Independente de serem concretizadas as tais profecias apocalípticas, é bom registrar que este ano não vai deixar saudade alguma. Pior: vai fazer parte dos pesadelos de muita gente.
A crise na Europa ainda não chegou a um rumo definido e isso afetou sensivelmente o Brasil. Previsões já falam num crescimento do PIB abaixo dos 2%, o que é ridículo e não compensa sequer a inflação, cujos valores devem ficar mesmo próximos dos 4,5%.
Muitos acontecimentos perturbam a trajetória do Brasil rumo à modernidade, como a greve nas universiades federais que já dura dois meses e não parece terminar, apesar das promessas de aumento na proposta de reajuste salarial. Os professores ainda acham pouco o reajuste de 45% no salário, para um docente com nível de doutorado. Enquanto isso, alunos correm o risco de perder o ano por conta da paralisação.
Por falar em greve, a GM está pretendendo fechar a unidade de São José dos Campos, atualmente fabricando apenas modelos antigos em processo de descontinuidade, como o Corsa e a Meriva - a Zafira acabou de sair de linha - e anunciou licença remunerada a todos os funcionários. O sindicato ameaça fazer manifestações contra a transnacional. É uma questão menor o fato dos carros da GM serem, atualmente, horríveis, de acabamento pobre e muito aquém dos vendidos na Europa e nos EUA, além de serem caros demais devido ao sistema tributário, às margens de lucro exageradas e à ânsia de muitos brasileiros em comprar carro zero quilômetro, mesmo ruim e custoso.
Para piorar o ambiente, a violência está aparentemente sem controle não só em São Paulo, onde cresceu o número de arrastões, latrocínios e homicídios dolosos, mas também no Brasil e no mundo. O caso do atirador de Aurora, cidadezinha do Colorado (EUA) e a escalada de violência na Síria são assuntos que infestam os jornais e os portais da Internet.
Ainda faltam pouco mais de 5 meses para o ano acabar. Mesmo se o mundo não for levado junto com ele, a humanidade terá motivo para choros e ranger de dentes.
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