Outra vez este blog escreve sobre um obituário. Desse jeito, vou ter que fazer um outro só para fazer homenagens.
Poucos dias depois da morte de Jaguar, outro mestre do humor se foi. O escritor e chargista gaúcho Luís Fernando Veríssimo não aguentou os duros golpes dos últimos anos: um AVC, o mal de Parkinson, problemas cardíacos e uma pneumonia aguda.
LFV, como é conhecido, foi filho de um mestre da literatura, Érico Veríssimo. Herdou o talento e o senso crítico, embora o estilo seja outro. O pai era um romancista, autor de Olhai os Lírios do Campo, enquanto o filho dedicou-se mais à realidade, mas ambos abordaram a grandeza e as mazelas do Brasil.
Ele foi o autor de O Analista de Bagé, As Mentiras que os Homens Contam, O Clube dos Anjos, Ed Mort e A Comédia da Vida Privada, além de várias crônicas publicadas no jornal O Estado de S. Paulo. Aí, ele fez publicar as histórias da Velhinha de Taubaté, a senhora que vivia assistindo TV e acreditava piamente nos governos, para morrer em 2005, desiludida com o então governo Lula, envolvido no Mensalão. A pobre velha virou sinônimo de credulidade.
Foi também cartunista, desenhando As Cobras.
Um pequeno exemplo da obra de LFV (Divulgação) |
É muita perda para Brasil numa semana só. Jaguar e LFV, dois representantes de um outro Brasil, outrora afiado na arte do humor.
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