Como parte de sua tática para conseguir manter a popularidade e demonstrar força para as eleições de 2022, o presidente Jair Bolsonaro editou um decreto para prorrogar o auxílio emergencial até outubro, diante da persistência da COVID-19.
Esta medida vai lhe dar fôlego extra para enfrentar a insatisfação crescente em seu governo. Por um lado, o desemprego e a inflação. De outro, as derrotas políticas, com a dificuldade de emplacar o voto auditável (fetiche do presidente e seus seguidores) e as acusações de corrupção envolvendo os contratos da vacina indiana Covaxin e as "rachadinhas" denunciadas por Andrea Siqueira Valle, ex-cunhada de Bolsonaro. No caso desta última, o presidente teria influência direta.
Entretanto, a oposição mostra-se dividida, entre os partidários do antigo regime petista de um lado, e o PSDB mais o Vem Pra Rua e o MBL, críticos tanto dos petistas quanto de Bolsonaro, de outro. Além disso, os pedidos de impeachment esbarram na falta de vontade do presidente da Câmara, Arthur Lira, em dar prosseguimento ao processo, e também à insuficiência de votos nas duas casas do Congresso. Apesar de ser um apoio oportunista, o Centrão ainda está do lado do presidente.
N. do A.: Esta talvez seja a última postagem sobre política da semana. Nos outros dias, haverá a exploração de outros assuntos. Um deles será mais uma da série "Filósofos estudam o Brasil", com John Locke.
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