quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

2012 entra no seu segundo mês

Já começou fervendo o mês de fevereiro do ano 'maldito'. Ainda bem que os monitores e as tevês não exalam odores, porque se os noticiários e os portais cheirassem, iam atrair urubus a quilômetros de distância.

A imprensa repercutiu a viagem de Dilma, a poderosa presidentA. Ela praticamente 'rasgou seda' para os irmãos Castro e nada, mas nada mesmo, garante que eles irão autorizar a blogueira dissidente Yoani Sanchez a  viajar para o Brasil, porque ela vai fazer um documentário falando umas verdades sobre a situação dos direitos humanos na ilha. Hoje ela saiu de Cuba, motivo de admiração de muitos petistas, para visitar o Haiti, ou o que restou dele depois de séculos de miséria, ditaduras, instabilidade política e um terremoto recente que praticamente aniquilou a capital do país. Ela vai tentar resolver a questão dos milhares de haitianos refugiados no Brasil, principalmente no Acre. 

Outra notícia importante é o julgamento do STF sobre as atribuições do CNJ. Eles devem decidir se o órgão deve cumprir o seu papel de investigar os magistrados ou se tornar uma figura decorativa dentro do Judiciário. O julgamento foi adiado novamente, para amanhã. O presidente César Peluso fez um pronunciamento duro defendendo o Judiciário contra as pressões da opinião pública, chamadas de "manifestações de autoritarismo", enquanto aumenta o (justificável) ceticismo contra os Três Poderes. E enquanto isso a rapina de alguns juízes contra o NOSSO DINHEIRO continuará sem punição.

Enquanto isso, finalmente Mário Negromonte abandonou o Ministério das Cidades. É mais um daqueles que foram nomeados por força de Lula e da bancada aliada em nome da 'governabilidade', um termo que aqui no Brasil vale tanto quanto uma nota de 3 reais. Desde agosto do ano passado ele foi denunciado por corrupção e fraudes nas licitações. 

Menos relevante do que isso foi a repercussão do acidente envolvendo a atriz Daniele Winits e o ator Thiago Fragoso, que caíram de uma altura de quatro metros durante o espetáculo Xanadu, no Rio. Eles estavam sustentados por um cabo, que arrebentou. Como resultado, eles caíram sobre a platéia. A atriz feriu-se na boca e, hoje, o ator teve de ser operado para restaurar cinco costelas.

Fora do Brasil, o ambiente na Síria está cada vez pior. Nem a Liga Árabe consegue interceder, e aumentam as chances de uma guerra civil, com consequências para os países vizinhos: Turquia, Líbano, Iraque, Jordânia e principalmente Israel. Não está descartada a chance do Ocidente se meter em mais uma guerra e tentar derrubar o ditador Bashar al-Assad, responsável por um genocídio contra seu próprio povo. O duro vai ser restaurar a normalidade naquele país da Ásia Ocidental e evitar que seja mais um caso de nação sem rumo, como o Iraque.

Por fim, a pior das notícias: no Egito, convulsionado após a queda do 'faraó' Hosni Mubarak, há um ano atrás, uma partida de futebol em Port Said se transformou em um campo de batalha. A violência foi tão grande que 73 pessoas foram massacradas. É um dos piores acontecimentos na história do futebol em todos os tempos. 

2012 pode não significar o fim do mundo, mas a vida neste ano está bem próxima do que Shakespeare escreveu, numa das falas de Macbeth: 

A vida é um conto narrado por um idiota, cheia de som e fúria, significando nada. 


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