quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Inflação de 2017 e algumas breves considerações

Devido à queda do preço dos alimentos básicos, que compensou os aumentos nos combustíveis, gás de cozinha, tarifas de energia e planos de saude, a inflação do ano passado ficou em 2,95% pelo indice oficial (IPCA), abaixo até do piso imposto pelo Banco Central, que é de 3%. 

É certamente um grande trunfo do governo Temer e isso certamente será explorado pelos aliados e eventuais candidatos situacionistas. Também ficará mais difícil para os adversários, que deverão explorar outros temas: os mais alinhados com o conservadorismo ainda apontam o gigantismo estatal, os defensores da Lava-Jato continuarão a dizer que este governo é dominado pelos corruptos, e os partidários de Lula e Dilma, também apontados como os principais responsáveis pela deterioração moral de um governo antes já muito longe da austeridade ética, provavelmente vão atacar as reformas trabalhista e previdenciária, além de manter a tese do "golpe". 

O índice de 2,95% é o segundo menor da era do Real, marcado pelo controle da hiperinflação. Ou seja, um dos menores da História. É comparável somente ao índice obtido em 1998 (1,66%), o menor da história recente, mas também ao patamar de 2006 (3,14%).

Vale registrar que os maiores responsáveis por esse índice baixo da inflação, os alimentos, estarem em um patamar muito alto nos últimos anos, principalmente em 2015, quando a taxa de corrosão no valor do Real ultrapassou os 10%.

Abaixo, os indices de inflação oficiais desde 1998, de acordo com os dados do BC e do IBGE:

 

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