Eu havia postado dois dias antes sobre a velocidade para adquirir medalhas da delegação cubana. Pois mesmo com seis ouros no dia, uma ótima marca, o Brasil perdeu o segundo lugar, o que não é de se estranhar, pois nós não somos propriamente uma potência esportiva. Espantoso mesmo é o número de medalhas que Cuba somou no dia: QUINZE.
Nem mesmo os ouros praticamente perdidos pelo futebol e pelo basquete femininos seriam suficientes para compensar a diferença. Mas Fabiana Mürer e alguns outros atletas, inclusive hoje, perderam para cubanos. E se existe algo que brasileiro odeia é ser passado para trás por argentinos ou por cubanos. Que o diga Rafaela Silva, que foi roubada pelos juízes e perdeu por pontos no judô para a cubana Yurisleidys Lupetey (é este o nome mesmo! hehehe... rir para não chorar...). Ou o corredor Kleberson David e a equipe de canoagem, que até se esforçaram, mas encontraram atletas cubanos e "só" ficaram com a prata.
Por falar nisso, os brasileiros, no pólo aquático, tiveram o gostinho de tirar medalha (de bronze) às custas de Cuba. A seleção de esgrima, no florete, tirou outro bronze, mas às custas dos donos da casa. Hudson Souza, já veterano, conquistou a prata nos 3000 m com obstáculos, atrás apenas do venezuelano José Peña e tendo de se esforçar no final, ultrapassando até o cubano (arre!) José Alberto Sanchez.
Alguns resultados inglórios são dignos de registro. Lamenta-se mais uma vez o animal que Rodrigo Pessoa teve de comandar -
uma égua que mostrou o mesmo comportamento do difamado Balloubet de
Rouet nas Olimpíadas de 2000 (aquela mesma do Brasil sem ouro algum). E o basquete masculino foi motivo de irritação por parte de Oscar, o eterno ídolo do esporte que brilhou no Pan de 1987, quando os brasileiros venceram na raça os norte-americanos e conquistaram o ouro. Ele e muitos torcedores ficaram na bronca porque os jogadores tinham tudo para vencer o time de universitários dos EUA e a República Dominicana, mas "refugaram" igual aos animais do Rodrigo Pessoa em momentos decisivos e perderam as duas partidas, sendo eliminados na primeira fase.
Mas vamos falar dos ouros. Seis ouros num dia só não é para qualquer um, e isso não é desdenhar dos 15 ouros de Cuba. Diego Hypolito mais uma vez ganhou um ouro. As duas equipes de revezamento 4x100 m conseguiram ouro. Rosângela Santos foi o reforço da equipe feminina. Leandro Cunha, Lucélia Ribeiro e Bruno Mendonça foram os heróis do judô brasileiro e ganharam suas medalhas douradas.
Quanto aos vexames de outras delegações, as 'leonas' da Argentina, que arrasaram no Pan deste ano, decepcionaram e perderam o ouro para os Estados Unidos no hóquei. A mesma Argnetina perdeu o ouro no futebol masculino na decisão para os mexicanos, mas isso não é motivo de alegria para nós, envergonhados com a campanha capenga da Seleçãozinha digna de derrota para uma Costa Rica. E o doping de um esquiador canadense, Aaron Rathy, primeiro caso de adulteração no Pan, custou-lhe a medalha de prata, herdada pelo brasileiro Marcelo Giardi.
Nenhum comentário:
Postar um comentário