A reabertura do Museu da Independência em São Paulo, no Ipiranga, relembra-nos o local onde o então príncipe D. Pedro teria bradado a famosa e lendária frase "Independência ou Morte!" às margens do rio Ipiranga.
Naquela época, em 1822, a cidade não era nem de longe tão grande quanto o Rio de Janeiro. Segundo o portal da Prefeitura, correspondia tão somente ao Centro Velho. Havia uma pequena vila ao sul da cidade, que mais tarde viria a ser um município independente, Santo Amaro. Somente em 1935, o lugar foi incorporado a São Paulo.
O rio Tietê, atualmente retificado, era caudaloso e provocava algumas enchentes preocupantes, mas os estragos eram localizados. O vale do rio era ocupado por fazendas, pois estava em zona rural ao norte do município.
Havia vários estabelecimentos religiosos espalhados ao longo dos arredores, sendo o mais famoso o Mosteiro da Luz, onde estava na época um frade idoso e doente (morreria poucos meses depois, em dezembro do mesmo ano), chamado Antônio de Sant'Anna Galvão, já com fama de milagreiro. D. Pedro, porém, havia visitado outra igreja, a Matriz da Nossa Senhora da Penha, bem mais distante, em agosto.
O Museu da Independência foi inaugurado bem mais tarde, em 1895, e hoje abriga um acervo considerável de objetos utilizados no Primeiro Reinado, além de abrigar a cripta imperial, onde está enterrado o corpo do imperador morto em 1834. Seu coração embalsamado, no momento, está a caminho de onde estava, o Convento da Nossa Senhora da Lapa, na cidade do Porto, após ficar exposto até o dia 5 de setembro. Em agosto, foi recebido no Palácio do Itamaraty após receber honras de chefe de Estado por ordem do atual governante, o presidente Jair Bolsonaro.
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