terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Ainda bem que não estamos em Myanmar

Nosso país é muito mais pujante e livre do que Myanmar (ou Birmânia), o país asiático tutelado por generais, que organizaram mais um golpe de Estado e depuseram a líder Aung San Suu Kyi, alegando fraude nas eleições parlamentares, ocorridas em novembro, com ampla vitória do partido governista. 

Acusados de genocídio contra as minorias étnicas como os Royingya (etnia cujo povo professa o islamismo) e explorar o tráfico internacional de drogas, os militares governavam o país desde 1962, e cederam parte do poder em 2011, mas ainda exerceram sua influência sufocante sobre o governo de Suu Kyi, antiga presa política e Nobel da Paz de 1991. 

Aung San Suu Kyi sente novamente o peso da ditadura e da repressão política após fazer um governo considerado desastroso entre 2015 e 2021, quando não conseguiu resolver os problemas do país e foi conivente com a perseguição às minorias étnicas (Divulgação)

Agora, estamos presenciando eleições para a Presidência da Câmara e do Senado. Rodrigo Pacheco, do DEM, conseguiu se eleger líder do Senado. Ainda falta definir quem chefiará a Câmara. Houve fisiologismo explícito para as campanhas de Pacheco, apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro, e Arthur Lira (PP), também favorito ao Planalto, que disputa a liderança entre os deputados com Baleia Rossi (MDB). 

Em breve, haverá uma charge sobre o tema, mas é melhor ver isso do que um movimento para fechar o Congresso e perseguir os políticos, como fez o Exército golpista de Myanmar. 

 

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