Devido à pandemia, as festividades do Carnaval foram suspensas, e o povo, em teoria, não poderá aproveitar os dias para esquecer a dura rotina. Mas muitos, para manter a velha fama do "jeitinho", darão um jeito e farão folia em locais mais afastados da visão alheia, formando aglomerações em locais fechados, um banquete para o coronavírus.
Para quem vive do Carnaval, ou seja, os funcionários e colaboradores das escolas de samba, blocos, trios elétricos e outros grupos, o clima é típico de festa cancelada. Estão fazendo lives com artistas do ramo, entre músicos, dançarinos e passistas, mas não é nem de longe a mesma coisa. Resta saber se no meio deste ano, entre maio e julho, haverá desfiles. Em São Paulo, isso não ocorrerá, de acordo com a Prefeitura: Bruno Covas mandou cancelar a festa, para voltar só em 2022 (se a pandemia ceder até lá).
Hoje, Daniela Mercury e outros artistas fizeram lives. Nesta época, estariam nas ruas de Salvador, com milhares de foliões (Divulgação) |
Entrementes, vários acontecimentos nefastos ocorrem: continua a repercussão da "morte" da Lava Jato, a Audi (famosa marca de luxo do grupo Volkswagen) suspende atividades no país, Gilmar Mendes mandando soltar o ex-prefeito do Rio Marcelo Crivella (para desgosto dos que têm aversão à corrupção no Brasil, mas com a ressalva de não haver ainda condenação contra ele), acidentes com mortes, homicídios e até um julgamento na Rússia sobre um caso de canibalismo. Se não houvesse COVID-19, a mídia estaria a falar quase somente de folia.
O que fazer? Para os mais devotos, há a opção de reforçar as práticas religiosas, com a dificuldade adicional das igrejas e templos estarem fechados ou com atividade restrita. Trabalhadores de atividades essenciais (e muitos serviços ditos "não essenciais") e funcionários públicos terão que continuar se dedicando, pois a "Terça Feira gorda" deixou de ser, por decreto, ponto facultativo.
Estes dias tornaram-se como os outros, neste ano sombrio e sem alegria.
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