Para assegurar a anexação de territórios conquistados pela guerra contra a Ucrânia, a Rússia fez referendos nas regiões ocupadas do Donbass, no leste, Zaporizhzhia e Kherson, estas últimas no sul do país atacado. Estes referendos são contestados pelos países ocidentais, devido à forma pela qual foram feitos, no decurso de uma guerra e, segundo as denúncias, com a presença de militares armados para "convencer" a população a votar a favor.
Devido a isso, a ONU fez votar uma moção condenando esses referendos, feita pelos Estados Unidos. Brasil, China e Índia se abstiveram, alegando neutralidade. A diplomacia brasileira alegou falta de tempo para analisar o caso e o uso de linguagem pouco diplomática no documento. As potências ocidentais ficaram do lado dos americanos.
Putin quer garantir o butim na guerra contra a Ucrânia (Gavril Grigorov/Sputnik/Reuters) |
O presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky, em resposta, pediu a adesão à OTAN, e disse não querer negociar enquanto Putin for o presidente da Rússia. Ou seja, as negociações estarão paralisadas no médio prazo, pois Putin vai disputar mais dois mandatos, de acordo com um decreto do ano passado, para dar um lustre democrático na ditadura local. Assim como os referendos são um simulacro de soberania popular, a serviço da tirania.
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