O mundo da Internet não é um playground para geeks ou usuários das redes sociais. Requer prudência, atenção, argúcia, responsabilidade, como na vida real.
No ano passado, milhões de CPFs foram expostos e as informações associadas correm risco de ficarem sob posse de usuários mal-intencionados. Mais recentemente, números de celulares foram também vítimas de vazamentos, inclusive os do presidente Jair Bolsonaro. Dados pessoais podem ser usados em transações na dark web ou na deep web (muitos riem quando se fala dessa parte da internet cujos dados são menos sujeitos à fiscalização, mas as transações do crime organizado são feitas por aí) ou para aplicar golpes em terceiros, ou nos próprios donos desses dados.
Até os dados do presidente Bolsonaro foram vazados, ou seja, estamos todos em perigo! (Pedro Ladeira) |
Responsáveis pelo site da Serasa são investigados por conta das acusações de serem origem do vazamento dos CPFs, enquanto a Claro e a Vivo estão respondendo na Justiça. Mas as apurações ainda estão em curso.
Enquanto isso, as grandes corporações de tecnologia estão mais preocupadas em conteúdo considerado nocivo ou ofensivo, excluindo perfis no Instagram, no Twitter ou no Facebook. Seria melhor colaborarmos para a revisão de prioridades. Se estão mais preocupados com os conteúdos dos dados do que em protegê-los, há algo conceitualmente errado.
Só resta ao usuário comum da Internet redobrar os cuidados para não ser vítima dos numerosos perigos que infestam a grande teia, capazes de atormentarem e até ameaçarem as nossas vidas. Cuidados essenciais e tão simples quanto evitar clicar em qualquer link nos e-mails, nas mensagens por SMS, no Whatsapp, devem fazer parte da nossa rotina.
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