Quase que o Brasil conquista mais ouros, mas, no handebol masculino, no salto com vara e nos 10 mil metros livres os atletas não conseguiram o alto do pódio e ficaram em segundo lugar. O resultado foi uma sucessão de resultados desanimadores para a torcida brasileira. Muitos se sentiram o gato Garfield, aquele personagem que odeia segundas-feiras.
Começo nos 10 mil metros livres. Cruz Nonato esforçou-se o quanto podia, para conquistar uma medalha de prata, superada apenas pela representante da casa, Marisol Romero.
Mais decepcionantes foram as outras pratas. Fabiana Mürer perdeu o ouro para a cubana Yarisley Silva, que superou os 4,80 m no salto com vara (a brasileira não conseguiu ir além dos 4,70 m). Desta vez não teve a desculpa do roubo da vara. Mas isso é algo que acontece mesmo com grandes atletas, como ela.
Pior do que isso foi a decisão do handebol masculino. O Brasil estava mal de pontaria e os argentinos usaram a sua tradicional astúcia para segurar e desestabilizar os arqui-rivais (a velha catimba) e faturar o ouro, com direito a discussões acaloradas, principalmente no final. 26 a 23. Com isso, los hermanos conseguem a vaga imediata para Londres e de quebra se vingaram das duas vezes seguidas que perderam a medalha dourada (2003 e 2007), enquanto o Brasil ainda vai ter de conquistar a sua no Pré-Olímpico, em abril do ano que vem.
Nada disso se compara à atuação assustadoramente medíocre do time feminino de basquete. Elas perderam da pior forma, jogando mal contra a apenas mediana equipe de Porto Rico e perdendo por apenas UM ponto (69 a 68).
Talvez a pior e mais causadora de desilusões coletivas seja a atuação do time de ginástica artística. Daiane dos Santos e Daniele Hypolito, apesar de toda a sua experiência, caíram - literalmente - e o Brasil amargou um quinto lugar, perdendo até para a Colômbia e, após 16 anos, voltou a ficar fora do pódio. Como se não bastasse a atuação horrível da Seleção Olímpica de futebol masculino, que conseguiu perder por 3 a 1 contra a Costa Rica; por causa disso, os aspirantes à Seleção Canarinho voltam para casa mais cedo, com um monte de torcedores querendo que eles fiquem lá no México mesmo.
Mas sempre há um herói para salvar o dia. E ele foi o patinador Marcelo Stürmer, que superou o roubo de seu equipamento na véspera do Pan, teve de adquirir novos patins e conseguiu apresentar-se da forma que sabia. Como resultado, ele ganhou o ouro e virou exemplo de superação.
P.S.: A segunda-feira negra contrastava com o domingo dourado, graças às atuações na vela e no triatlo, com Reinaldo Colucci, totalizando 6 medalhas de ouro para a delegação brasileira no dia. Ficou um clima de ressaca, e das bravas. Parecia melhor ter falado do enterro do ex-ditador líbio Muhammar al-Gaddafi, em lugar desconhecido no meio do deserto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário