Muita gente imagina a Faria Lima como um arremedo da Manhattan novaiorquina, com bilhões de reais movimentados todos os dias graças ao mercado de ações e às decisões de executivos liderando empresas gigantescas, muitas delas multinacionais. Mas não esperava ver um grupo atuando de forma tão intensa num dos centros financeiros mais pujantes da América do Sul.
E isso deve ser apenas a ponta de um sinistro iceberg, operado pela maior organização criminosa do país, o PCC. Postos e distribuidoras de combustíveis, fintechs, lojas de conveniência, centenas de empresas operadas diretamente pela sigla.
Tudo isso é parte de um esquema para lavagem de dinheiro obtido pelo narcotráfico e outros crimes. Quando o cidadão comum abastece nesses postos, não apenas prejudica seu veículo com combustível adulterado com metanol e outras substâncias estranhas. É usado como uma peça no jogo do crime organizado para dominar o Brasil.
São 42 empresas na Faria Lima como alvo, entre 350 espalhadas pelo Brasil (podendo ser muito mais). Todas operam com fundos de investimentos usadas para a movimentação do dinheiro pela facção foram investigadas. E o mercado aparentemente não se deixou abalar, fazendo a Bovespa operar em alta, para mais de 141 mil pontos, na espectativa do corte de juros pelo Fed após a demissão de Lisa Cook, indicada por Joe Biden em 2022. Lisa está lutando na Justiça para tentar reverter a decisão de Donald Trump.
Será que a população vai ter a oportunidade de descobrir a verdade sobre o PCC e seus tentáculos? Pois eles não operam somente na economia, mas na política e na Justiça, de acordo com alguns analistas e informantes corajosos. Isso não será nada agradável, mas fará muita gente abrir os olhos para um verdadeiro jogo de poder no Brasil. E o cidadão comum, infelizmente, é o peão.
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A Polícia Federal agindo numa das avenidas mais importantes do Brasil (Divulgação) |
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