Preparado por anos, a missão DART da Nasa teve como objetivo promover o desvio de trajetória de um asteroide próximo à Terra, Dimorphos, distante cerca de 11 milhões de quilômetros da Terra.
Este objeto rochoso não representava risco algum ao nosso planeta, apesar de seu tamanho (160 metros), comparável a de um estádio de futebol. Ele orbita em torno de outro asteroide, Didymos, com diâmetro de 760 metros, formando uma espécie de mini sistema binário.
O satélite de 330 kg foi lançado em novembro do ano passado e estava previsto para colidir no início de outubro deste ano, mas as condições foram favoráveis ao teste no final deste mês. Ontem, dia 26, o DART estava a uma velocidade de 6,6 km/s, superior a de qualquer aeronave terrestre, quando foi destruído ao entrar em contato com o solo de Dimorphos. Este breve vídeo do canal New Scientist mostra a aproximação do satélite terrestre com o asteroide.
A câmera embutida no artefato, logicamente, foi perdida no impacto, mas telescópios registraram a colisão. Um pequeno satélite auxiliar, o europeu LICIACube, da Agência Espacial Italiana, vai registrar novas fotos na região, mostrando os "estragos". As primeiras imagens após o choque mostraram uma explosão bastante intensa.
Abaixo, a modificação prevista na órbita do Dimorphos em torno da Didymos:
A alteração na trajetória prevista antes da colisão (Nasa/BBC) |
Uma pequena alteração na órbita da Dimorphos em torno do asteroide maior seria suficiente para atingir o objetivo principal: estudar como satélites "suicidas" como o DART poderiam fazer corpos celestes potencialmente perigosos se desviarem de sua rota e impedí-los de chocar-se contra o nosso planeta. A primeira parte foi bem sucedida. Agora falta acompanhar a deformação na trajetória da Dimorphos.
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