujos perfis, no entanto, seriam mais próximos do liberalismo. Existem ainda quem defenda a candidatura de Luciano Huck ou outros outsiders, julgando que o Brasil está tomado por uma espécie de "aumento da entropia social", termo alternativo para outros mais agressivos: anarquia, anomia, bagunça, desordem, etc.
Precisamos ainda nos conscientizar da importância de se escolher deputados e senadores realmente sintonizados com as exigências dos eleitores, pois eles não vão ocupar cargos menores. Eles representarão o Congresso, e o repertório de notícias a respeito dele, desde a redemocratização, é farto em exemplos de sua importância. E ainda continuamos a negligenciar isso. Seria mais fácil e eficiente se o sistema eleitoral fosse outro, distrital misto e não proporcional, para melhorar a representatividade, mas a situação atual não justifica uma visão fatalista, como achar que eles vão continuar a dilapidar avidamente o NOSSO DINHEIRO.
Até mesmo a repercussão para os cargos de governador é chocha demais, mostrando novamente a nossa república centralizadora com um federalismo de araque. Quem está mais próximo de nós para resolver nossos problemas, em teoria, são os governadores dos Estados, e não o presidente da República. Estamos ainda com a velha mentalidade da ditadura militar e seus governadores subservientes, quando não impostos por Brasília no tempo dos "biônicos".
Precisamos apoiar os esforços para debelar a corrupção em nosso país, mas isso não bastará se continuar a estrutura do poder, os privilégios, os relacionamentos de compadrio e a visão patrimonialista, confundindo o patrimônio público, que é de todos, com algo potencialmente a ser usado a bel-prazer de governantes. Isso não dependerá da vontade de um suposto "salvador da pátria" e sim de nós, os eleitores do Brasil.
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