Após uma longa e vitoriosa, embora acidentada, carreira, o treinador Carlos Alberto Parreira anunciou aposentadoria.
Parreira vai encerrar a sua carreira como técnico de futebol
Preparador físico do time brasileiro na Copa de 1970, treinador da Seleção Brasileira durante a Copa de 1994 (quando houve a quebra de um jejum de 24 anos sem ganhar este evento esportivo), além de comandante de várias seleções - Kuweit, Emirados Árabes, Arábia Saudita e, finalmente, África do Sul, na Copa deste ano - e de times como o Corínthians, seu currículo é invejável.
Critica-se a teimosia, falta de imaginação e certo desprezo pelo "futebol arte" como coisa de um passado romântico, mas não se pode negar seu grande conhecimento do esporte. Tanto sabe dele que tentou aplicar sua experiência para "criar equipes vencedoras" num livro de auto-ajuda, mas daí seria o típico caso daquele provérbio romano: "Sapateiro, não vá além dos sapatos!". Parreira tentou aplicar a sua receita vitoriosa para formar boas equipes, e não só no futebol, mas dar conselhos em áreas estranhas à profissão é um risco alto para qualquer um. E ele acabou quebrando a cara. Isso aconteceu durante a Copa de 2006, quando ele foi de novo técnico do Brasil. A Seleção fracassou, e não só por causa disso seu livro foi um fracasso de vendas. Seria, mesmo se o Brasil ganhasse o título.
Parreira merece, sim, o respeito dos brasileiros, como profissional de futebol. Seu nome vai ser citado entre os grandes do esporte no século XX.
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