O Congresso americano está próximo de conceder ajuda bilionária a Taiwan, para defender-se dos ataques da ditadura chinesa, o que facilmente seria interpretado por Pequim como uma provocação. Muitos temem um conflito de grandes proporções entre as duas potências nucleares, e isso irá envolver todos os países do leste da Ásia e talvez a Austrália e a Rússia.
Esta última, por sua vez, está perdendo terreno e tempo com a contraofensiva ucraniana. Dmitri Medvedev, ex-presidente e aliado de Vladimir Putin, fez uma ameaça clara ao Ocidente: "Tudo ao redor deles (europeus) estará pegando fogo. A terra vai queimar e o concreto vai derreter". Isso é uma alusão a algo "em outro nível" na escalada do conflito: um ataque com armas nucleares. A Rússia é a maior detentora desses artefatos.
Porém, mesmo Putin não está livre de ser vítima de algum assassino, pois segundo o tabloide inglês The Sun, conhecido por sua versão escandalosa de rumores envolvendo autoridades e celebridades mundiais, publicou uma suposta explosão na limusine do dirigente russo.
Na Europa, mais precisamente na Suíça, morreu nesta semana Jean-Luc Godard, o mais cultuado dos cineastas franceses. Ele dirigiu verdadeiros cults como A Chinesa, Acossado e Viver a Vida, além do polêmico Je Vous Salue Marie, proibido de ser exibido em muitos países em 1985. Segundo consta, a morte não foi "natural": ele teria se matado aos 91 anos pelo método de "suicídio assistido", após não aguentar uma série de doenças incapacitantes. Isso torna o luto ainda mais pesado para este ano, durante o qual deixaram este insensato mundo não só a rainha Elizabeth II como também Shinzo Abe, Madeleine Albright, Isaac Bardavid, Peter Brook, Olavo de Carvalho, Lygia Fagundes Telles, Mílton Gonçalves, Mikhail Gorbatchev, D. Cláudio Hummes, Arnaldo Jabor, Cláudia Jimenez, Danuza Leão, Ray Llotta, James Lovelock, Luc Montaigner, Olivia Newton-John, Sidney Poitier, Freddy Rincón, Elza Soares, Jô Soares, Ken Starr, Vangelis, Monica Vitti, etc., etc.
A morte viria logo para Jean-Luc Godard (1930-2022), mas ele não quis esperar |
Como disse certa vez a rainha, é um "Annus Horribilis". Ela se referia ao ano de 1992, após vários escândalos envolvendo a família real britânica, principalmente Lady Diana, a beldade que, se não tivesse morrido naquele acidente de carro em 1997, seria a rainha consorte do rei Charles III. 2022 merece esse título com mais propriedade. God save us.
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